EB60-ME12.302

Brasão das Armas Nacionais da República
                        Federativa do Brasil

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA-GERAL DO EXÉRCITO

Brasão das Armas Nacionais da República
                        Federativa do Brasil

PORTARIA Nº 11-DECEx, de 13 de janeiro de 2020.

O CHEFE DO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO EXÉRCITO, no uso das atribuições que lhe confere o Artigo 44 das Instruções Gerais para as Publicações Padronizadas do Exército (EB10-IG-01.002), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 770, de 7 de dezembro de 2011, resolve:

Art. 1º Aprovar o Manual de Ensino Batalhão Logístico (EB60-ME-12.302), 1ª Edição, 2020, que com esta baixa.

Art. 2º Revogar o Manual de Campanha Batalhão Logístico (C29-15), 1ª Edição, 1984, aprovado pela Portaria nº 13 - EME, de 20 FEV 1984.

Art. 3º Estabelecer que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.


ÍNDICE DE ASSUNTOS

Pag
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 Finalidade ........................................................................................................................................ 1-1
1.2 Considerações Iniciais .................................................................................................................... 1-1
1.3 Definições Básicas ......................................................................................................................... 1-1
CAPÍTULO II – AS CARACTERÍSTICAS DO BATALHÃO LOGÍSTICO
2.1 Considerações Gerais ..................................................................................................................... 2-1
2.2 A Missão do Batalhão Logístico ...................................................................................................... 2-1
2.3 A Organização Geral do Batalhão Logístico .................................................................................... 2-1
2.4 As Possibilidades e Limitações do Batalhão Logístico ................................................................... 2-2
2.5 As Frações do Batalhão Logístico .................................................................................................. 2-3
2.6 Emprego Geral do Batalhão Logístico ....................................................................................... 2-11
2.7 Comando e Controle no Batalhão Logístico .............................................................................. 2-11
2.8 Ligações e Comunicações ............................................................................................................ 2-17
CAPÍTULO III – AS ATIVIDADES E TAREFAS LOGÍSTICAS
3.1 Considerações Gerais ................................................................................................................... 3-1
3.2 Atividades da Função Logística Suprimento ................................................................................. 3-1
3.3 Atividades da Função Logística Transporte .................................................................................. 3-10
3.4 Atividades da Função Logística Saúde ......................................................................................... 3-14
3.5 Atividades da Função Logística Manutenção ............................................................................... 3-16
3.6 Atividades da Função Logística Salvamento ................................................................................ 3-17
3.7 Atividades da Função Logística Recursos Humanos ................................................................... 3-17
CAPÍTULO IV – O DESDOBRAMENTO DO BATALHÃO LOGÍSTICO
4.1 Considerações Gerais .................................................................................................................... 4-1
4.2 A Base Logística de Brigada .......................................................................................................... 4-1
4.3 Reconhecimento, Escolha e Ocupação da BLB ............................................................................ 4-3
4.4 Mudança de BLB ............................................................................................................................. 4-6
4.5 Destacamento Logístico da BLB .................................................................................................... 4-8
CAPÍTULO V – O APOIO DO BATALHÃO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES.
5.1 O Apoio do Batalhão Logístico às Operações Ofensivas ............................................................. 5-1
5.2 O Apoio do Batalhão Logístico às Operações Defensivas ........................................................... 5-11
5.3 O Apoio do Batalhão Logístico às Operações de Cooperação e Coordenação com Agências ... 5-18
5.4 O Apoio do Batalhão Logístico às Operações Complementares .................................................. 5-20
5.5 O Apoio do Batalhão Logístico às Ações Comuns ........................................................................ 5-25
5.6 O Apoio do Batalhão Logístico às Operações em Ambientes com Características Especiais ................ 5-25
CAPÍTULO VI – O EXAME DE SITUAÇÃO DO COMANDANTE DO BATALHÃO LOGÍSTICO
6.1 Generalidades .................................................................................................................................. 6-1
6.2 Sistemática do Exame de Situação do Comandante Logístico ...................................................... 6-1
6.3 As Etapas do Exame de Situação do Comandante Logístico ......................................................... 6-2
ANEXO A - MODELO DE PLANO DE RECONHECIMENTO DE BLB
ANEXO B - MODELO DE PLANO DE MOVIMENTO
ANEXO C - MODELOS DE DECISÃO
ANEXO D - MEMENTO DO EXAME DE SITUAÇÃO DO COMANDANTE DO BATALHÃO LOGÍSTICO
ANEXO E - MODELO DE ORDEM DE OPERAÇÕES DO BATALHÃO LOGÍSTICO

CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO

1.1 FINALIDADE

O presente Manual de Ensino (ME) tem por finalidade apresentar os fundamentos doutrinários para o emprego do Batalhão Logístico e constitui-se em documento base para os planejamentos Logísticos.

1.2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O Batalhão Logístico (B Log) constitui o escalão básico responsável pela execução das tarefas logísticas em benefício das Organizações Militares (OM) da Grande Unidade (GU). Por área, poderá apoiar outras OM não orgânicas da GU.

As subunidades do B Log poderão ter sua organização alterada em função da missão, da situação, das necessidades, das disponibilidades e dos diversos tipos de brigada. Essa organização será pautada pela flexibilidade, adaptabilidade, modularidade, elasticidade e sustentabilidade (FAMES).

Os aspectos relacionados ao apoio de saúde e de recursos humanos são aplicáveis somente aos B Log Pára-quedista e Aeromóvel.

1.3 DEFINIÇÕES BÁSICAS

1.3.1 Logística na Medida Certa: consiste em configurar o apoio logístico, de acordo com cada situação.

1.3.2 Base Logística de Brigada (BLB): é a área onde são desdobrados os meios orgânicos de um B Log e outros recursos específicos necessários ao apoio a uma GU. A organização da BLB é modular e fundamentada em meios dotados de mobilidade tática, de modo a possibilitar o apoio logístico às operações e assegurar certo grau de autonomia à força apoiada.

1.3.3 Área de Interesse: é a área geográfica que se estende além da Área de Responsabilidade/Zona de Ação. É constituída por áreas adjacentes ou não à zona de ação, tanto à frente como nos flancos e retaguarda, onde os fatores e acontecimentos que nela se produzam possam repercutir no resultado ou afetar as ações, as operações atuais e as futuras. Também pode ser definida como o espaço, incluindo a Área de Responsabilidade e a Área de Influência, onde, embora o comandante não possa atuar, os acontecimentos poderão influenciar o cumprimento de sua missão. É assinalada pelo próprio Comando da Força.

1.3.4 Área de Influência: é aquela na qual o comandante é capaz de influenciar diretamente no curso do combate, mediante o emprego de seus próprios meios. Corresponde a um espaço físico que se expande, reduz-se e transfere-se em função da capacidade da Força para detectar e atuar sobre o oponente.

1.3.5 Posto de Suprimento: é uma instalação logística, geralmente destacada de um depósito, a fim de diminuir a distância de apoio, destinada à armazenagem de suprimentos em pequena quantidade, especialmente os de grande consumo, para fornecê-los aos elementos apoiados.

1.3.6 Posto de Distribuição: é uma instalação logística destinada ao recebimento, repartição e distribuição do suprimento destinado ao consumo dos elementos a apoiar.

1.3.7 Destacamento Logístico (Dst Log): é uma estrutura flexível, modular e adaptada às necessidades logísticas do elemento apoiado, podendo ser constituído a partir dos meios das OM Log funcionais do Grupamento Logístico (Gpt Log) ou da OM Log de uma GU, a fim de proporcionar apoio logístico cerrado e contínuo aos elementos em operações.

1.3.8 Trem: é o conjunto de elementos de serviço de uma unidade destinado a proporcionar apoio logístico.

1.3.9 Trem de Combate (TC): é o conjunto de elementos de serviço das unidades, cuja presença bem à frente é necessária para proporcionar apoio cerrado.

1.3.10 Área de trens de combate (ATC): localiza-se na Z Aç dos Elm apoiados e, sempre que possível, próxima ao Posto de Comando Principal (PCP) da Unidade e, nela, são reunidos os elementos logísticos necessários a um apoio mais cerrado às subunidades.

1.3.11 Trem de Estacionamento (TE): é o conjunto de elementos de serviço das unidades, cuja presença bem à frente é dispensável e que, por isso, desdobra-se mais à retaguarda em segurança.

1.3.12 Área de trens de estacionamento (ATE): é a região onde são reunidos os TE da unidade e onde poderão desdobrar-se instalações de apoio recebidas do escalão superior.

1.3.13 Área de Trens de Unidade (ATU) ou Área de Trens (AT): é a região onde os trens da OM permanecem reunidos, normalmente, em uma Z Reu.

1.3.14 Posto de Coleta: é o local designado para a reunião de material, prisioneiros de guerra e mortos, a fim de processar-se a necessária evacuação.

1.3.15 Posto de Socorro: é a instalação que recebe os feridos e doentes do campo de batalha, presta-lhes o apoio de saúde de 1º escalão e os prepara para a evacuação, se for o caso.

1.3.16 Linha de Provável Encontro (LPE): é uma linha identificada por acidentes do terreno onde se estima que possa haver o contato inicial ou restabelecimento de contato entre duas forças oponentes.

1.3.17 Linha de Controle: é a linha, geralmente, balizada por acidentes nítidos do terreno, facilmente identificável, utilizada para controlar ou coordenar a progressão de uma ou mais unidades ou fasear uma operação e facilitar a adoção de plano alternativo.

1.3.18 Ração Operacional de Combate: é a quantidade de alimento capaz de prover o sustento de um homem, durante um determinado período de tempo, quando não for possível ou conveniente alimentá-lo com a ração normal.

1.3.19 Cabeça de Ponte: é a área ou posição, na margem inimiga de um curso de água obstáculo (ou desfiladeiro), que uma força conquista na ofensiva ou mantém na defensiva, a fim de assegurar as melhores condições para o prosseguimento das próprias operações ou para as operações de outra força.

1.3.20 Cabeça de Ponte Aérea: é a área conquistada e mantida, a fim de proporcionar o espaço necessário para o desembarque por via aérea de tropas, equipamentos e suprimentos ou para evacuação por via aérea.

1.3.21 Restos de Guerra: são munições e explosivos capturados ou apreendidos durante uma operação e os abandonados por uma das partes envolvidas em um conflito armado.

1.3.22 Munições e explosivos não acionados em sistemas de armas: referem-se aos artefatos que não foram usados durante um conflito, operação ou adestramento e que precisam ser descartados.

1.3.23 Artefatos explosivos improvisados: são dispositivos fabricados, acionados ou empregados de maneira não convencional, incorporando substâncias químicas, biológicas, radiológicas, nucleares, pirotécnicas ou incendiárias destinadas a matar, destruir, incapacitar, negar mobilidade ou distrair.

CAPÍTULO II
AS CARACTERÍSTICAS DO BATALHÃO LOGÍSTICO

2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

As minúcias e os procedimentos de cada elemento com responsabilidade no apoio logístico são regulados pelos manuais específicos desses elementos e pelas normas gerais de ação dos grandes comandos, grandes unidades e unidades.

As subunidades do B Log poderão ter sua organização alterada em função da natureza da tropa apoiada, da missão, da situação, das necessidades, das disponibilidades e dos diversos tipos de brigada.

Os planejamentos logísticos devem ter como premissa básica a sua exequibilidade, fundamentada na existência de meios desde o tempo de paz ou passíveis de mobilização.

Os planejamentos logísticos devem levar em consideração, ainda, a constante evolução tecnológica dos meios bélicos, principalmente, no que diz respeito aos seus efeitos produzidos.

2.2 A MISSÃO DO BATALHÃO LOGÍSTICO

A missão dos B Log é proporcionar apoio logístico a todos os elementos orgânicos da Grande Unidade (GU).

O Batalhão Logístico constitui a fração básica responsável pela execução das tarefas logísticas em benefício das Organizações Militares (OM) da GU. Na forma de apoio por área, poderá apoiar outras OM não orgânicas da GU.

2.3 A ORGANIZAÇÃO GERAL DO BATALHÃO LOGÍSTICO

O Batalhão Logístico se organiza de acordo com as necessidades logísticas dos elementos apoiados, ou seja, “na medida certa”. Uma mudança nesses elementos pode determinar um reajustamento nas atividades e tarefas de apoio do batalhão.

De forma geral, o Batalhão Logístico poderá ser constituído pelas seguintes subunidades (ou frações destas):

a) Companhia de Comando e Apoio;

b) Companhia Logística de Manutenção;

c) Companhia Logística de Suprimento; e

d) Companhia Logística de Transporte;

Em relação à execução das tarefas da função logística de saúde, os B Log, exceto os B Log das Brigadas Pára-quedista e Aeromóvel, não possuem estrutura fixa ou fração para apoio às OM da brigada. Contudo, em operações, o B Log, em princípio, receberá uma Companhia de Saúde Avançada, do Batalhão de Saúde (B Sau), do Grupamento Logístico, que será o escalão superior para fins de apoio logístico.

Em relação à execução das tarefas da função logística de Recursos Humanos, o B Log não possui estrutura fixa ou fração para apoio às OM da brigada. Contudo, em operações, receberá uma Companhia Logística de Recursos Humanos, oriunda do Batalhão de Recursos Humanos, do Grupamento Logístico.

Figura 2-1 Organização do B Log

2.4 AS POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES DO BATALHÃO LOGÍSTICO

As possibilidades e limitações do B Log são:

a) desdobrar, de acordo com o planejamento tático e logístico, uma Base Logística de Brigada (BLB) para apoio à GU;

b) enquadrar elementos de transporte, até valor subunidade, recebidos do escalão superior, quando necessário;

c) receber e enquadrar reforços de outras organizações de apoio logístico, a fim de aumentar sua capacidade de apoio, sempre que apoiar elemento de valor unidade não orgânico de sua brigada;

d) destacar equipes junto a outros elementos, logísticos ou não, para melhorar a capacidade de apoio do elemento apoiado;

e) realizar a desativação ou destruição de engenhos falhados, munições e explosi- vos não acionados em sistemas de armas, artefatos explosivos improvisados e restos de guerra;

f) assegurar a defesa de suas instalações e dos comboios logísticos;

g) assegurar apoio logístico em todas as classes de suprimento, exceto de aviação, com as seguintes capacidades:

(1) Cl I: o necessário para até dois dias de suprimento; até cinco dias no B Log Sl;

(2) Cl III: o suficiente para a brigada se deslocar duzentos quilômetros por estradas; até cinco dias no B Log Sl;

(3) Demais classes: até 35 toneladas; até cinco dias de suprimento no B Log Sl.

h) realizar o suprimento e o transporte de suprimento Cl V(M);

i) estocar e distribuir suprimentos, utilizando os meios de transporte disponíveis;

j) prestar apoio de manutenção de 2º escalão, exceto nos materiais orgânicos de comunicações e eletrônica das Cia Com e B Com, de engenharia das Cia e BE Cmb, de guerra eletrônica das Cia GE e de aviação;

k) receber, sob controle operativo (Ct Op), uma Cia Sau Avç destinada a prestar o

l) receber, sob controle operativo (Ct Op), uma Cia RH Avç destinada a prestar o apoio de recursos humanos;

m) realizar o salvamento (remoção, reboque ou resgate) do material salvado e captu- rado, das Unidades até a BLB; e

n) receber, enquadrar e planejar o emprego de meios civis mobilizados. Os B Log Pqdt e Amv possuem, ainda, as seguintes possibilidades:

a) prestar assistência médico-cirúrgica e odontológica de urgência e instalar e operar até dois postos de triagem (P Trg);

b) realizar a evacuação de pessoal do PS das unidades até o B Log;

c) receber, processar e distribuir recompletamentos individuais e de unidades;

d) realizar atividades de assistência ao pessoal, prestando os serviços de suprimento reembolsável, banho e lavanderia;

e) instalar e operar uma Agência Postal na BLB;

f) instalar e operar uma Área de Repouso e uma Área de Recuperação; e

g) realizar as tarefas relativas aos assuntos mortuários.

2.5 AS FRAÇÕES DO BATALHÃO LOGÍSTICO

2.5.1 COMPANHIA DE COMANDO E APOIO

a. Missão

1) Apoiar, com seus meios, as suas frações.

2) Instalar o posto de comando (PC) e o sistema de comando e controle do batalhão logístico.

3) Prover o apoio logístico orgânico do batalhão.

4) Desdobrar e operar a AT do B Log.

5) Proporcionar segurança à BLB e aos deslocamentos dos comboios logísticos, abrangendo a área de influência do B Log.

b. Organização

A Companhia de Comando e Apoio (Cia C Ap) estrutura-se em: Comando (Cmdo), Seção de Comando (Seç Cmdo), Pelotão de Comando (Pel Cmdo), Pelotão de Apoio (Pel Ap), Pelotão de Comunicações (Pel Com) e dois Pelotões de Segurança (Pel Seg).

Figura 2-2 Organização da Cia C Ap

1) O Comando

O comandante da Cia C Ap tem as mesmas atribuições de qualquer comandante de subunidade incorporada, com as peculiaridades decorrentes da missão e organização de sua companhia.

Para planejar, coordenar e executar seus encargos, deverá manter estreito contato com o EM da unidade. Por exemplo, com o S1 e o S4, coordenará as missões de apoio logístico no âmbito do B Log e, com o S2 e o S3, a condução do sistema de comando e controle do batalhão.

Devido à própria natureza dos seus encargos, permanece a maior parte do tempo no PC do B Log.

2) A Seção de Comando

A Seção de Comando da Cia C Ap tem a missão de prover os meios para o funcionamento do PC da companhia e proporcionar-lhe o apoio logístico. Organiza-se em: Chefia; Grupo de Comando; e Grupo de Logística

3) Pelotão de Comando

O Pelotão de Comando tem a missão de prover pessoal e material para a instalação e funcionamento do PC do batalhão. É estruturado em: Comando; Grupo de Comando; Grupo de Comando do Batalhão; Grupo da 1ª Seção – Pessoal; Grupo da 2ª Seção – Inteligência; Grupo da 3ª Seção – Operações; Grupo da 4ª Seção – Logística; e Grupo do COL.

O emprego funcional das praças é responsabilidade dos respectivos chefes de seção do estado-maior do batalhão.

4) Pelotão de Apoio

O Pelotão de Apoio tem a missão de prover pessoal e material para o funcionamento do apoio logístico orgânico ao batalhão. Estrutura-se em: Comando; Seção de Manutenção; Seção de Suprimento; e Seção de Saúde.

O Cmt Pel é o mais apto a desempenhar a função de oficial de manutenção do batalhão.

A Seção de Suprimento realiza o suprimento interno da unidade e confecciona a alimentação para todo o efetivo do B Log.

A Seção de Manutenção executa a manutenção de 1° escalão do material de motomecanização e armamento da unidade.

A Seção de Saúde instala e opera o Posto de Socorro da unidade, sob supervisão e comando do oficial de saúde do B Log.

5) Pelotão de Comunicações

O Pelotão de Comunicações tem a missão de instalar, explorar e manter o sistema de comando e controle do batalhão. Estrutura-se em: Comando; Grupo de Comando; e Seção de Comunicações.

Normalmente, o comandante do pelotão é o oficial de comunicações e eletrônica (O Com Elt) da unidade.

As principais atribuições do O Com Elt são:

a) assessorar o comandante do batalhão e seu estado-maior sobre assuntos relacionados ao sistema de comando e controle e à localização do PC;

b) apresentar sugestões relativas à obtenção e ao recompletamento do pessoal de comunicações;

c) auxiliar na preparação de diretrizes de instrução relativas às comunicações e na fiscalização da instrução técnica de todo o pessoal de comunicações do batalhão;

d) planejar e supervisionar a instalação e exploração do material de comunicações distribuído ao seu pelotão;

e) coordenar o deslocamento das instalações de comunicações; providenciar para que a documentação de comunicações seja mantida em dia e em ordem;

f) providenciar para que suas instruções, como oficial de comunicações, sejam cumpridas no âmbito da unidade;

g) fiscalizar a manutenção de 1º escalão do material orgânico do B Log; e

h) realizar a proteção cibernética (somente preventiva) dos sistemas de informação da OM.

6) Pelotões de Segurança a. Missão

A missão dos Pel Seg é proporcionar segurança à BLB e aos deslocamentos dos comboios logísticos, abrangendo a área de influência do B Log.

b. Possibilidades e limitações

1) Estabelecer postos de segurança fixos com vigilância e escuta para a defesa aproximada da BLB.

2) Realizar o patrulhamento das vias de transporte, localidades e áreas de influência do B Log; empregar equipamentos e meios de vigilância e guarda, para complementar a defesa.

3) Estabelecer uma rede de obstáculos, armadilhas e alarmes no perímetro externo e em locais pré-selecionados; e estabelecer uma força de reação móvel, localizada em região central.

4) Realizar a escolta e proteção dos comboios.

2.5.2 COMPANHIA LOGÍSTICA DE MANUTENÇÃO

a. Missão

A missão da Companhia Logística de Manutenção (Cia Log Mnt) é:

1) proporcionar apoio de manutenção de 2º escalão e complementar a manutenção de 1° escalão dos elementos apoiados, exceto nos equipamentos e materiais de saúde, de aviação, de engenharia das OM de Engenharia e de comunicações, eletrônica e guerra eletrônica das OM de Comunicações;

2) realizar o controle de avarias, remoção, reboque, resgate, desencalhe ou reflutuação e evacuação de materiais salvados e capturados em proveito dos elementos apoiados;

3) realizar inspeções técnicas e prestar informações técnicas sobre combustíveis, óleos lubrificantes, munições, explosivos, armamentos, motomecanizados, transporte especializado, salvamento, remoção e destruição de artefatos explosivos;

4) transportar as peças e conjuntos de reparação de material das classes II, V (A), VI, VII, IX e X;

5) realizar a aplicação das Pç e Cj Rep e a distribuição desses itens para as OM apoiadas; e

6) realizar a desativação ou destruição de explosivos, engenhos falhados, munições não acionadas em sistemas de armas e artefatos explosivos improvisados.

b. Organização

A Cia Log Mnt tem constituição modular, adequa-se às capacidades requeridas ao B Log e estrutura-se em: Comando, Seção de Comando (Seç Cmdo), Pelotão de Apoio (Pel Ap), Pelotão Pesado de Manutenção (Pel P Mnt) e Pelotão Leve de Manutenção (Pel L Mnt).

c. Possibilidades e limitações

As Possibilidades e limitações da Cia Log Mnt são:

1) destacar até três Seç L Mnt, ou quatro nas brigadas quaternárias, em apoio aos elementos em 1º Escalão da brigada, prioritariamente;

2) receber e enquadrar meios civis especializados mobilizados;

3) proporcionar apoio à GU na Função Logística Salvamento;

4) remover e/ou destruir no local artefatos explosivos encontrados na zona de ação da brigada, empregando, para isso, a Seção de Remoção e Destruição de Artefatos Explosivos/Pel Ap;

5) transportar e distribuir limitada quantidade de peças e conjuntos de reparação de material das classes II, V (A), VI, VII, IX e X necessários à manutenção;

6) instalar e operar o Posto Técnico de Material Bélico (P Tec MB), o Posto de Distribuição de Peças e Conjunto de Reparação de Material Bélico (P Distr MB) o Posto de Coleta de Salvados (P Col Slv), conforme o planejamento logístico;

7) realizar inspeções técnicas e prestar informações técnicas sobre material bélico; e 8) receber frações de manutenção do B Mnt em reforço ou apoio suplementar (Ap Spl).

As seções leves de manutenção podem receber o apoio ou reforço de equipes destacadas pela companhia logística de manutenção, sempre que a natureza do serviço a realizar ou a constituição do elemento apoiado indicar esta necessidade.

A constituição dessas seções leves de manutenção é variável. Possui tantas equipes de manutenção quantas forem exigidas pela natureza do trabalho a realizar.

Todos os elementos da brigada podem receber o apoio das seções leves de manutenção, durante determinado período, para atender a uma operação ou mesmo a um plano de manutenção preventiva.

A Cia Log Mnt pode descentralizar as Seç L Mnt nas áreas de trens das OM, empregando-as sob a forma de apoio direto ou situação/relação de comando e controle, conforme a situação tática apresentada.

Nenhum elemento da companhia fica em reserva. Quando não há a necessidade de emprego junto às áreas de trens das OM, os meios leves de manutenção são centralizados na companhia, atuando em apoio ao conjunto.

2.5.3 COMPANHIA LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO

a. Missão

A Companhia Logística de Suprimento (Cia Log Sup) é a subunidade integrante do Batalhão Logístico que tem a missão de suprir a brigada nos materiais das classes I, III, V (M) e produtos acabados das classes II, IV, V, VI, VII,VIII, IX e X.

b. Organização

A Cia Log Sup tem constituição modular, adequada às capacidades requeridas ao B Log e estrutura-se em Comando (Cmdo), Seção de Comando (Seç Cmdo), Seção de Controle de Suprimento (Seç Ct Sup), Pelotão de Suprimento Cl I e VIII (Pel Sup Cl I/VIII), Pelotão de Suprimento Classe III, V e IX (Pel Sup Cl III/V e IX) e Pelotão de Suprimento Classe II e Outras Classes (Pel Sup Cl II/ O Cl). Todos os Pelotões da Companhia possuem meios de transporte próprios para a reserva orgânica da brigada.

Figura 2-4 Organização da Cia Log Sup

c. Possibilidades e limitações

As possibilidades e limitações da Cia Log Sup são:

1) instalar e operar os P Distr Cl I, P Distr Agu, P Distr Cl III, P Distr Cl V (M) e outras classes;

2) instalar e operar os P Distr Cl VIII, caso o B Log não receba uma Cia Sau Avç para realizar esta tarefa;

3) transportar a reserva orgânica da brigada dos Sup Cl I, III e outras classes;

4) destacar elementos para prestar apoio logístico;

5) exercer o controle do suprimento destinado à brigada;

6) armazenar o suprimento de todas as classes de material, exceto aviação, utilizando os meios de transporte disponíveis;

7) a Cia Log Sup, em operações, pode desdobrar-se na BLB e/ou Dst Log, com as instalações necessárias ao apoio das operações; e 8) realizar a coleta e o tratamento de água.

2.5.4 COMPANHIA LOGÍSTICA DE TRANSPORTE

a. Missão

A Companhia Logística de Transporte (Cia Log Trnp) é a subunidade integrante do Batalhão Logístico que tem como encargo transportar pessoal e material das classes I, III, V (M) e produtos acabados das classes II, IV, V, VI, VII, VIII, IX e X para a distribuição dos mesmos à brigada.

b. Organização

A Cia Log Trnp tem constituição modular, adequada às capacidades requeridas ao B Log e poderá estruturar-se em Comando (Cmdo), Grupo de Comando (Gp Cmdo), Grupo de Controle (Gp Ct), Pelotão de Transporte Especializado (Pel Trnp Esp) e Pelotão de Transporte Geral (Pel Trnp Ge). O Pel Trnp Esp é composto pelas Seções de Transporte de Cl III (Seç Trnp Cl III), Cl V (Seç Trnp Cl V), Água (Seç Trnp Agu), Frigorificados (Seç Trnp Frg) e Pessoal (Seç Trnp Pes). O Pel Trnp Ge é composto pelas Seções de Transporte Leve (Seç Trnp L), Seção de Transporte Médio (Seç Trnp Me) e Seção de Transporte Pesado (Seç Trnp Pe).

Figura 2-5 Organização da Cia Log Trnp

c. Possibilidades e Limitações

A Cia Log Trnp possui as seguintes possibilidades:

a) desdobrar-se na BLB;

b) desdobrar frações no Dst Log;

c) destacar elementos para compor destacamentos; e

d) reforçar os elementos de 1º escalão.

2.5.5 COMPANHIA LOGÍSTICA DE SAÚDE (PÁRA-QUEDISTA E AEROMÓVEL)

Somente o B Log Pqdt e o B Log L (Amv), em função de suas peculiaridades, possuem Companhias Logísticas de Saúde orgânicas.

Em relação à execução da função logística de saúde, os demais B Log não possuem estrutura de apoio à brigada.

a. Missão

A missão da Cia Log Sau é:

a) prestar assistência médica de urgência e tratamento odontológico de emergência; b) instalar o PAA Leve (PAA L);

c) realizar a evacuação de feridos, doentes e acidentados;

d) realizar o suprimento do material de saúde; e

e) realizar a manutenção de 1º escalão de seu próprio material e a manutenção de 1º escalão de todo o equipamento de saúde da GU.

b. Organização

A Cia Log Sau estrutura-se, de forma modular, de acordo com a missão, em Seção de Comando e Apoio, Pelotão de Atendimento e Pelotão de Evacuação.

Figura 2-6 Organização da Cia Log Sau

b. Possibilidades e limitações

As possibilidades e limitações da Cia Log Sau são:

1) prestar assistência médica, odontológica e realizar exames laboratoriais de urgência;

2) desdobrar um PAA L, inclusive no interior da cabeça de ponte;

3) realizar a evacuação de feridos, doentes e acidentados dos Postos de Socorro das Unidades apoiadas;

4) instalar e operar um Posto de Distribuição de Suprimento Classe VIII;

5) realizar a manutenção de 1º escalão em todo o material de saúde das OM apoiadas; e

6) a Cia Log Sau desdobra-se, geralmente, na parte anterior da BLB, operando com seus meios centralizados.

2.5.6 COMPANHIA LOGÍSTICA DE RECURSOS HUMANOS (PÁRA-QUEDISTA E AEROMÓVEL)

a. Missão

A missão da Companhia Logística de Recursos Humanos (Cia Log RH) é gerenciar as atividades de pessoal durante as operações. Assim, é responsável pelo gerenciamento e recompletamento de pessoal. Para isso, deve determinar as necessidades de pessoal, controlar efetivos, confeccionar relatórios de situação de pessoal, receber recompletamentos do Escalão Superior e executar os assuntos mortuários. Dependendo do exame de situação, a Cia Log RH pode receber módulos para executar os serviços em campanha (banho, lavanderia, barbearia, serviço postal, entre outros) e complementar o apoio.

b. Organização

A Companhia Logística de Recursos Humanos (Cia Log RH) se estrutura em: Seção Comando, Pelotão de Recompletamento e Pelotão de Assuntos Mortuários (Pel As Mor).

A Cia Log RH é organizada para executar o apoio logístico de RH por ocasião das operações aeroterrestres e aeromóveis. Nas fases que antecedem essas operações e após o restabelecimento de ligação via terrestre, como a junção com outras tropas, por exemplo, os B Log das brigada Pqdt e Amv receberão módulos do Batalhão de Recursos Humanos para executar os serviços em campanha e complementar o apoio.

Figura 2-7 Organização da Cia Log RH

c. Possibilidades e Limitações

As possibilidades e limitações da Cia Log RH são:

1) instalar e operar P Col Mor;

2) realizar o controle de efetivos; e

3) dependendo do exame de situação, receber frações de recursos humanos para executar os serviços em campanha.

A Cia Log RH desdobra-se na BLB e/ou Dst Log, com as instalações necessárias ao apoio das operações.

2.6 EMPREGO GERAL DO BATALHÃO LOGÍSTICO

O Batalhão Logístico presta apoio logístico à brigada por meio da realização das funções logísticas de suprimento, engenharia, recursos humanos, manutenção, transporte e salvamento.

O B Log desdobra seus meios, para o cumprimento de sua missão, em uma Base Logística de Brigada (BLB) e, se for o caso, em um Destacamento Logístico (Dst Log).

2.6.1 FORMAS DE APOIO LOGÍSTICO

Quando as análises pormenorizadas da situação tática, das informações de inteligência e das possibilidades e limitações dos meios de comunicação permitirem concluir quanto às possibilidades do B Log exercer o conveniente controle sobre suas subunidades ou frações, o apoio logístico será prestado sob as formas de apoio direto,apoio ao conjunto, apoio por área ou apoio específico.

2.6.2 SITUAÇÕES DE COMANDO

Nas situações em que o Cmt B Log tiver que empregar suas subunidades ou frações subordinadas sem poder exercer conveniente controle sobre elas, haverá necessidade de descentralizar o comando sob uma das seguintes situações: reforço, integração ou controle operativo.

2.6.3 CONSIDERAÇÕES PARTICULARES SOBRE O EMPREGO

Quando um B Log receber a missão de prestar o apoio logístico a alguma Unidade com meios que exigem pessoal e ferramental especializados, o B Log recebe uma Seç L Mnt para a prestação do apoio de manutenção a essa Unidade. Para a realização das outras atividades logísticas, se for o caso, outros elementos podem também ser destacados para apoiar essa peça de manobra.

2.6.4 MANOBRA LOGÍSTICA

A manobra logística do B Log caracteriza-se pelas mudanças de BLB de uma posição inicial para outras, de onde possa continuar apoiando a manobra tática da GU. Dessa forma, a zona de reunião onde se encontra a brigada pronta para emprego, pode, normalmente, vir a ser a BLB inicial, até que o limite máximo de apoio esteja prestes a ser ultrapassado. Ao se aproximar desse limite, o batalhão deve mudar para uma nova região, previamente selecionada e reconhecida, que atenda às condições mínimas de segurança. Nessa nova posição, o batalhão pode, ou não, desdobrar-se integralmente.

Nas operações de movimento que exijam deslocamentos rápidos e contínuos, é normal a permanência da maioria dos meios do batalhão sobre rodas, com um desdobramento parcial no terreno. Dessa posição, o apoio é prestado até que, novamente, a distância de apoio esteja na iminência de se tornar inadequada, em face da operação em curso, quando, então, procedimento idêntico ao descrito anteriormente é realizado.

Em princípio, o batalhão deve deslocar-se como um todo. Quando isso não for possível, o seu deslocamento deve ser iniciado por elementos que não estejam engajados nas operações em curso, sendo o movimento realizado por escalões.

Para a execução da manobra logística, os seguintes aspectos devem ser considerados: as missões atuais e futuras da brigada; a intenção Cmt Esc Sp; a localização da BLB; a composição de meios; a previsão e a oportunidade dos deslocamentos; o alcance de apoio; os limites da área de responsabilidade; a oportunidade das mudanças; a seleção dos eixos de suprimento; as soluções alternativas; a segurança da área de retaguarda (SEGAR); a segurança dos eixos de suprimento; e a necessidade de sincronização com as demais funções de combate.

2.7 COMANDO E CONTROLE NO BATALHÃO LOGÍSTICO

2.7.1 O COMANDANTE

O comandante é o responsável pelas ações e atividades da unidade. Suas atribuições incluem o planejamento, a organização, o comando, a coordenação e o controle do emprego do B Log. Exerce a dupla função de membro do EM especial de GU e de comandante de unidade. Como membro do EM especial, sua função é a de assessor do EMG. Como comandante de unidade, exerce o comando do conjunto das subunidades integrantes do B Log e dos elementos em reforço/controle operativo ao batalhão.

Por meio da cadeia de comando, o comandante exerce sua autoridade e estabelece diretrizes, missões e normas para o batalhão. O funcionamento eficiente da cadeia de comando exige que um grau suficiente de autoridade e iniciativa seja atribuído aos subordinados, a fim de que eles possam realizar as tarefas pelas quais são responsáveis.

Após emitir sua decisão, o comandante acompanha a evolução da situação, estabelecendo um controle mais cerrado sobre a atuação de suas subunidades sem, entretanto, envolver-se em ações de menor importância, mantendo a visão do conjunto.

2.7.2 O SUBCOMANDANTE

O subcomandante é o principal assessor e o substituto eventual do comandante do batalhão. Ele coordena e supervisiona os pormenores das operações e da administração, permitindo, assim, que o comandante do batalhão se concentre em assuntos mais importantes.

As atribuições específicas do subcomandante variam de acordo com as diretrizes do Comandante. As principais referem-se à orientação e à coordenação dos elementos do estado-maior do batalhão.

O subcomandante permanece no posto de comando, não devendo afastar-se dele quando o comandante estiver ausente. Nos deslocamentos do posto de comando, o subcomandante, habitualmente, se desloca com o último escalão.

2.7.3 O ESTADO-MAIOR

O comandante utiliza o estado-maior em seu assessoramento, para obter informações, fazer propostas, preparar exames de situação, planos pormenorizados e ordens para o cumprimento de suas decisões. O comandante do batalhão estabelece responsabilidades funcionais definidas para seu estado-maior.

O estado-maior geral compõe-se do subcomandante, oficial de pessoal (S-1), oficial de inteligência (S-2), oficial de operações e instrução (S-3), oficial de logística (S-4) e Chefe do COL, sendo estes os principais auxiliares do comandante.

O estado-maior especial do B Log é composto do oficial de munições, oficial de comunicações e eletrônica, oficial de manutenção e transporte, oficial de defesa química, biológica, radiológica e nuclear, oficial médico, do oficial de comunicações, dentre outros especialistas.

2.7.4 OFICIAL DE PESSOAL (S-1)

O S-1 tem responsabilidades de estado-maior relacionadas com o planejamento, a coordenação, a fiscalização e o cumprimento de atividades inerentes à função logística de RH no batalhão. Normalmente, permanece no posto de comando do batalhão. As funções relacionadas com o pessoal são as seguintes:

a) expedir instruções relacionadas a efetivos, registros e relatórios;

b) receber e encaminhar às respectivas subunidades o pessoal para o recompletamento;

c) providenciar o encaminhamento dos extraviados a seus respectivos destinos e manter em dia a relação dos ausentes;

d) realizar o controle do registro dos assuntos relativos à justiça e disciplina da unidade;

e) manter um registro dos prisioneiros de guerra, capturados pelo batalhão, para servir de base às informações do comando;

f) coordenar com o S-2 as medidas de evacuação desses prisioneiros para o escalão imediatamente superior;

g) informar sobre o destino a ser dado aos mortos e auxiliar na identificação dos mesmos;

h) coordenar e fiscalizar o registro de sepulturas, quando essas tarefas estiverem a cargo do batalhão;

i) assegurar meios para a obtenção e a manutenção de elevado estado moral da tropa;

j) apresentar as recomendações para citações, condecorações e punições;

k) supervisionar a distribuição e a coleta da correspondência e a escala de dispensas;

l) coordenar a atividade de assistência religiosa no âmbito interno da unidade;

m) planejar, coordenar e fiscalizar o programa de recreação;

n) supervisionar o comportamento, o remanejamento e o controle do pessoal;

o) recomendar as transferências, as designações, as promoções e as classificações do pessoal;

p) supervisionar o movimento, a organização e o funcionamento interno das instalações do posto de comando;

q) organizar o boletim interno, supervisionado pelo subcomandante da unidade;

r) processar a correspondência oficial, com exceção da relativa às ordens e instruções sobre as operações e a de natureza sigilosa;

s) autenticar as ordens e instruções, com exceção das de operações e informações; e

t) planejar e supervisionar a execução das medidas de controle da população civil na área de influência do batalhão logístico.

2.7.5 OFICIAL DE INTELIGÊNCIA (S-2)

A principal responsabilidade do S-2 é manter o comandante e os oficiais do estadomaior plenamente informados sobre a situação, as possibilidades do inimigo, o terreno, as condições meteorológicas e as considerações civis. Apresenta também, ao comandante, sugestões sobre as medidas de contra-inteligência e de segurança da área de retaguarda (SEGAR). Baseado nas informações necessárias, o S-2 estabelece um plano de busca para coleta de dados. Tem como principais atribuições:

a) manter atualizados o estudo de situação de inteligência e a carta de situação, em coordenação com o S-3;

b) assegurar que os informes e as informações importantes sejam registrados no diário da unidade;

c) preparar os sumários de inteligência e as partes de informações referentes aos planos, às ordens e anexos, bem como relatórios sobre a situação e normas gerais de ação;

d) preparar o plano diário de patrulhas do batalhão, em coordenação com o S-3 e o de defesa das instalações, auxiliado pelo Cmt Cia C Ap;

e) preparar os planos de reconhecimento aéreo do batalhão e encaminhar aos órgãos competentes os pedidos de reconhecimento aéreo imediato ou pré-planejado;

f) supervisionar as atividades das equipes de inteligência técnica em reforço ao batalhão;

g) supervisionar as atividades de vigilância do batalhão e elaborar o plano de vigilância terrestre, em coordenação com o S-3 e com o comandante da F DEFAR e solicitar pedidos de vigilância aérea, quando necessário;

h) planejar e supervisionar as atividades dos elementos de C Dan, em coordenação como S-4;

i) exercer supervisão de estado-maior sobre o oficial de munições e de DQBRN do batalhão em todos os assuntos que se referem às operações de detecção e levantamento químico, biológico, radiológico e nuclear; aos registros, na carta, de contaminação por precipitação radioativa; à interpretação dos dados do levantamento nuclear; e ao preparo dos diagramas de predição de precipitação radioativa, relativos a possíveis explosões de armas nucleares inimigas;

j) planejar e supervisionar as atividades da força de defesa da área de retaguarda (F DEFAR), na execução das missões de informações e de combate, em coordenação com o S-3, caso o Cmt B Log seja designado controlador de SEGAR;

k) coordenar a busca de informes, por todos os elementos orgânicos ou em reforço e difundir as informações obtidas para os elementos da F DEFAR, através dos canais de Intlg; e

l) elaborar o plano de segurança a ser executado pelo batalhão, quando em marcha, nos altos, nas zonas de reunião, na BLB e nas instalações de comando e administrativas.

2.7.6 OFICIAL DE OPERAÇÕES E INSTRUÇÃO (S-3)

O S-3 tem responsabilidade de estado-maior sobre assuntos referentes à organização, instrução e operações. Exerce a supervisão de estado-maior sobre as atividades de assuntos civis no batalhão.

a. Responsabilidades referentes à organização

1) Fazer o estudo continuado da organização das subunidades, apresentando sugestões ao S-1 e S-4 para modificações dos quadros de organização e de material.

2) Propor a organização e composição de meios.

3) Estudar os pedidos de pessoal e de material elaborados pelos S-1 e S-4.

b. Responsabilidades referentes à instrução

1) Preparar sugestões sobre as diretrizes de instrução, programas, ordens, exercícios em campanha, baseadas no plano aprovado pelo comandante.

2) Sugerir a escolha de áreas de instrução e os meios necessários.

3) Organizar e dirigir os diferentes cursos decorrentes da experiência de combate no âmbito do batalhão.

4) Baseado nas diretrizes do comandante, organizar os programas de instrução, selecionar instrutores e monitores, e orientar os comandantes de subunidades na indicação dos militares que devem frequentar os cursos.

c. Responsabilidades referentes às operações

1) Assessorar o comandante quanto à situação tática da unidade.

2) Estudar as ordens do escalão superior, as ações das unidades vizinhas e unidades de apoio, a localização e as possibilidades dos elementos orgânicos e postos à

disposição, as baixas e os recompletamentos, em coordenação com o S-1;

3) Manter a carta de operações atualizada.

4) Propor a localização das zonas de reunião, BLB e o desdobramento da unidade.

5) Coordenar com o S-2 as medidas de reconhecimento e de segurança, no âmbito do batalhão, inclusive as missões de inteligência, quando as frações do batalhão forem nelas engajadas.

6) Planejar, em coordenação com o S-4, o deslocamento de tropas, inclusive dos elementos empregados, a formação e o tipo do movimento exigido.

7) Elaborar a ordem de movimento, após aprovação do respectivo plano.

8) Apresentar sugestões sobre o emprego das subunidades, após o exame de situação e dos entendimentos com os outros oficiais do estado-maior e os comandantes de subunidades.

9) Coordenar com o oficial de comunicações a organização do plano de comunicações, com a finalidade de manter ligações entre o comandante do batalhão, o posto de comando do batalhão e as companhias subordinadas.

10) Coordenar as atividades de ligação, apresentando sugestões para a sua execução.

11) Propor, assessorado pelo oficial de comunicações e S-1, a localização geral do posto de comando.

12) Elaborar a ordem de operações do batalhão para a aprovação do comandante. Após a aprovação, publicar, autenticar e distribuir a ordem, devendo supervisionar a sua execução.

13) Transmitir as ordens e instruções do comandante do batalhão às subunidades subordinadas, auxiliando seus comandantes na interpretação das mesmas.

14) Organizar planos para as futuras operações, de acordo com as decisões do comandante e a situação da unidade.

15) Propor ao S-1 medidas de controle da população civil, quando necessário, e restrições aos movimentos de civis em localidades e estradas, que interfiram diretamente na prestação do apoio logístico.

2.7.7 OFICIAL DE LOGÍSTICA (S-4)

O S-4, auxiliado por um adjunto, é o responsável pelas atividades internas de suprimento, manutenção, remoção, reboque ou resgate de recurso material, saúde, transporte e outros serviços do batalhão, como OM apoiada. Deve manter-se a par da situação tática, coordenar suas atividades com as dos demais oficiais do estado-maior e apresentar sugestões oportunas sobre os assuntos que lhe estejam afetos. Deve manter o comandante informado sobre a situação logística da unidade. Organiza o plano de suprimento do batalhão, baseado na situação tática e no plano de emprego, providencia sua difusão e fiscaliza sua execução.

O adjunto do S-4 é o auxiliar do S-4 para as atividades de apoio logístico da unidade.

É também o oficial de munições e de DQBRN do batalhão.

As atribuições do S-4 são:

a) planejar e supervisionar a execução das atividades logísticas, no âmbito interno do batalhão;

b) autorizar o fornecimento dos pedidos de suprimento interno das companhias e dos elementos em reforço e supervisionar sua obtenção e distribuição;

c) supervisionar a instalação e o funcionamento do posto de remuniciamento, do posto de socorro, da área de manutenção e das cozinhas do batalhão;

d) executar os reconhecimentos ou fazer recomendações para a escolha de itinerários e locais para as instalações logísticas do batalhão;

e) coordenar a evacuação dos feridos, dos mortos, a remoção, reboque ou resgate do material e das armas avariadas orgânicas do batalhão e do material salvado e capturado do inimigo por força de ações de DEFAR;

f) coordenar, com o médico, com o S-1 e o S-2 do batalhão, respectivamente, as medidas relacionadas com a evacuação dos feridos, dos mortos e do pessoal inimigo aprisionado.

g) coordenar com o S-2 e o S-3, o emprego dos meios de C Dan orgânicos e em reforço.

2.7.8 OFICIAL DE OPERAÇÕES LOGÍSTICAS

O Oficial de Operações Logísticas é o Ch COL e tem as seguintes missões: planejar e supervisionar a execução das atividades logísticas da GU; levantar as necessidades referentes ao apoio logístico; controlar a disponibilidade dos equipamentos; controlar o fluxo de suprimentos; preparar e difundir os planos de manutenção; consolidar, estudar e analisar os relatórios diversos.

2.7.9 OFICIAL DE MUNIÇÕES DA GU

O oficial de munições da GU é o Chefe do COL, tendo como principais atribuições:

a) supervisionar as atividades de remuniciamento no âmbito da GU;

b) manter atualizados os registros de munição; e

c) organizar e apresentar ao comando do B Log e GU todas as informações referentes ao Sup Cl V(M) da GU.

2.7.10 OFICIAL DQBRN DA GU

O Oficial DQBRN da GU é o Adj S-3, tendo como principais atribuições:

a) propor normas para as operações de detecção e identificação de agentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares lançados na área de operações da GU; e

b) manter o registro em cartas de situação das áreas de contaminação radioativa, consequentes de explosões de armas nucleares inimigas.

2.7.11 OFICIAIS ESPECIALISTAS DO BATALHÃO

O oficial médico é o comandante da seção de saúde do batalhão. Desempenha suas atividades sob a supervisão do S-4.

O oficial de comunicações é responsável pelas operações das Com no âmbito da unidade, sob a supervisão do S-3.

O oficial de manutenção e transporte é o responsável pela manutenção orgânica, pelo levantamento das necessidades, recebimento e distribuição das peças e conjuntos de reparação (Cl II, IV, V (Armt), VI, VII, IX e X) destinados ao batalhão e pelo planejamento e execução do transporte no âmbito interno da OM.

O oficial de munições é o responsável pela instalação e operação do posto de remuniciamento do batalhão.

O oficial de munições é o responsável pela instalação e operação do posto de remuniciamento do batalhão.

2.8 LIGAÇÕES E COMUNICAÇÕES

2.8.1 MEIOS DE COMUNICAÇÕES

A capacidade de apoio do batalhão depende, entre outras coisas, da eficiência de um sistema de ligações e de comunicações, o qual deve proporcionar segurança e flexibilidade, permitindo ao comando um efetivo controle administrativo da unidade.

Os sistemas de comunicações devem ser planejados de modo a utilizar, plenamente, as possibilidades do pessoal e do material de comunicações para obter a máxima eficiência sob condições de combate e suficiente flexibilidade nas mudanças de missão.

Os meios de comunicações, normalmente disponíveis no batalhão, são os meios físicos, rádio, mensageiros, acústicos e visuais. Seu emprego depende, em cada subunidade, do pessoal, equipamento e viaturas constantes dos respectivos quadros de organização e dotação.

Os vários meios de comunicações apresentam diferentes possibilidades e limitações. Em consequência, devem ser utilizados de modo que se complementem sem haver dependência exclusiva de um deles. Em uma determinada situação, os meios empregados devem ser os que proporcionem maior confiança, flexibilidade, sigilo e rapidez, com o mínimo de esforço e material.

As ligações são as relações ou as conexões estabelecidas entre os diferentes elementos que participam de uma mesma atividade ou operação, sendo uma ferramenta de apoio à estrutura de comando e controle.

As ligações necessárias são constituídas pelos contatos diretos ou indiretos, que devem ser estabelecidos entre um determinado escalão e outros envolvidos em uma atividade ou operação militar, indispensáveis para o exercício do C².

As necessidades são determinadas pelo comandante do B Log e condicionadas pelo ambiente operacional, pelo tipo de operação, pelo momento e pelos elementos envolvidos na mesma missão.

As ligações necessárias permitem: o exercício do C² no âmbito do Batalhão; a integração ao sistema de C² da brigada; e a conexão com as SU, com elementos vizinhos, apoiados, em apoio, em reforço/integração, outras forças singulares, forças auxiliares, agências e sistemas nacionais de comunicações críticas e de telecomunicações.

2.8.2 NECESSIDADES INTERNAS DE COMUNICAÇÕES

As necessidades internas incluem os meios indispensáveis ao controle e coordenação das atividades da unidade. A instalação e a manutenção do sistema de comunicações interno são da responsabilidade do comandante do batalhão e é executada pelo Oficial de Comunicações.

O sistema interno deve proporcionar ao comando os meios para o desempenho das seguintes funções: direção e controle do apoio logístico; controle tático e administrativo da unidade; troca de informes e informações; e operações de segurança de área de retaguarda.

2.8.3 NECESSIDADES EXTERNAS DE COMUNICAÇÕES

As necessidades externas de comunicações incluem as instalações por meio das quais a unidade mantém comunicações com o escalão superior, com as unidades vizinhas, apoiadas, de apoio e em reforço, com a finalidade de receber dados e informações necessários ao cumprimento da missão.

O sistema externo proporciona meios para a execução das seguintes missões: controle do apoio logístico; controle tático e administrativo; troca de informes e informações; coordenação com as unidades apoiadas e com o escalão logístico superior; coordenação das frações empregadas em apoio direto; recepção de alarmes; e controle das operações de segurança de área de retaguarda.

A responsabilidade pela ligação do batalhão logístico com o comando da brigada é da Companhia de Comunicações orgânica da brigada. Através dessa ligação, o batalhão poderá comunicar-se com os elementos necessários para a realização do apoio logístico (elementos apoiados, Grupamento Logístico, Comando da brigada e outros).

2.8.4 SISTEMA DE COMUNICAÇÕES POR MEIO FÍSICO

O desenvolvimento do sistema de comunicações por meio físico depende, principalmente, de: meios disponíveis; prazo para estabelecimento; necessidades imediatas da unidade; necessidades futuras da unidade; e tempo que a unidade vai permanecer na área de apoio logístico.

Também é limitado pelas características do circuito, da sua instalação, impermeabilização, blindagem, isolamento, bem como da intensidade e da natureza da energia gerada pelos equipamentos aplicados. Quando a distância entre os pontos a ligar exceder as possibilidades do condutor utilizado, é necessário intercalar, nesses circuitos, aparelhos capazes de ampliar o valor da energia, de modo a mantê-la em condições de ser recebida no destino.

No estabelecimento do sistema por meio físico do batalhão, a maior prioridade deve ser dada aos circuitos necessários à execução do apoio logístico.

Os meios físicos dispensam a abertura de redes ou a escuta permanente pelo usuário.

São exemplos de meios físicos, a linha bifilar, fibra ótica, cabo de par trançado (UTP), cabo múltiplo e coaxial.

2.8.5 SISTEMA RÁDIO

Dobrando ou substituindo o sistema por meio físico, ou muitas vezes, como o único meio com possibilidades de utilização, o rádio tem largo emprego no apoio logístico, principalmente nas situações de movimento.

O rádio deve estar sempre em condições de ser utilizado, como o único meio de comunicações ou substituindo os outros meios de comunicações, total ou parcialmente, para permitir que a unidade cumpra sua missão sem solução de continuidade.

A rede-rádio é uma série de postos rádio, de mesmas características, operando na mesma frequência e coordenados por um dos postos, denominado posto diretor de rede (PDR).

Os indicativos e as frequências constam das Instruções para a Exploração das Comunicações e Eletrônica (IE Com Elt).

No batalhão, normalmente, os motoristas dos Gp Cmdo desempenham cumulativamente as funções de radioperador.

2.8.6 SISTEMA DE MENSAGEIROS

Dependendo em grande parte do pessoal, o sistema de mensageiros exige uma cuidadosa seleção dos homens que devem desempenhar a função.

A situação tática ou a falta de disponibilidade de outros meios de comunicações, em dado momento, pode determinar o amplo emprego dos mensageiros.

2.8.7 SISTEMA POR MEIOS ACÚSTICOS

Os meios acústicos são considerados como meios de comunicações suplementares.

As ordens a viva voz, os toques de sirene, os sistemas de alto-falantes, a corneta, a buzina e o apito são os meios acústicos mais comuns e empregados eficientemente como sinais de alarme ou de alerta.

São meios altamente indiscretos. Normalmente, utilizam códigos de mensagens preestabelecidas e são usados em todos os níveis, com a finalidade de transmitir ordens, sinais de alarme ou a ocorrência de eventos. O seu curto alcance restringe o emprego a locais específicos, tornando-os mais apropriados para os escalões subunidade e frações.

2.8.8 SISTEMA POR MEIOS VISUAIS

Os meios visuais são destinados à sinalização a curta distância, segundo um código preestabelecido. São exemplos: aparelhos de sinalização visual, produtores e receptores de radiação infravermelha, pirotécnicos, semáforos, bandeirolas, sinalização com os braços e as mãos (gestos).

Exigem condições apropriadas de visibilidade. Além disso, bandeirolas e semáforos exigem pessoal especialmente treinado e tem um alcance bastante reduzido.

Os artifícios pirotécnicos utilizam foguetes de sinalização, projéteis, cartuchos especiais e granadas fumígenas. Os painéis permitem, particularmente, as ligações terra-avião, a identificação de veículos, de unidades, de linhas atingidas por tropas, etc. Os semáforos possuem maior alcance e rendimento que as bandeirolas. Ambos são empregados, particularmente, quando a BLB se encontra desdobrada em terrenos acidentados, em que a transmissão dos sinais se processa com maior segurança, graças às massas cobridoras que os protegem das vistas inimigas

Os meios visuais, exceto os que transmitem em código morse, são utilizados na transmissão de mensagens preestabelecidas a distâncias relativamente curtas e quando não houver restrições por razões de segurança.

A telegrafia ótica, seja por bandeirolas, seja por semáforos, permite a transmissão de mensagens não previamente estabelecidas.

CAPÍTULO III AS ATIVIDADES E TAREFAS LOGÍSTICAS

3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

Função Logística é definida como a reunião, sob uma única designação, de um conjunto de atividades logísticas afins, correlatas ou de mesma natureza.

Divide-se em: suprimento, manutenção, transporte, engenharia, recursos humanos, saúde e salvamento.

A execução das atividades relativas às diversas funções logísticas é garantida por meio da disponibilidade de informações logísticas em tempo real, com emprego de ferramentas de TIC para apoiar a tomada de decisão.

3.2 ATIVIDADES DA FUNÇÃO LOGÍSTICA SUPRIMENTO

3.2.1 SUPRIMENTO CLASSE I

a. Ração

Ração é a quantidade necessária de alimento a manter um homem durante um dia. A ração é constituída de quatro refeições. Ordinariamente, emprega-se o termo isolado para designar víveres. Emprega-se a expressão "ração de forragem" para designar a quantidade de forragem necessária para alimentar um animal durante um dia.

1) Tipos de ração

As rações utilizadas pelas Forças Armadas apresentam-se sob as seguintes formas de rações operacionais:

a) R1 (Ração normal) constituída de alimentos perecíveis e não perecíveis. Compreende gêneros em estado natural, que devem ser preparados para o consumo. É consumida quando a situação tática permitir.

b) R2 (Ração Operacional de Combate): é o conjunto de alimentos e acessórios fornecidos ao militar com a finalidade de enfrentar situações diversas por um período de 24 horas. Cada unidade da R2 será composta por quatro refeições - desjejum, almoço, jantar e ceia.

c) R3 (Ração Operacional de Emergência): é o conjunto de alimentos e acessórios fornecidos ao militar com a finalidade de enfrentar situações diversas por um período de 12 horas. Cada unidade da R3 será composta por duas refeições - desjejum/almoço ou jantar/ceia.

d) RA (Ração Operacional de Adestramento): é o conjunto de alimentos e acessórios fornecidos ao militar com a finalidade de enfrentar situações diversas por um período de seis horas. Cada unidade da RA será composta por uma refeição - almoço ou jantar.

2) Ciclo de ração

É o período de vinte e quatro horas durante o qual a ração vai ser consumida. Em campanha, o ciclo começa pelo jantar, compreendendo quatro refeições (jantar, ceia, desjejum e almoço), pois apresenta a vantagem de permitir mais tempo para o loteamento das rações recebidas e para a entrega e preparo das refeições. Admite-se a utilização de tipos de ração diferentes dentro do mesmo ciclo de ração. A expressão "ciclo de ração" só diz respeito a víveres.

3) Intervalo de ração

Intervalo de ração é o período iniciado com o processamento, pelo escalão superior, do suprimento automático originado pelas informações constantes do sumário diário do pessoal (ou, se for o caso, pelo pedido eventual), remetido pela brigada e encerrado com o consumo final da ração pelas unidades. É expresso em dias e se refere às rações R1 e R2. No escalão brigada, é de interesse apenas do B Log, pois possibilita organizar a sistematica de fornecimento de ração.

Os intervalos de ração mais utilizados (ciclo iniciado no jantar) são os que se seguem:

a) Intervalo de ração quatro, utilizado quando a brigada estiver em zona de reunião.

(1) 1º dia - Suprimento automático ou pedido eventual.

(2) 2º dia - Recebimento e distribuição na mesma noite.

(3) 3º dia - Início do consumo pelas unidades.

(4) 4º dia - Término do consumo pelas unidades.

b) Intervalo de ração cinco, utilizado quando a brigada não se encontrar em Z Reu.

(1) 1º dia - Suprimento automático ou pedido eventual.

(2) 2º dia - Recebimento do suprimento.

(3) 3º dia - Distribuição da ração às unidades.

(4) 4º dia - Início do consumo pelas unidades.

(5) 5º dia - Término do consumo pelas unidades.

O escalão superior pode determinar a utilização dos intervalos de ração seis e sete. Nestes intervalos, entre o suprimento automático (ou pedido eventual) e o recebimento, decorrem prazos de 48 e de 72 horas, respectivamente.

Nos intervalos maiores que o quatro, a brigada adquire maior flexibilidade pela existência de mais um dia de suprimento no batalhão logístico.

A mudança de intervalo de ração caracteriza-se pelo recebimento da ração para o novo intervalo.

A ocasião da mudança de intervalo quatro para cinco e vice-versa é definida pelo CLFTC, levando em consideração as necessidades operacionais e as possibilidades logísticas.

4) Escalonamento das rações

A distribuição, em profundidade, das rações, dentro da brigada, permite assegurar a alimentação da tropa por determinados períodos quando, por qualquer eventualidade, for interrompido o fluxo de suprimento.

Escalonamento de rações adotado:

a) com o homem: cada homem transporta uma ração R3, que só é consumida mediante ordem. A alimentação de emergência não faz parte da reserva orgânica da brigada e, quando houver necessidade de se fazer um pedido, o mesmo é feito considerando-se o efetivo existente;

b) com a subunidade (incorporada): cada subunidade transporta, em suas viaturas orgânicas, uma ração R2 por homem, para o seu efetivo previsto. A Seção de Comando da SU é a responsável pelo armazenamento e distribuição;

c) com a unidade – As SU C Ap das Unidades transportam junto às Áreas de Trens uma ração R2 por homem, para todo o efetivo previsto da unidade. O Pel Ap é o responsável pelo armazenamento e distribuição dessa ração. Nas subunidades independentes, o Pelotão de Comando e Apoio é o responsável pelo armazenamento de duas rações por homem para o efetivo previsto na SU;

d) com o B Log – O B Log transporta duas rações R2 por homem, para todo o Efe- tivo Previsto da GU. A Cia Log Sup é a responsável pelo armazenamento dessa ração.

5) Reserva orgânica de Suprimento Classe I

É a quantidade de suprimento, desta classe, existente e que não esteja destinada para consumo imediato. O escalonamento indica a existência de quatro rações R2, não destinadas ao consumo imediato e que constituem, portanto, a reserva orgânica de suprimento classe I. A reserva orgânica é consumida, quando necessário, sem que se peça autorização ao escalão superior. Logo após ser consumida, o elemento interessado participa tal fato ao escalão superior e pede a reposição do suprimento.

O B Log armazena duas rações R2, por homem, na Cia Log Sup como reserva orgânica da brigada.

6) Suprimento automático e pedido eventual

Sempre que possível, não haverá pedido de Classe I, pois o suprimento será automático entre o escalão superior e o escalão subordinado.

O suprimento automático compreende as rações necessárias para o consumo imediato. Baseia-se no efetivo existente, informado a partir do sumário diário de pessoal.

Como, na prática, não há coincidência do número de rações recebidas com o número das distribuídas pela Cia Log Sup, há necessidade de, periodicamente, haver um reajustamento de rações. A periodicidade será regulada nos planos e ordens de apoio logístico.

O B Log da brigada, as unidades e subunidades farão um pedido eventual, nas seguintes situações: necessidade de recomposição de sua reserva orgânica, quando for atingido um nível mínimo previsto nos planos e ordens de apoio logístico; necessidade de recomposição do número de R3, com base no efetivo existente; quando o tipo de ração a ser consumida em cada uma das três refeições de um ciclo de ração não for a ração prevista; quando o excesso de rações comprometer a capacidade de Trnp ou a mobilidade; e quando for julgado, por outras razões, estritamente necessário.

Além das situações previstas, a brigada remeterá um Pedido Eventual, através do B Log, por ocasião das mudanças de intervalo de ração.

Os Pedidos Eventuais de todas as unidades são consolidados no Batalhão Logístico em um só pedido, que é remetido ao escalão superior.

Por ocasião dos pedidos eventuais, serão feitos os reajustamentos necessários para a recomposição dos níveis previstos.

7) Distribuição

Se o intervalo de ração em vigor for quatro, a Companhia Logística de Suprimento deve receber, lotear e distribuir esse suprimento às unidades no mesmo dia. Esta distribuição é feita nas áreas de trens de estacionamento ou nas áreas de trens de unidade. Se o intervalo de ração for cinco, a companhia tem mais tempo para lotear o suprimento recebido, pois só deve distribuí-lo no dia seguinte. O transporte do suprimento, até as unidades é realizado de acordo com a figura a seguir.

Figura 3-1 Distribuição de Sup Cl I

b. Água

O suprimento de água é realizado automaticamente, baseado no SUDIPE, por meio de comboio com cisternas de água conduzidas pelo B Log. É realizada a troca direta de cisternas, ou seja, a cisterna plena fica na unidade apoiada e o B Log retrai com a vazia.

As unidades consumidoras também podem se abastecer no posto de distribuição de água usando camburões para água, viaturas com reboque-cisterna ou, ainda, viaturascisterna.

As unidades podem abastecer-se de água a qualquer hora. Entretanto, se o suprimento é limitado ou a procura é excessiva, é necessário que as unidades se supram em horário previsto ou mediante racionamento.

Os elementos de suprimento de água da brigada podem instalar e operar até dois postos de distribuição de água, sendo normal a instalação de somente um destes postos. A instalação de mais de um posto de distribuição ocorrerá quando a brigada atuar em área extensa, com deficiência de fontes de água ou, ainda, quando a situação impuser a abertura de um destacamento logístico.

3.2.2 SUPRIMENTO CLASSE III

O suprimento classe III necessário resulta da proposta dos comandantes subordinados em face das estimativas para determinados períodos, com base em dados médios de planejamento.

A brigada recebe do escalão superior um crédito de combustível para determinado período. Este crédito é repartido pelas unidades considerando as suas estimativas anteriores e pode ser fixado em litros por período ou em litros por dia. Exceto em casos de emergência, é necessária a permissão do comando superior para que qualquer unidade consuma além do crédito estabelecido. O suprimento classe III não consumido no período não é acumulado para o período seguinte.

Dentro das normas resultantes do entendimento entre as 3ª e 4ª seções do estadomaior geral, cabe ao E-4 da brigada centralizar as estimativas de consumo das unidades e propor ao comando da brigada os créditos a serem concedidos.

A brigada deve manter uma reserva orgânica de Sup Cl III para atender às necessidades de emprego operativo, de acordo com as possibilidades de transporte.

Especial atenção deve ser dada ao armazenamento e à gestão de óleos lubrificantes e graxas. O COL manterá um controle atualizado do tipo de MEM das OM. Desta forma, estará em condições de gerir o suprimento Cl III para a correta manutenção e conservação dos mesmos.

a. Tipos de Consumo

Consumo normal é o consumo de suprimento classe III por viaturas que se desloquem em estradas de boas características técnicas.

Unidade Carburante é a quantidade de combustível necessária, para a execução de um percurso de 100 quilômetros em estrada (é o consumo normal para um deslocamento de 100 quilômetros) pelas viaturas de determinada fração.

O cálculo da estimativa das necessidades de suprimento classe III é decomposto nas parcelas que se seguem:

1) Consumo no Deslocamento

Durante as marchas administrativas, as viaturas aproveitam integralmente a rede de estradas e consomem uma Unidade Carburante a cada deslocamento de 100 quilômetros.

Nas marchas sob condições de combate, deve-se considerar que é necessário obter uma estimativa do número de viaturas que se deslocam sob condições desfavoráveis (através do campo ou em estadas precárias, por exemplo). Essas viaturas que se deslocam sob condições desfavoráveis têm um consumo de combustíveis e lubrificantes 2,5 (duas e meia) vezes maior que o consumo normal.

2) Consumo no Suprimento

Corresponde ao consumo das viaturas empregadas na execução do suprimento. A experiência indica que esta necessidade pode ser atendida considerando-se que 20% das viaturas do elemento considerado são empregadas nesse mister, percorrendo a distância média de suprimento. No caso da grande unidade não se deslocar, o consumo no suprimento se inclui no consumo geral e, por isso, não é calculado.

A Distância Média de Suprimento é o dobro da média aritmética das distâncias entre as posições mais avançadas, onde cada elemento apoiado encontra-se desdobrado, e os locais onde o escalão considerado recebe o suprimento de cada classe do escalão superior.

3) Consumo Adicional

Corresponde à necessidade diária para diversos fins, tais como: movimentos de veículos no interior do estacionamento; reconhecimentos; aquecimento de motores; e consumo suplementar pelo funcionamento de alguns veículos em velocidade reduzida, por tempo excessivamente longo. O consumo adicional é muito influenciado pela natureza das operações, terreno e condições meteorológicas.

Tomando por base as condições médias gerais, considera-se que as necessidades para aqueles fins equivalem ao consumo de todos os veículos do escalão considerado, em um deslocamento de 15 quilômetros, em estrada.

4) Consumo nas Cozinhas

As necessidades de combustível para as cozinhas são calculadas com base nos consumos previstos no manual técnico do equipamento empregado, por conjunto de fogões (cozinha de subunidade).

5) Consumos Diversos

Consumos diversos incluem as necessidades de combustível para equipamentos mecânicos, geradores, bem como para a manutenção e verificação de motores.

6) perdas

As perdas correspondem a: evaporação; derramamentos; e pequenos acidentes de combate. Só é calculada em situações de deslocamentos na zona de combate. Seu valor é igual a 10% das necessidades de consumo de todas as demais parcelas, sem computar o consumo no deslocamento "sob condições desfavoráveis”.

Quando a organização considerada estiver em zona de reunião ou quando não realizar movimento (sem estar em contato com o inimigo), as necessidades diárias de combustíveis serão computadas com base nas atividades que estarão sendo desempenhadas e para consumo geral diário (vida normal da organização).

O consumo de óleos lubrificantes, graxas e afins é proporcional ao consumo de combustível e seguem as especificações técnicas dos fabricantes de cada material.

b. Convenções para obtenção de dados

Para obter-se a distância para o cálculo do consumo no deslocamento, mede-se, conforme o caso, a distância do centro do dispositivo da grande unidade ao centro da Z Reu ou a distância do centro do dispositivo da GU ao ponto mais afastado do objetivo a conquistar.

Para simplicidade de cálculo, as distâncias, em frações de quilômetros, são aproximadas para a unidade imediatamente superior e a estimativa final de combustível para a operação ou período considerado, em litros, é aproximada para o milhar imediatamente superior.

Para simplicidade de cálculo, as distâncias, em frações de quilômetros, são aproximadas para a unidade imediatamente superior e a estimativa final de combustível para a operação ou período considerado, em litros, é aproximada para o milhar imediatamente superior.

c. Pedido

As unidades enviam ao Batalhão Logístico um relatório diário de situação. Este documento indica a quantidade de suprimento existente em suas viaturas-cisterna e faz uma estimativa das necessidades para o período seguinte.

O Batalhão Logístico consolida as informações recebidas e considerando o suprimento existente (reserva orgânica de suprimento classe III) envia à instalação do escalão superior que o apoia o relatório diário de situação da brigada.

d. Distribuição

O Batalhão Logístico recebe o suprimento do escalão superior que apoia a brigada no seu P Distr Cl III, desdobrado pela Companhia Logística de Suprimento na BLB. O escalão superior fornece este suprimento à brigada, realizando a troca de viaturascisterna ou enchendo as viaturas-cisterna vazias.

As viaturas, os contêineres-tanque e os reboques-cisterna da Companhia Logística de Suprimento são empregados para transportar a reserva orgânica de suprimento classe III da brigada. As viaturas do Pelotão de Suprimento constituem o posto de distribuição de suprimento classe III na BLB. O suprimento das unidades apoiadas poderá ser feito com o combustível da reserva orgânica, tendo em vista permitir a renovação do combustível, sendo, então, as viaturas da Companhia Logística de Suprimento recompletadas ou trocadas no P Distr Cl III.

A Cia Log Sup desdobra um P Distr Cl III na BLB, com a finalidade de armazenar o suprimento. A Cia Log Trnp executa o transporte do Sup Cl III até as ATE dos Elm apoiados.

As unidades da brigada são supridas na ATE mediante troca de viaturas-cisterna, contêineres-tanque ou pelo enchimento das mesmas.

Nas unidades e nas subunidades é adotado o processo de troca de camburões (de 20 litros) e/ou de tambores (de 200 litros) nos respectivos postos de distribuição.

Figura 3-2 Distribuição de suprimento Cl III

3.2.3 SUPRIMENTO CLASSE V (MUNIÇÕES, MINAS E EXPLOSIVOS)

a. Munição necessária

No escalão brigada, a munição necessária é a quantidade de munição, expressa pelo fator tiros por arma por dia ou por outra unidade de medida, estimada como indispensável para o consumo para uma determinada operação ou período.

b. Munição disponível

A munição disponível é a quantidade de munição, expressa pelo fator tiros por arma por dia ou por outra unidade de medida, que uma organização ou força militar poderá receber como crédito para uma determinada operação ou período. A fixação da munição disponível não significa que a mesma deva ser obrigatoriamente consumida. Ao contrário, sempre que possível, deve ser feita economia de munição.

A Cia Log Sup desdobra um P Distr Cl V(M) na BLB, com a finalidade de armazenar o suprimento. A Cia Log Trnp executa o transporte do Sup Cl V(M) até as ATE dos Elm apoiados.

c. Pedido para consumo imediato

O pedido para consumo imediato é o pedido da munição que será consumida nas vinte e quatro horas após o recebimento pela OM. Tal munição é recebida mesmo quando a dotação orgânica estiver completa.

d. Levantamento das necessidades

A dotação de munição de determinada unidade é fixada por meio de estimativas específicas para cada unidade, de acordo com seu tipo e organização.

A parcela dessa quantidade de munição a ser conduzida pelos homens ou nos meios de transporte é fixada pelo comandante da organização militar considerada, de acordo com a situação.

O recompletamento de Cl V(M), normalmente, é realizado diariamente à medida que a munição for sendo consumida.

A brigada estima a quantidade de munição necessária para cada operação e informa ao escalão de comando imediatamente superior.

O comando imediatamente superior, de posse das estimativas das GU subordinadas e da quantidade de munição colocada à sua disposição, estabelece o crédito de munição disponível para cada uma delas.

e. Distribuição

As viaturas de munição das unidades e subunidades independentes, isoladas ou em comboio, recebem o suprimento classe V(M) do B Log nas suas áreas de trem, nos postos de remuniciamento das unidades e subunidades. Em princípio, recebem a munição que necessitam para recompletar suas dotações orgânicas e/ou para consumo imediato.

Figura 3-3 Distribuição de Sup Cl V

3.2.4 SUPRIMENTO CLASSE VIII

a. Pedido

Os PS das unidades recompletam os seus estoques por meio de pedidos informais enviados ao P Distr Cl VIII, desdobrado pela Cia Sau Avç na BLB (Cia Log Sau nos B Log das brigada Pqdt e Amv). Caso o B Log não receba uma Cia Sau Avç, esse suprimento é realizado pela Cia Log Sup. O P Distr realiza o suprimento necessário aos PS e envia os pedidos para recompletamento de seus estoques e os pedidos das unidades que não foram atendidos à instalação do escalão superior que presta o apoio.

b. Distribuição

A distribuição de suprimento Cl VIII em combate não obedece a processos preestabelecidos. É realizada informalmente através dos diferentes elementos de saúde.

A Cia Log Sau e as instalações de saúde mantêm pequenos estoques de suprimento de saúde, adequados ao nível do apoio prestado. Estes estoques constituem a reserva orgânica de suprimento classe VIII.

Figura 3-4 Distribuição de Sup Cl VIII

A troca de material é o processo utilizado, normalmente, pelos elementos de suprimento de saúde para a distribuição do suprimento.

3.2.5 SUPRIMENTO CLASSES II, IV, V, VI, VII, IX e X (PRODUTOS ACABADOS)

Os suprimentos das classes II, IV, V, VI, VII, IX e X são fornecidos pela Companhia Logística de Suprimento. Nas brigadas, o consumo de suprimentos destas classes é relativamente baixo, o que leva a reuni-los em um só grupo.

a. Pedido

As unidades enviam seus pedidos de suprimentos para o B Log que, por sua vez, remete-os para a instalação do escalão superior que presta o apoio.

Figura 3-5 Distribuição de Outras Classes

b. Distribuição

O suprimento é enviado diretamente da instalação do escalão superior que apoia para o posto de distribuição de suprimento de outras classes na BLB. Eventualmente, pode ser enviado diretamente do escalão superior para a unidade ou, quando for mais apropriado, diretamente para as subunidades.

A brigada tem, como reserva orgânica de suprimentos classes II, IV, V(Armt), VI, VII, IX e X, um limitado estoque de artigos de maior consumo.

3.2.6 SUPRIMENTOS DE ARTIGOS CONTROLADOS E REGULADOS

Os pedidos de suprimento de artigos regulados e controlados, de qualquer classe, seguem os canais de comando para aprovação. Após aprovados pelo comandante com autoridade para decidir sobre o atendimento, o suprimento, no âmbito da brigada, é fornecido pelo Batalhão Logístico.

3.2.7 MATERIAL CAPTURADO

Com o material capturado do inimigo procede-se da mesma forma que para o material salvado, exceto no que se refere às amostras de materiais novos, que devem ser imediatamente encaminhadas, após o conhecimento da 2ª seção do EMG, aos órgãos técnicos do Esc Sp.

3.3 ATIVIDADES DA FUNÇÃO LOGÍSTICA TRANSPORTE

a. O Planejamento

As responsabilidades em assuntos de transporte estão afetas ao E-4 da brigada assessorado pelo comandante do Batalhão Logístico, cabendo a este fornecer os meios necessários ou, se for o caso, enquadrar meios de transporte recebidos em reforço, bem como proporcionar informações atualizadas sobre a disponibilidade em viaturas.

b. Emprego dos Meios

Os meios de transporte, para fins logísticos, são os existentes na Companhia Logística de Transporte. A brigada pode dispor, excepcionalmente, dos meios das unidades e subunidades subordinadas para empregá-los de acordo com suas próprias necessidades. O Método para planejamento do emprego dos meios de transporte inclui os seguintes aspectos:

1) levantamento das condicionantes, incluindo as restrições ao movimento, as medidas de controle e medidas de segurança estabelecidas pelo escalão superior;

2) coleta de dados, compreendendo entre outros: quantidade e tipo de carga (pessoal, se for o caso) a ser transportada; capacidade de carga das viaturas; indisponibilidade de viaturas; distância de transporte; velocidade média do movimento; tempo médio de carga e descarga; tempo disponível para realizar o movimento; capacidade das rodovias; cálculo das necessidades; cálculo das disponibilidades; e comparação das necessidades e disponibilidades.

c. Circulação e Controle de Trânsito

A circulação na zona de ação da brigada é de sua responsabilidade e visa à utilização mais apropriada da rede de estradas disponível. Ao planejar a circulação, a 4ª seção deve considerar as necessidades em estradas para a brigada, a economia de meios de conservação, como, também, a flexibilidade na utilização da rede viária.

Nas operações estáticas, como a defesa em posição, é comum a utilização da área de retaguarda da Divisão de Exército para o transporte de suprimento e evacuação de feridos. O E-4 da DE é o responsável por coordenar a utilização das estradas entre as brigadas e entre os elementos da base divisionária.

Todas as estradas disponíveis são consideradas, a fim de que se disponha de um número adequado de variantes. A utilização da rede viária disponível deve considerar ainda a facilidade de controle de trânsito.

Cabe ao Pelotão ou à Companhia de Polícia do Exército o controle de trânsito. Para tanto, dispõe de pessoal e equipamento necessários ao estabelecimento de um número limitado de postos de controle de trânsito.

Os postos de controle de trânsito devem ser localizados, desde que possível, dentro das condições que se seguem:

1) um em cada ponto em que as penetrantes que vêm da retaguarda cortam a linha de escurecimento total;

2) um em cada local da BLB, em que haja grande concentração de instalações de Ap Log ou em que seja normal um trânsito intenso;

3) nos pontos críticos onde possa ocorrer congestionamento ou necessidade de regulação do trânsito.

O Pelotão/Companhia de Polícia do Exército instala o posto central de controle de trânsito junto ao posto de comando da brigada, tendo por finalidade coordenar a ação dos postos de controle de trânsito.

d. Deveres e responsabilidades

O E-4 da brigada é o responsável pela elaboração do plano de circulação e controle de trânsito. O E-3 coordena com o E-4 as medidas para os movimentos táticos, inclusive a elaboração das ordens de operações para a execução desses movimentos e, além disso, deve informar ao E-4 sobre as zonas restritas ao trânsito. O E-2 fornece as informações referentes às possibilidades de interferência do inimigo com as medidas de controle de trânsito. O E-1 ou o E-9, quando existir, trata e coordena os assuntos pertinentes aos movimentos de civis.

Por outro lado, o estado-maior especial tem as seguintes responsabilidades: o engenheiro da brigada assessora o comandante e o estado-maior sobre os assuntos relacionados com estradas e pontes; o Pelotão de Polícia do Exército, na brigada, assessora o comandante e o estado-maior nos assuntos relativos ao controle de trânsito; o Batalhão Logístico participa do preparo do plano de circulação e controle de trânsito devido ao largo uso das vias pelos comboios; e os demais comandantes de unidades são responsáveis pelo fornecimento de guias e segurança dos pontos críticos em suas Z Aç.

e. Processos de Execução do Controle de Trânsito

A execução do controle de trânsito é efetuada por meio de: postos de controle de trânsito; posto central de controle de trânsito; patrulhas de trânsito; e escoltas.

f. Regulação do Transporte e dos Movimentos

O Batalhão Logístico, por meio da Companhia Logística de Transporte, é o encarregado de realizar e regular a atividade de transporte, bem como exercer o controle dos movimentos. Para tanto, elabora um conveniente planejamento dos transportes a serem realizados e desdobra, sempre que possível, junto aos postos de controle de trânsito, postos de controle de movimento, cujas localizações constam do plano de controle de trânsito.

Os postos de controle de movimento possuem a missão de: verificar a execução do movimento; informar sobre a localização dos meios de transporte ao Esc Sp, quando solicitado; mandar parar ou desviar comboios, por intermédio dos P C Tran.

g. Medidas de Controle

1) Estradas Principais de Suprimento (EPS)

São estradas selecionadas pela brigada com a finalidade de, por elas, atender ao grosso do apoio em suprimento aos seus elementos subordinados.

Recebem maior prioridade nos trabalhos de engenharia e no estabelecimento do controle de trânsito, de modo a manter a continuidade da circulação planejada, independentemente das condições atmosféricas, da atividade do inimigo e de qualquer outra dificuldade que possa surgir.

A seleção é encargo do E-4, que realiza a necessária coordenação com o E-2, E-3, E-5, comandante do B Log e engenheiro da brigada.

Em função da rede rodoviária existente na Z Aç, deve haver a previsão de EPS alternativas, com a finalidade de tornar flexível o planejamento, no caso de ocorrer impossibilidade de utilização da EPS escolhida.

Estendem-se desde a BLB até os trens de todos os elementos subordinados. Quando os trens de um determinado elemento forem divididos em trens de combate e de estacionamento, a EPS é estabelecida até a área de trens de estacionamento. A localização da ATE pode ser proposta pelo S-4 da unidade que a desdobra ou imposta pela brigada, quando as circunstâncias exigirem tal procedimento.

Os fatores considerados para a seleção de uma EPS são:

a) Missão - apoiar, nas melhores condições possíveis, a linha de ação escolhida, favorecendo a unidade encarregada da ação principal.

b) Rede de estradas:

- estradas com capacidade para atender às necessidades diárias de Sup;

- distribuição das estradas secundárias na zona de ação;

- evitar os pontos críticos, sempre que possível; - facilidade de movimentos através campo; e

- facilidade de ligação com o escalão superior.

c) Nossa situação:

- apoio de engenharia disponível;

- aproveitamento de instalações de serviços de unidades substituídas ou a serem ultrapassadas; e

- coordenação com o Esc Sp e com as unidades vizinhas, quando for o caso. d) Possibilidades do inimigo:

- vulnerabilidade à ação terrestre do inimigo; e

- evitar regiões que facilitem a atuação de guerrilheiros e sabotadores.

2) Linhas de escurecimento

a) Linha de escurecimento total (LET)

É uma linha balizada nitidamente no terreno e, tanto quanto possível, paralela à linha de contato, que pode ser a linha de crista mais avançada, que ofereça desenfiamento de vistas para a retaguarda, ou uma linha distante da linha de contato o suficiente para impedir a observação terrestre dos movimentos pelo inimigo. O E-4 é o responsável pelo traçado da linha de escurecimento total e, para tanto, coordena as propostas feitas pelas unidades em 1º escalão e as informações obtidas através de reconhecimentos aéreos e terrestres.

b) Linha de escurecimento parcial (LEP)

É a linha balizada no terreno, além da qual, durante a noite, as viaturas que se dirigem para frente são obrigadas a usar luzes de escurecimento. Seu traçado é uma responsabilidade do escalão superior, que recebe propostas das Divisões de Exército subordinadas. Pode, em princípio, coincidir com o limite de retaguarda das Divisões de Exército.

3) Graus de controle das rodovias

As rodovias são classificadas quanto ao grau de controle militar conforme especificado a seguir:

a) Estrada livre - aquela que, pelo seu tráfego, exige um mínimo de policiamento;

b) Estrada policiada - aquela que, sem ter um tráfego pesado, pode ser controlada por meio de patrulhas de trânsito;

c) Estrada guardada - aquela que, para assegurar condições de tráfego prioritário para determinados elementos, exige um controle cerrado, executado com grande policiamento; e

d) Estrada reservada - aquela designada, especificamente, para o uso exclusivo de determinada unidade, para certo tipo de tráfego ou determinado propósito.

i. Segurança dos Comboios

Os militares do B Log que estiverem envolvidos nas atividades de transporte devem estar adestrados na segurança dos comboios.

Caso o escalão superior não possua peças de manobra suficientes para dedicar uma delas exclusivamente às ações de SEGAR e à proteção dos comboios de suprimento, o B Log realizará sua própria segurança, visando à detecção antecipada de uma ameaça, para que os comboios logísticos possam evitar essa ameaça ou reagir à mesma, neutralizando-a ou destruindo-a.

A segurança de um comboio deve ser buscada realizando-se a cobertura, a proteção e a vigilância.

A cobertura proporciona segurança ao comboio, por meio de elementos distanciados ou destacados, orientados na direção do inimigo e que procuram interceptá-lo, retardálo, desorganizá-lo, engajá-lo ou iludi-lo, antes que possa atuar sobre o comboio.

A proteção proporciona segurança ao comboio, pela atuação de elementos nos flancos, frente ou retaguarda imediatos, com a finalidade de impedir a observação terrestre, o fogo direto e o ataque de surpresa do inimigo sobre o comboio.

A vigilância proporciona segurança ao comboio, pelo estabelecimento de uma série de postos de observação, complementados por adequadas ações que procuram detectar a presença do inimigo.

Os comboios logísticos devem adotar os procedimentos similares aos previstos para as patrulhas motorizadas, constantes do manual C 21-75 - Patrulhas, e devem ser exaustivamente ensaiados por todos os militares do comboio, para: prevenir a ação inimiga sobre o comboio e preestabelecer a missão de cada integrante, no caso de uma ação inimiga.

Entende-se que os militares em um comboio logístico devem ser especialistas em contraemboscada.

3.4 ATIVIDADES DA FUNÇÃO LOGÍSTICA SAÚDE

À exceção das Brigadas Pára-quedista e Aeromóvel, o B Log não possui uma fração orgânica para realizar as atividades de saúde. Entretanto, é previsto que o Batalhão de Saúde do Grupamento Logístico empregue uma Cia Sau Avç em Controle Operativo dos B Log. Assim, o que será apresentado neste item é referente à Cia Log Sau dos B Log Pqdt e Amv, uma vez que as atividades da Cia Sau Avç do B Sau será abordada no manual do Batalhão de Saúde do Gpt Log.

As atividades de saúde, do momento em que as tropas foram lançadas por paraquedas ou aerotransportadas, até a junção com outra tropa por via terrestre, estão previstas nos manuais EB70-MC-10.217 - OPERAÇÕES AEROTERRESTRES e EB70-MC-10.218 - OPERAÇÕES AEROMÓVEIS.

3.4.1 EVACUAÇÃO

A missão principal do Pelotão de Evacuação da Cia Log Sau é a evacuação dos feridos dos postos de socorro (PS) das unidades para o PAA L, através do circuito de evacuação, proporcionando assistência médica durante o transporte.

O B Sau, por sua vez, realiza a evacuação desses feridos para o Hospital de Campanha ou para o Hospital Militar, conforme o caso, em horários preestabelecidos ou mediante solicitação das GU. Em casos específicos e em função da emergência, urgência e gravidade do atendimento, os feridos poderão ser evacuados diretamente do PS para o H Cmp/H Mil, tendo sido realizada a triagem no próprio PS e solicitada ao escalão de saúde enquadrante.

A evacuação, enquanto não houver ligação por via terrestre, será necessariamente dependente dos meios aéreos. Assim, é determinante que o escalão superior forneça meios aéreos para a evacuação dos feridos. A atribuição de prioridades para este tipo de evacuação é da competência do E-4 da brigada, mediante ligação com o Batalhão Logístico e de acordo com as necessidades das unidades apoiadas.

Circuito de Evacuação

Consiste em uma rede ou sistema de postos de mudas (do posto de muda principal ou básica e de um ou mais postos de mudas intermediários), de um ou mais postos de embarque e de postos de controle, ao longo dos eixos de evacuação, estabelecido tão logo as unidades se organizem para o combate.

Os Postos de Embarque são locais onde são embarcados os pacientes que devem ser evacuados pelas ambulâncias e devem estar nas proximidades dos PS das unidades.

Os Postos de Muda são locais onde são grupadas as ambulâncias que aguardam utilização.

Os Postos de Controle são locais escolhidos ao longo do eixo de evacuação para o controle do trânsito das ambulâncias.

As características desejáveis para a localização dos postos de muda de ambulâncias são as seguintes:

- abrigos naturais e proteção contra o fogo direto do inimigo;

- proteção contra a observação aérea e terrestre do inimigo;

- visibilidade sobre a estrada, permitindo observar a passagem das ambulâncias;

- afastamento dos pontos sensíveis, como pontes, instalações militares de vulto e posições de artilharia;

- terreno amplo e firme para o movimento das ambulâncias; e - fácil acesso aos Postos de Embarque que apoia.

A finalidade da cadeia de evacuação é manter sempre uma ambulância pronta para utilização no posto de embarque, evitar o congestionamento do tráfego de estradas, permitindo o controle do fluxo e, ao mesmo tempo, evitar grandes perdas decorrentes de ataques inimigos, o que é conseguido com a dispersão das ambulâncias.

Figura 3-6 Circuito de Evacuação

3.5 ATIVIDADES DA FUNÇÃO LOGÍSTICA MANUTENÇÃO

O Batalhão Logístico, por intermédio da Cia Log Mnt, realiza a manutenção de 2º escalão e complementa a manutenção de 1° escalão dos elementos apoiados, exceto nos equipamentos e materiais de saúde, de aviação, de engenharia das OM de Engenharia, de comunicações, eletrônica e guerra eletrônica das OM de Comunicações; executa inspeções técnicas; e presta informações técnicas aos elementos apoiados.

A Cia Log Mnt tem possibilidade de destacar Seções Leves de Manutenção, do Pelotão Leve de Manutenção, nas áreas de trens das unidades de combate, para proporcionar apoio cerrado a essas unidades e a outras que se situem nas proximidades, particularmente as de apoio ao combate.

As Seções Leves de Manutenção, quando destacadas, realizam a manutenção na área de trens das unidades, ou quando for conveniente, em outros locais, como no caso das unidades de artilharia em posição ou de viaturas sobre lagartas indisponíveis.

A Cia Log Mnt (menos os elementos destacados) desdobra-se na BLB, prestando o apoio ao conjunto à brigada, quando for o caso.

3.5.1 PEÇAS E CONJUNTOS DE REPARAÇÃO DAS CLASSES II, IV, V (Armt), VI, VII, VIII, IX e X

a. Pedido

Geralmente, os pedidos são informais e, por vezes, são substituídos pela troca direta de itens (apresentação do material danificado). Desta forma, os elementos de manutenção do B Log apoiam as unidades com peças de seus estoques e fazem um pedido ao posto de distribuição de peças e conjuntos de reparação existente na BLB. Quando for necessário, as unidades farão pedidos diretamente ao B Log.

Para recompletar a quantidade de Pç Cj Rep da Companhia Logística de Manutenção, mediante solicitação desta, o B Log faz um pedido ao escalão que apoia a brigada.

b. Entrega de Pç e Cj Rep

O escalão superior que apoia a brigada entrega as Pç e Cj Rep à Cia Log Mnt. Normalmente, a distribuição e aplicação são realizadas através dos elementos de manutenção em apoio. A Cia Log Mnt também pode entregar às unidades as Pç e Cj Rep necessários que foram solicitados no pedido ou mediante simples troca.

A Cia Log Mnt dispõe de certa quantidade de peças e conjuntos de reparação, que correspondem a, aproximadamente, 80% das necessidades para uso dos Pelotões de Manutenção da própria Companhia e pelos Pelotões ou Seções de Manutenção das U/SU apoiadas.

O Pel L Mnt dispõe de suprimentos destinados às atividades de suas seções e conduz uma quantidade de peças de maior consumo para distribuir às unidades apoiadas. É normal o processo de troca direta para a obtenção desse material.

O Pel Ap/Cia Log Mnt instala e opera um posto de distribuição de peças e conjuntos de reparação para atendimento das necessidades da Cia Log Mnt e das unidades apoiadas.

Figura 3-7 Fluxo do fornecimento de peças e conjuntos de reparação de material bélico

c. Reserva de suprimento

A Companhia Logística de Manutenção mantém estoque adequado ao escalão de manutenção que realiza, de acordo com as Listas de Estoque Autorizado (LEA) do seu escalão. Este estoque fica escalonado nas Seções Leves de Manutenção e no posto de distribuição de peças e conjuntos de reparação.

3.6 ATIVIDADES DA FUNÇÃO LOGÍSTICA SALVAMENTO

Tendo em vista o princípio da economia, a cadeia de evacuação de salvados fica intimamente associada à cadeia de manutenção. O material deve ser reaproveitado a partir dos menores escalões.

No posto de coleta de salvados, é feita a triagem do material tendo em vista o seu aproveitamento. Caso seja de interesse, o material é recolhido para manutenção e retorna para a cadeia de suprimento. Caso não seja de interesse, o material é evacuado para o escalão superior.

O material capturado do inimigo é evacuado para o posto de coleta de salvados mais próximo, seja para o posto de coleta de salvados da brigada, seja para os postos de coleta de salvados das unidades.

Quando se der o recebimento de material com características desconhecidas ou modificadas em um posto de coleta de salvados, torna-se necessário manter a cadeia de inteligência informada e aguardar instruções quanto ao destino a ser dado ao referido material.

A munição e outros artigos cujo manuseio por pessoal não habilitado possa oferecer perigo não devem ser deslocados.

Combustíveis, lubrificantes e munições devem ser examinados e aprovados antes de retornarem para a cadeia de suprimento.

Suprimentos de saúde serão entregues às instalações de saúde para inspeção antes de sua redistribuição ou uso. Esses suprimentos são de particular valor para uso pelos prisioneiros de guerra, no tratamento de seus doentes e feridos, bem como no atendimento de civis.

Os materiais salvados serão recolhidos para as ATE ou para próximo da EPS, sendo coletado pela Cia Log Mnt e levado para o P Col Slv da BLB.

Todo o material salvado que necessitar de apoio de manutenção é atendido, inicialmente, por elementos do Pel L Mnt da Cia Log Mnt, desdobrado nas áreas de trens de estacionamento, se possível.

3.7 ATIVIDADES DA FUNÇÃO LOGÍSTICA RECURSOS HUMANOS

À exceção das Brigadas Pára-quedista e Aeromóvel, o B Log não possui uma fração orgânica para realizar as atividades de Recursos Humanos. Entretanto, é previsto que o Batalhão de Recursos Humanos do Grupamento Logístico empregue uma Cia RH Avç em Controle Operativo dos B Log.

Assim, o que será apresentado neste item é referente à Cia Log RH dos B Log Pqdt e L (Amv), uma vez que as atividades da Cia RH Avç do B Sau serão abordadas no manual do Batalhão de Recursos Humanos do Gpt Log.

As atividades da Função Logística Recursos Humanos compreendem o levantamento das necessidades; procura e admissão; preparação; administração; e manutenção do moral e do bem-estar.

Tem por finalidade assistir e manter elevado o moral da tropa.

As demais tarefas referentes ao pessoal, como disciplina, justiça militar, prisioneiros de guerra e civis internados, realizadas no TO, não fazem parte da logística e sim do Sistema de Comando.

a. Planejamento

O chefe da 1ª seção do Estado-Maior Geral (E-1) é o responsável pelos assuntos relativos à gestão de pessoal, sejam amigos ou inimigos, militares ou civis.

b. Execução

O Batalhão Logístico, por intermédio da Companhia Logística de Recursos Humanos, é o responsável pela execução da atividade de pessoal no âmbito da brigada.

c. Recompletamento

Esta tarefa consiste na manutenção dos efetivos o mais completo possível. A tarefa é executada pelo Pelotão de Recompletamento (Pel Rcomp), enquadrado pela Companhia Logística de Recursos Humanos (Cia Log RH) do Batalhão Logístico.

O escalão superior entrega os recompletamentos já instruídos, fardados e equipados. Cabe ao Pel Rcomp recebê-los, processá-los, complementar sua instrução e alojá-los convenientemente.

d. Repouso e Recuperação

O Pelotão de Assistência ao Pessoal (Pel A Pes) da Cia Log RH do Batalhão Logístico instala e opera uma área de repouso na BLB. Nesta área, dentro das possibilidades e se a situação permitir, será prevista a instalação de computadores com acesso a internet e de rede de internet sem fio.

Dependendo da situação tática, o Pel A Pes poderá desdobrar uma área de recuperação para os integrantes da GU. Nesse caso, a área de repouso não será desdobrada.

e. Serviço Postal

Agência postal localizada junto ao PC da Cia Log RH é o principal órgão da atividade postal da grande unidade ou grande comando. Esta instalação é desdobrada pelo grupo postal, orgânico da Seção de Ajudância-Geral da Cia Log RH.

A agência postal processa a correspondência recebida da instalação postal do escalão superior e a entrega diretamente nas ATE das unidades. Nessa ocasião, recebe a correspondência a ser encaminhada aos familiares dos combatentes ou expedida para outros destinos.

f. Banho e Lavanderia

Cabe à Cia Log RH a prestação dos serviços de banho e lavanderia, por meio de pessoal e equipamento disponíveis no Pelotão de Serviços.

O Pel A Pes desdobra postos de banho e lavanderia na BLB. Eventualmente, poderá instalar posto de banho nas ATE/AT, mediante rodízio, de forma a atender à maioria dos elementos interessados.

g. Assuntos Mortuários

A fração básica para tratar de Assuntos Mortuários na brigada é o Pelotão de Assuntos Mortuários (Pel As Mor) da Cia Log RH.

O B Log, em princípio, não instala nem opera cemitérios provisórios. Entretanto, em situações excepcionais, pode receber essa atribuição.

O Pel As Mor instala um Posto de Coleta de Mortos (P Col Mor) da brigada, que deve ser localizado na BLB, próximo à EPS e, sempre que possível, oculto das vistas da tropa. As unidades instalam seus P Col Mor com meios próprios.

A coleta e identificação dos corpos são feitas no P Col Mor das Unidades. Nessa instalação, é completado o preenchimento das fichas de identificação de mortos provenientes das subunidades.

A evacuação dos mortos do P Col Mor da brigada para o escalão superior é responsabilidade do Gpt Log.

Figura 3-8 Cadeia de Evacuação de Mortos

O manual de ensino EB60-ME-22.402, Assuntos Mortuários em Campanha, aborda detalhadamente os aspectos relativos aos assuntos mortuários.

h. Mão de Obra

Cabe à Cia Log RH a tarefa de enquadrar a mão de obra civil mobilizada. Para isso, deve verificar a existência de mão de obra civil ociosa que pode ser aproveitada pelo apoio logístico, desde que seu emprego seja autorizado pelo CLFTC.

i. Suprimento Reembolsável

O Pel A Pes/Cia Log RH é o elemento responsável pelo suprimento reembolsável na brigada.

O pelotão de assistência ao pessoal exerce essa tarefa, coordenando o desdobramento e, se for o caso, o deslocamento das equipes móveis de suprimento reembolsável.

CAPÍTULO IV O DESDOBRAMENTO DO BATALHÃO LOGÍSTICO

4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

Considera-se o B Log desdobrado quando as seguintes condições forem atingidas: o comando, as comunicações e as ligações estiverem estabelecidas; as instalações logísticas estiverem funcionando; e a segurança orgânica tiver sido estabelecida.

O desdobramento é total quando todas as instalações estiverem desembarcadas, dispostas no terreno e em funcionamento.

O desdobramento é parcial quando a maioria das instalações estiver funcionando parcialmente sobre rodas.

O Cmt B Log é o responsável pelo desdobramento da unidade. O desdobramento adequado exige uma série de requisitos, dentre os quais se destacam: o conhecimento dos planos da GU apoiada e das necessidades de apoio logístico; o conhecimento da situação logística existente; os reconhecimentos contínuos e seleção adequada das EPS, áreas de desdobramento, locais para as instalações logísticas e outras imposições; o planejamento para a realização de mudanças de BLB, visando a atender à continuidade de apoio às missões futuras; as medidas de segurança; e o planejamento para a ultrapassagem de outros elementos logísticos.

A ocupação da área compreende várias tarefas que são executadas simultânea ou sucessivamente. A execução das tarefas varia conforme a missão imposta e o tipo de B Log.

A ocupação da BLB e seu desdobramento devem atender às seguintes tarefas: trabalhos preparatórios para o reconhecimento e mudança de posição; a execução do reconhecimento, no escalão unidade; a apresentação dos relatórios ao comandante do Batalhão; a decisão do comandante do Batalhão; e a ocupação da área e desdobramento do Batalhão.

4.2 A BASE LOGÍSTICA DE BRIGADA

A Base Logística de Brigada (BLB) é uma área definida e destinada ao desdobramento das instalações do B Log para o apoio à sua GU. Ela compreende a área onde são desdobrados os meios orgânicos do B Log e outros recursos específicos necessários ao apoio a uma GU. Sua organização é modular e fundamentada em meios dotados de mobilidade tática, de modo a possibilitar o apoio logístico às operações e assegurar certo grau de autonomia à força apoiada.

Em princípio, na BLB, são executadas as tarefas das funções logísticas suprimento, manutenção, transporte e salvamento com meios do B Log e saúde e RH com meios recebidos, com exceção dos B Log das Bda L (Amv) e Pqdt, que já possuem sua estrutura para executar essas tarefas.

Em determinadas situações, na BLB, poderão ser desdobrados, temporariamente, recursos logísticos adicionais para prestação do apoio a outras forças, agências civis ou população local.

A BLB é, normalmente, localizada na área de retaguarda da Bda ou da DE.

Elementos de apoio logístico do Esc Sp, como P Sup Avç, e das unidades orgânicas da GU, como AT das SU, podem desdobrar-se justapostos à BLB. Tal desdobramento deve ser fruto de necessidade específica, coordenada e planejada de forma antecipada, para não interferir na manobra das unidades.

Figura 4-1 Divisão de áreas da BLB

Figura 4-2 Desdobramento da Cia C Ap

Figura 4-3 Desdobramento da Cia Log RH

4.3 RECONHECIMENTO, ESCOLHA E OCUPAÇÃO DA BLB

4.3.1 NECESSIDADES DE RECONHECIMENTO

Os reconhecimentos devem ser contínuos, mesmo quando o batalhão estiver empenhado no apoio ao combate. Normalmente, um B Log empenhado no apoio à GU em operação tem alguns elementos destacados, executando reconhecimentos, buscando posições futuras para prosseguimento da missão.

Os B Log executam, com mais frequência, os reconhecimentos de itinerários (EPS) e de áreas para desdobramento do apoio logístico (BLB).

O reconhecimento de itinerários é realizado bem à frente, com as seguintes finalidades:

a) estudar a rede de estradas para selecionar o melhor itinerário a ser utilizado;

b) estudar as estradas que permitam rocadas e o dobramento da coluna e as áreas para manobra de viaturas;

c) levantamento e mapeamento de pontos críticos ao longo dos itinerários;

d) verificar o estado e a capacidade das estradas e obras de arte;

e) localização e, se possível, remoção de obstáculos, particularmente campos minados levantados;

f) prever medidas de segurança e controle do movimento;

g) escolher locais para altos, zonas de reunião e estacionamentos; e

h) prever o balizamento dos itinerários.

O emprego da observação aérea no reconhecimento de itinerário é importante, pois possibilita colher dados gerais com rapidez, deixando os pormenores para os outros elementos de reconhecimento.

O reconhecimento de área visa identificar a Base Logística de Brigada e os demais locais onde se desdobrarão os elementos do batalhão. Como o reconhecimento da BLB está intimamente ligado à sua escolha e ocupação, o batalhão realiza, sucessivamente, o reconhecimento, a escolha e a ocupação da BLB.

4.3.2 TRABALHOS PREPARATÓRIOS

a. Exame de situação na carta

Tem por finalidade selecionar possíveis locais de BLB, localizar a EPS, ou fazer um estudo preliminar da(s) área(s) já imposta(s) pelo escalão superior. Nessa ocasião, fazem-se, também, os estudos quanto à provável localização das instalações logísticas no interior da(s) área(s), do PC, das instalações de comunicações e levantamento das medidas de segurança necessárias.

b. Plano de reconhecimento

Após o exame de situação na carta, o comandante dá a decisão preliminar, cujas ações decorrentes são consubstanciadas no plano de reconhecimento, que é elaborado pelo S-2. Neste, ficam especificadas a constituição dos escalões de reconhecimento, as missões aos elementos subordinados, a hora e local para apresentação dos relatórios, a hora e local em que deve estar pronto o segundo escalão de reconhecimento, bem como medidas administrativas necessárias. O Anexo A apresenta um exemplo de plano de reconhecimento de BLB.

c. Organização do reconhecimento

O reconhecimento do batalhão é, normalmente, dividido em escalões, sendo que o primeiro escalão acompanha o comandante e é constituído pelos elementos necessários à execução dos trabalhos no nível unidade. O segundo, compreende os elementos das companhias que completam o reconhecimento do terreno e iniciam os reconhecimentos de comunicações e de segurança.

d. Constituição dos escalões de reconhecimento.

Cada batalhão deve regular a execução de seus reconhecimentos.

A constituição dos escalões de reconhecimento é variável. Cabe ao Cmt do batalhão fixá-la, considerando todos os fatores que afetam a situação. Uma constituição que pode ser adotada é a seguinte:

1) 1º Escalão de Reconhecimento:

(a) Cmt;

(b) S-3;

(c) Cmt Cia C Ap;

(d) Oficial de Comunicações; e

(e) Oficial Médico da Unidade 2) 2º Escalão de Reconhecimento:

(a) S-3;

(b) Cmt Cia C Ap, Cmt Pel Ap e guias da SU;

(c) Cmt Cia Log Sup, Cmt Pel Sup Cl I e guias da SU;

(d) Cmt Cia Log Mnt, Cmt Pel P Mnt e guias da SU;

(e) Cmt Cia Log Trnp, Cmt Pel Trnp Esp e guias da SU;

(f) Cmt Cia Log RH, Cmt Seç Cmdo e guias da SU (Bda Pqdt e Amv);

(g) Cmt Cia Log Sau, Cmt Pel Trg e guias da SU (Bda Pqdt e Amv);

(h) Cmt Pel Seg e guias da SU; e

(i) Cmt das frações recebidas, como Cmt Cia Sau Avç e Cia RH Avç, e guias dessas SU.

4.3.3 EXECUÇÃO DO RECONHECIMENTO

No terreno, cada elemento designado pelo comandante realiza um reconhecimento minucioso, levando em consideração as condições necessárias à ocupação da BLB pelas diferentes frações do batalhão.

Normalmente, os integrantes do 1º escalão de reconhecimento, obedecendo às prioridades impostas no plano de reconhecimento, executam as tarefas que se seguem: a) Comandante e S-3:

1) reconhecem a área selecionada para o desdobramento do batalhão;

2) dividem a área escolhida pelas subunidades e pelos elementos logísticos em reforço; 3) selecionam os acessos à área; e 4) escolhem os P Lib.

b) Cmt Cia C Ap e Oficial de Comunicações:

1) reconhecem as áreas selecionadas para a instalação do PC do B Log;

2) reconhecem, escolhem e propõem a localização da AT do B Log;

3) verifica a viabilidade de execução do plano de comunicações previamente preparado; e

4) após a decisão do comandante, designa as equipes responsáveis pelo estabelecimento das instalações (inclusive do sistema de segurança), dando ciência aos Cmt de subunidades, posteriormente;

5) reconhece a área com vistas à segurança; e

6) após a decisão do comandante, apresenta uma proposta para o emprego dos elementos de segurança, quer orgânicos, quer em reforço.

c) Oficial médico:

- reconhece a área e faz sugestões quanto à localização das cozinhas, sanitários e instalações logísticas de saúde.

A apresentação dos relatórios de reconhecimento deve ser feita em local próximo e de fácil ligação com as regiões reconhecidas; de fácil acesso e identificação; que ofereça segurança e proporcione dispersão para as viaturas. Este local é previsto no plano de reconhecimento.

Quando o B Log tiver uma área de SEGAR sob sua responsabilidade, o S-2 participará do reconhecimento, a fim de iniciar o planejamento das operações de SEGAR, de acordo com as diretrizes do Cmdo GU.

4.3.4 ESCOLHA DA ÁREA

a. Decisão do Cmt B Log

Em face dos relatórios apresentados, o comandante decide, aprovando ou modificando sua decisão preliminar, quanto às áreas a ocupar, à segurança, às comunicações, aos itinerários, aos PC e outros aspectos julgados necessários. Essa decisão é tomada no local onde os relatórios forem apresentados, sendo baixadas as diretrizes referentes à mudança da BLB, nas quais deverão constar, entre outras medidas, a constituição dos escalões para a mudança de área, as prioridades de deslocamentos e as providências a serem tomadas junto aos escalões apoiados e apoiadores.

b. Reconhecimento das Companhias

Após a escolha da área pelo comandante, os elementos do primeiro escalão de reconhecimentos são liberados, engajando-se na execução das suas missões. Com a decisão do comandante, são definidos os limites entre as SU, sendo, também, indicada a área do PC do batalhão.

O reconhecimento minucioso das subunidades tem início a partir desde momento e, paralelamente, todos os elementos do segundo escalão realizam o reconhecimento pormenorizado do local a ser ocupado pelos seus órgãos integrantes, escolhendo as áreas mais favoráveis e os melhores acessos. É dado início à execução dos planos de comunicações, de segurança da BLB e de DEFAR.

4.3.5 OCUPAÇÃO DA ÁREA

Baseado na decisão e nas diretrizes do Cmt do batalhão, o S-3 elabora o plano para a ocupação de área e o apresenta ao comandante.

O S-3 elabora o quadro de movimento, regulando o deslocamento do batalhão para a ocupação da BLB.

De acordo com esse quadro, o batalhão, sob a responsabilidade do subcomandante, desloca-se até o P Lib, ponto a partir do qual as subunidades, orientadas pelos seus guias, seguem até às suas respectivas áreas de desdobramento.

4.4 MUDANÇA DE BLB

4.4.1 PLANEJAMENTO

A necessidade da mudança de BLB provém de um trabalho de planejamento prévio executado com base na manobra tática do escalão enquadrante ou em decorrência da evolução dos acontecimentos.

Em geral, a mudança da BLB, durante o combate, torna-se necessária nas operações de movimento, tais como marcha para o combate, o aproveitamento do êxito, perseguição e nos movimentos retrógrados.

Tendo em vista o alongamento das distâncias de apoio no decorrer das ações e a necessidade de manter a continuidade do apoio logístico, o tempo passa a ser um fator primordial a ser considerado para a tomada de decisão.

O planejamento da mudança de BLB deve ser de tal forma que permita manter a continuidade do apoio por ocasião da ocupação de uma nova área. Deve ser evitada a interrupção das atividades das instalações logísticas.

Antes do início da operação, é realizado um planejamento minucioso sobre as prováveis áreas onde o batalhão poderá se desdobrar, consubstanciado num calco sobre a carta utilizada na operação.

Baseado neste plano de desdobramento, os elementos de reconhecimento são lançados à frente. A execução do reconhecimento é sumária e os relatos enviados por mensagens.

Os planejamentos de mudança de BLB incluem as atividades de reconhecimento, deslocamento e desdobramento de meios e instalações logísticas. A responsabilidade por sua execução, coordenação e controle cabe ao S-3.

Os elementos de transportes da GU, elementos de manutenção e salvamento desdobrados à frente, motoristas e socorristas das ambulâncias, o pessoal de comunicações e a observação aérea são elementos que podem prestar informações sobre os itinerários (EPS) que conduzem à frente ou à retaguarda.

Os documentos resultantes do planejamento da mudança de BLB são: plano de reconhecimento, ordem preparatória e plano de desdobramento.

O plano de reconhecimento é um documento elaborado sob responsabilidade do S-2 e S-3, com a finalidade de possibilitar a execução do reconhecimento de forma contínua e organizada.

A Ordem Preparatória é elaborada pelo chefe da 3ª Seção com base no Novo Enunciado da Missão. Visa alertar a tropa e prepará-la para a marcha, antes da expedição da Ordem de Movimento (O Mvt).

A Ordem de Movimento é a decisão do comandante sobre a execução da marcha motorizada e consolida todas as etapas de seu planejamento. Deve ser expedida com tempo suficiente para permitir aos elementos subordinados decidir e expedir as ordens decorrentes e concluir os preparativos para o deslocamento.

O Anexo B deste manual apresenta um exemplo de Plano de Movimento para ocupação de BLB.

4.4.2 PLANO DE DESDOBRAMENTO

O plano de desdobramento do B Log é um anexo à ordem de operações. É um documento gráfico, feito em calco sobre a carta utilizada na operação.

O plano é preparado pelo S-3, após a decisão para o emprego do batalhão. São premissas fundamentais para o seu preparo:

a) manobra tática da GU;

b) manobra logística da GU;

c) situação logística do escalão superior;

d) simplicidade;

e) possibilidade de redução dos tempos normais para reconhecimento e ocupação da BLB; e

f) continuidade do apoio.

Deve conter, além do cabeçalho e fecho, o seguinte:

a) medidas de coordenação e controle (limites da Z Aç da GU, regiões de destino, eixos de progressão, linhas e pontos de controle impostos pela GU ou determinados pelo Cmt B Log);

b) as sucessivas regiões de provável localização das AT e ATE das unidades da GU;

c) as regiões de desdobramentos impostas pelo escalão superior ou sugeridos pelo Cmt B Log, repartidas pelas subunidades; e

d) as EPS e os pontos críticos do terreno.

Os prováveis locais de desdobramento que constam do plano servem para orientar os reconhecimentos. Caso uma posição prevista seja inadequada, o elemento encarregado de reconhecê-la escolhe outras nas suas proximidades. A posição escolhida é comunicada ao comandante do batalhão assim que possível.

Para maior facilidade das comunicações, durante as operações de movimento, e para simplificar as mensagens e assegurar o sigilo, deve ser estabelecido um código para referenciar os pontos críticos, áreas de desdobramento e outros pontos característicos de interesse do comando. Tal código pode, inclusive, ser previsto nas IE Com Elt do batalhão.

O plano de desdobramento é distribuído como anexo à ordem de operações.

4.4.3 DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES DE MUDANÇA DE ÁREA

As mudanças de área são impostas, na maioria das situações, pelo esquema de manobra da GU. O batalhão muda de área por ordem do comando da GU ou por sua iniciativa, quando autorizado.

Quando a mudança de área se tornar necessária, o comandante coordena o deslocamento com as ações da tropa apoiada, informando, aos escalões superiores e apoiados, a hora do início do movimento, tempo de duração do mesmo, hora de fechamento das instalações na área inicial, local e hora da nova BLB.

O batalhão, quando possível, deve mudar de área como um todo para maior facilidade de coordenação e de controle, particularmente, se o movimento se realizar à noite.

Quando o batalhão tiver que se deslocar por subunidades ou por escalões (parte dos elementos permanecem em apoio na antiga BLB), torna-se imprescindível uma coordenação adequada entre o comandante e o subcomandante. O Cmt desloca-se para a área avançada a fim de supervisionar sua ocupação. O S Cmt permanece com o segundo escalão, devendo orientar, dirigir e controlar a execução das atividades logísticas em andamento, bem como o seu deslocamento. Quando a nova BLB entra em operações, o Cmt, usando um código preestabelecido, faz avançar o segundo escalão. O S Cmt fecha, então, a antiga BLB. Portanto, não deve haver interrupção no apoio.

Quando o batalhão se desloca como um todo, alguns guias devem ficar na antiga Base, a fim de orientar os elementos apoiados para a nova Base.

A escolha do processo de mudança da área e a decisão do comandante do batalhão dependem das diretrizes e ordens recebidas, do esquema de manobra da tropa apoiada, da situação tática e logística existente, do terreno e das condições e atividades do inimigo.

Durante as mudanças de área, devem ser mantidas as comunicações com os elementos apoiados e com escalão logístico superior.

4.5 DESTACAMENTO LOGÍSTICO DA BLB

O Dst Log da BLB é uma estrutura flexível, modular e adaptada às necessidades logísticas dos elementos apoiados. Será constituído a partir dos meios logísticos das SU do Batalhão, podendo também utilizar-se dos meios recebidos. Seu emprego proporciona um apoio logístico cerrado e contínuo aos elementos de manobra e apoio ao combate da GU.

Os Dst Log são desdobrados, temporariamente, em posições mais avançadas na Zona de Ação da Brigada. São constituídos por elementos de C2 e por um número variável de módulos logísticos adaptados à tarefa a cumprir. A sua organização depende, dentre outros fatores, da natureza e do valor da força a apoiar, do tipo de operação, da possibilidade de atuação do inimigo, do tempo disponível para o desdobramento e a operação dessa instalação e de outras considerações relacionadas aos fatores da decisão e da análise de logística.

Em operações, o emprego do Dst Log contribui para manter ou cerrar o apoio aos elementos em 1º Escalão. Esse emprego permite cumprir tarefas específicas, particularmente as relacionadas ao Sup, Mnt e Sau, no momento, local e prazo oportuno, complementando as ações da BLB.

Para melhor atender ao Ap Log, a análise da localização do Dst Log é semelhante à análise para a localização de uma ATE de uma Unidade em 1º Esc e deve considerar os seguintes fatores: manobra, terreno, segurança (do fluxo e das instalações) e situação logística.

Figura 4-8 Exemplo de um destacamento logístico modular e flexível

CAPÍTULO V
O APOIO DO BATALHÃO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES

5.1 O APOIO DO BATALHÃO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES OFENSIVAS

Na ofensiva, o apoio logístico deve ser um fator primordial para a manutenção da força, da impulsão e da concentração do poder de combate de uma tropa, proporcionando de forma eficaz os meios necessários.

São cinco os tipos de operações ofensivas: a marcha para o combate, o reconhecimento em força, o ataque coordenado, o aproveitamento do êxito e a perseguição.

5.1.1 MARCHA PARA O COMBATE

A marcha para o combate é normalmente caracterizada por um alto consumo de suprimento Cl III, aumento das necessidades de manutenção de viaturas, reduzido consumo de munição e pequeno número de baixas.

O apoio logístico é dificultado pela natureza dispersa da operação, pela rapidez do movimento para frente e pelas variações apresentadas pelo terreno e pelo inimigo.

As características táticas da marcha para o combate recomendam, de imediato, o apoio a todos os grupamentos de força e a descentralização inicial dos meios.

A velocidade da operação e o alto consumo de suprimento Cl III exigem cuidadoso planejamento. O apoio logístico deve ser suficiente para capacitar a Grande Unidade deslocar-se sem perda de tempo e ininterruptamente. O reforço de meios de apoio logístico pode ser solicitado aos escalões superiores, quando for necessário.

A necessidade de controle de trânsito nos itinerários de marcha é importante para o apoio logístico. Tal controle pode conflitar com as necessidades das unidades de combate, dos elementos de engenharia e da própria polícia do exército. Assim, cabe ao Batalhão Logístico apresentar suas necessidades e prioridades por ocasião dos planejamentos da brigada.

a. Planejamento e Organização do B Log para o Apoio à Marcha para o Combate

Precedendo a operação, deve ser realizado um planejamento minucioso, tendo em vista, particularmente, a coordenação e o controle dos deslocamentos para que a ação seja desencadeada com segurança e com grande possibilidade de êxito.

O comandante inicia o exame de situação tão logo tome conhecimento de sua missão. A sistemática do Exame de Situação do Comandante do B Log consta no Capítulo VI deste manual.

No exame de situação realizado antes do início da marcha, o comandante, visando prestar apoio logístico a todos os elementos de manobra, organiza o batalhão estabelecendo as suas diretrizes sobre o modo de prestação do apoio. São fatores básicos para a organização: possibilidade da rede viária; largura da zona de ação; afastamento entre eixos; segurança para a manutenção do fluxo de suprimento; e dispositivo e efetivo previstos para a realização da marcha.

A centralização dos meios do batalhão em uma única BLB é um fator de eficiência e uma preocupação constante do seu comandante.

Com frequência, nesse tipo de operação, o batalhão necessita descentralizar os seus meios, de modo a proporcionar apoio cerrado aos elementos de manobra da GU, podendo, até mesmo, utilizar-se de desdobramento de destacamento logístico para realizar um apoio limitado que garanta a continuidade do apoio em momentos críticos em que a BLB realiza sua mudança de posição, mesmo perdendo as vantagens da centralização.

A utilização de mais de um eixo para o deslocamento da GU acarreta uma descentralização maior dos meios, particularmente, de manutenção, salvamento do material e evacuação de feridos.

b. Reflexos para as Funções Logísticas

Como decorrência das características próprias das marchas, as necessidades logísticas apresentam reflexos nas funções logísticas que condicionam o planejamento do apoio, conforme especificado a seguir.

1) Suprimento

a) Sup Cl I: no consumo diário, a ração de combate tem preponderância, tendo em vistas as condições de movimento e segurança e a facilidade de preparação. Sempre que a situação permitir, deve ser servida a ração normal de campanha, pelo menos para uma das refeições (normalmente o jantar).

b) Sup Cl III: o reabastecimento das viaturas pode ser realizado durante os altos, em final de jornada, em momentos de reajustes ou na região de destino. O suprimento para atender a outros consumos, normalmente, é realizado em final de jornada. A reserva orgânica deve estar completa antes da transposição da linha de provável encontro (LPE).

c) Sup Cl V (M): o suprimento é realizado em função do consumo, para atender à defesa antiaérea e à defesa contra ações de guerrilheiros e elementos infiltrados.

d) Classe VIII – a distribuição não obedece a processos preestabelecidos. É feita através dos elementos de saúde aproveitando o movimento de ambulância.

e) Demais Classes – o recompletamento é realizado no final de jornada ou na região de destino, conforme a estimativa logística para a marcha para o combate.

2) Transporte

O movimento motorizado é realizado com as viaturas orgânicas de cada unidade da GU.

A necessidade de reforço de viaturas para o transporte de pessoal é atendida pelo escalão superior.

3) Manutenção

O apoio de manutenção caracteriza-se por uma acentuada redução nos trabalhos em oficina. Há ênfase na manutenção no local e no serviço de manutenção de emergência ao longo dos eixos de progressão a fim de desimpedi-los. O material reparado deve ser evacuado (no sentido do movimento) e aquele que exigir manutenção mais complexa e demorada pode ser deixado para os elementos mais à retaguarda.

A Companhia Logística de Manutenção descentraliza, normalmente, os seus elementos do Pelotão Leve de Manutenção (Pel L Mnt), a fim de prestar o apoio de manutenção durante toda a marcha. Uma Seção Leve de Manutenção (Sec L Mnt) deve acompanhar as unidades de combate e, em princípio, se desloca com os trens da unidade apoiada.

A manutenção deve ser executada tão à frente quanto permitir a situação tática e a disponibilidade de tempo e recursos. É preferível a ida do pessoal de manutenção ao encontro do material do que proceder em sentido inverso, reduzindo a necessidade de remoção, reboque ou resgate.

4) Saúde

Na marcha para o combate, a estimativa é de não haver elevado número de baixas. Deve haver postos de recolhimento de indisponíveis de marcha (PRIM) ao longo dos eixos de progressão, para onde são evacuadas as baixas das unidades. Esses postos devem possibilitar a evacuação aeromóvel (Ev Aem), que será largamente empregada, caso haja disponibilidade de meios.

A descentralização dos meios de saúde pela Cia Log Sau (B Log Pqdt e Amv) será a mínima compatível com as necessidades. As ambulâncias, em princípio, são centralizadas no Posto de Triagem (P Trg). Os meios são desdobrados na medida em que o inimigo, oferecendo maior resistência, cause baixas em maior número.

5) Recursos Humanos

A estimativa de reduzido número de baixas e a curta duração do tipo de operação trazem poucos reflexos para a Cia Log RH (B Log Pqdt e Amv).

6) Salvamento

Os itens indisponíveis representam fonte importante de suprimentos, exigindo um controle tão cuidadoso quanto o fluxo de suprimento.

Para a realização da coleta e evacuação do material salvado e capturado, a Cia Log Mnt instala e opera um Posto de Coleta de Salvados (P Col Slv). A estimativa de maior ou menor densidade do material a ser evacuado, as prioridades para artigos críticos, bem como as disponibilidades de meios, devem ser levados em conta no planejamento.

Em consequência das rápidas mudanças de BLB, deve ser solicitado ao Escalão Superior que os materiais evacuados pela Cia Log Mnt que limitem a mobilidade da SU sejam guarnecidos, locados e evacuados para Base Logística Terrestre (BLT).

c. Desdobramento e Segurança

Durante a Marcha para o Combate, é normal o desdobramento do batalhão em sucessivas regiões sobre o eixo de marcha. Para a localização das BLB, além dos fatores já conhecidos (manobra, terreno, segurança e situação logística) devem ser considerados, no planejamento, as Linhas de Provável Encontro (LPE), as Linhas de Controle (L Ct), os Objetivos (Obj) e as Regiões de Destino (R Dstn), estabelecidos para a operação.

Sempre que possível, o batalhão deve prestar o Apoio Logístico, da mesma área, até o final da operação. Não sendo viável, deve buscar realizar o menor número de mudanças de BLB possível.

A preocupação de prestar apoio cerrado ou as possibilidades do inimigo terrestre podem exigir, no entanto, frequentes deslocamentos dos elementos de apoio, bem como a possibilidade de desdobramento de BLB em quase todas as posições selecionadas. O comandante deve procurar, entretanto, evitar o desdobramento prematuro do batalhão, mantendo-o sobre rodas, em condições de rápido deslocamento, se a situação exigir. O desdobramento do Destacamento Logístico (Dst Log) deve ser considerado, a fim de que se tenha o apoio cerrado, sem que haja necessidade de mudança de BLB.

Quanto ao desdobramento do batalhão, deve ser observado: desdobramento dos meios conforme as necessidades, evitando-se o desdobramento prematuro que possa prejudicar o prosseguimento das operações; descentralização inicial, tendendo para uma centralização progressiva; e planejamento flexível, com desdobramento mínimo de meios, permitindo sempre a mudança de órgãos e instalações visando apoio rápido e eficiente às tropas em progressão.

O Cmt deve manter estreita ligação com o Cmdo GU, tendo em vista os problemas de segurança do fluxo e das instalações do batalhão, criados devido ao alongamento das vias de transporte.

Como norma geral, para o desdobramento do batalhão, deve-se procurar áreas afastadas dos flancos expostos e, se possível, localizadas nas proximidades das regiões de destino do segundo escalão da tropa que realiza a marcha.

A localização da BLB, durante a Marcha para o Combate Descoberta, é condicionada à distância máxima de apoio e à distância de segurança medida até a Linha da Pior Hipótese (LPH).

Caso seja uma Marcha para o Combate Coberta, a localização da BLB se condiciona à distância máxima de apoio e à distância de segurança medida da Linha de Provável Encontro (LPE).

Figura 5-1 Desdobramento do B Log durante a Marcha para o Combate

5.1.2 RECONHECIMENTO EM FORÇA

Sob o ponto de vista do apoio logístico, as seguintes características táticas são consideradas mais importantes: situação indefinida, pois a ação se dá sobre uma determinada área a respeito da qual o comando deseja informações rápidas e precisas; e frente variável quando o comando realizar uma série de ataques, ao longo de toda frente.

A conquista do objetivo no terreno não é fundamental e sim a obtenção do máximo de informes com relação ao inimigo.

Após a obtenção dos informes, outras missões serão dadas à força de reconhecimento ou será determinado o seu retraimento.

a. Planejamento e Organização do B Log para o Apoio ao Reconhecimento em Força

O planejamento do apoio para o reconhecimento em força ocorre semelhante ao conduzido para um ataque coordenado com objetivo limitado ou como uma incursão.

O B Log é organizado de modo a assegurar, simultaneamente: economia de meios, eficácia do apoio logístico e controle adequado. Nesta operação, isso é conseguido com a centralização dos meios numa única BLB.

b. Reflexos para as Funções Logísticas 1) Suprimento

a) Cl I: consumo diário normal, com preponderância das rações operacionais de combate e de emergência.

b) Cl III: consumo elevado, devido ao dinamismo da operação, ocorrendo o recompletamento das viaturas e da reserva orgânica após o final da missão.

c) Cl V (M): o suprimento é realizado em função do consumo decorrente das operações. O B Log deve apoiar o transporte da munição até as Áreas de Trens de Estacionamento (ATE) e Área de Trens (AT).

2) Manutenção

A Cia Log Mnt presta o apoio de manutenção de forma centralizada e, normalmente, emprega as Sec L Mnt em Ap Dto. A descentralização do apoio ocorre à medida que for necessário.

3) Saúde

Estimam-se poucas baixas nesse tipo de operação.

4) Recursos humanos

Não se estimam reflexos significativos para a função Log RH.

5) Salvamento

Não se visualiza reflexos significativos na função Slv.

c. Desdobramento e Segurança

Como não se visualiza uma operação de grande profundidade ou largas frentes, o B Log desdobra-se, em princípio, de forma centralizada e o mais à frente possível, tendo em vista as ações futuras.

5.1.3 ATAQUE

No ataque, as prioridades para o Ap Log, normalmente, são:

a) ataque principal, ao qual se atribui a maior prioridade na distribuição dos meios;

b) ataques secundários, que receberão meios adequados ao cumprimento de suas missões; e

c) reserva, mantida em condições de ser empregada em ocasião e local decisivos. As seguintes características táticas são consideradas as mais importantes sob o ponto de vista do apoio logístico:

a) situação mais ou menos definida, devido aos intensos reconhecimentos;

b) esforços coordenados no tempo e no espaço;

c) concentração máxima de meios na direção decisiva; e

d) conquista de objetivos sucessivos, com progressão em profundidade.

a. Planejamento e Organização do B Log para apoio ao Ataque

No ataque, todos os esforços devem ser envidados para que o Batalhão Logístico se desdobre o mais à frente possível. Fatores adversos, como insuficiência de meios de transporte, deficiência da rede rodoviária e segurança da área, podem desaconselhar, em determinado momento, a mudança da BLB para uma região mais próxima da linha de contato.

O ataque é, normalmente, caracterizado por um grande consumo de Sup Cl III e V(M), aumento das necessidades de manutenção, remoção, reboque ou resgate de material salvado e capturado, grande número de baixas e acentuado aumento das necessidades de transporte de suprimentos.

A ação ofensiva exige a concentração do poder de combate em pontos e ocasiões decisivos, pela judiciosa aplicação do fogo e do movimento. A rapidez é essencial ao êxito e todo o esforço deve ser feito para manter a sua impulsão e agressividade. Para o apoio logístico, isto implica no equacionamento de diversos problemas logísticos, o que cria as seguintes condicionantes:

1) necessidades mais bem definidas, uma vez que se pode deduzir as consequências sobre o desenrolar do ataque e fazer uma estimativa mais precisa das necessidades logísticas, facilitando o equacionamento do apoio;

2) centralização das atividades logísticas, tendo em vista a coordenação de esforços; 3) desdobramento amplo da unidade, com o máximo de apoio na direção decisiva; e 4) conservação de meios disponíveis para o apoio em todas as fases do ataque.

Os exames de situação para o emprego dos meios do batalhão são conduzidos em fases, de acordo com o planejamento para as operações. Ele deve ser coordenado com o planejamento logístico do escalão superior.

Os planejamentos iniciais devem prever meios para apoiar as reservas táticas quando empregadas.

O apoio logístico é ininterrupto, sendo prestado desde as zonas de reunião e posições de ataque até a conquista dos objetivos finais. Os trabalhos têm que ser judiciosamente considerados de modo a serem realizados dentro de uma sequência que atenda às prioridades estabelecidas pela manobra.

O êxito da missão de apoio logístico depende dem eficiente sistema de comunicações e de um permanente contato com os elementos de apoio do escalão superior.

b.Reflexos para as Funções Logísticas

As necessidades de rapidez para o ataque variam conforme a maior ou menor intensidade da ação projetada, exigindo fluxo constante de meios e implicando no transporte de tonelagens elevadas de suprimentos, particularmente de Cl V (M) e Cl III. A reunião dos recursos e a realização dos trabalhos indispensáveis ao desembocar do ataque exigem tempo e são condicionados pelas vias e meios de transporte, pessoal e equipamentos disponíveis.

1) Suprimento

a) Sup Cl III: o ataque, sendo uma operação dinâmica, impõe a movimentação dos meios motorizados em larga escala. O consumo desta classe é bastante elevado, a fim de atender à montagem do ataque, ao suprimento, à evacuação e à manutenção.

b) Sup Cl V (M): o consumo é bastante elevado, particularmente quando houver preparação. Neste caso, será normal a estocagem temporária da munição na unidade, para atender ao consumo imediato.

c) Sup Cl VI: há um grande consumo, particularmente, de suprimentos específicos para os trabalhos de estradas e pontes.

d) Sup Cl VIII: ocorre grande consumo, em face do aumento do número de baixas em menor espaço de tempo. Os elementos de saúde de todas as unidades obtêm a dotação máxima possível de material de saúde antes do início do ataque. A Cia Log Sau (B Log Pqdt e Amv) faz a distribuição, conforme as necessidades no decorrer do combate, por meio do Pelotão de Triagem, mediante pedidos informais.

e) Peças e conjuntos de reparação: há grande consumo, principalmente antes do ataque, a fim de aumentar a disponibilidade do material da GU.

2) Transporte

As grandes tonelagens de suprimento a serem transportadas antes do desembocar e para a sustentação do ataque, o salvamento de material e prazos exíguos exigem a elaboração de um plano minucioso de emprego dos meios de transporte, bem como uma eficiente coordenação e fiscalização da circulação na área da GU.

3) Manutenção

No ataque, cresce a importância do binômio “manutenção-suprimento”, tendo em vista o maior desgaste do material, a premência de tempo para os trabalhos e a necessidade de manter o material das unidades com a maior disponibilidade possível.

Os elementos de manutenção de todas as unidades conjugarão o máximo dos seus esforços na realização dos trabalhos e no suprimento antes do ataque.

Os elementos leves de manutenção destacados para atuar junto aos elementos em primeiro escalão deslocam-se por lanços à retaguarda dos mesmos, prestando o apoio em manutenção e realizando o suprimento mediante o sistema de troca direta. Para isto, aproveitam as paradas nos objetivos, as pausas do combate e os períodos de pouca visibilidade, realizando a manutenção no local, quando possível.

4) Saúde

Há estimativa de grande quantidade de baixas, estando, possivelmente, concentradas num período de tempo muito próximo. Assim, a evacuação pode ser dificultada por: maior quantidade de feridos de maior gravidade; maior fluxo de baixas na mesma unidade de tempo; necessidade de colocar todas as baixas em condições de evacuação no mais curto prazo.

5) Recursos Humanos

Há um acréscimo das necessidades de recompletamento e manutenção do moral militar.

6) Salvamento

Devido à necessidade dos materiais se tornarem disponíveis no mais curto prazo, os itens indisponíveis podem representar fonte importante de suprimentos, exigindo um controle tão cuidadoso quanto o fluxo de suprimento.

c. Desdobramento e Segurança

No ataque, o batalhão se desdobra o mais à frente possível, a fim de evitar o deslocamento da BLB em curso de operações. Os elementos que apoiam as unidades devem estar organizados e receber os meios necessários antes do início da operação.

Há necessidade de que a missão da GU seja analisada e seja compreendida a intenção do comandante, na condução da manobra, para, se for o caso, cerrar os elementos de apoio logístico logo após a conquista dos últimos objetivos impostos, considerando-se a missão futura.

Fatores adversos, tais como insuficiência de prazos, insuficiência de meios, sigilo da operação, deficiência da rede rodoviária e segurança, podem desaconselhar, em determinado momento, a mudança da BLB para uma região mais próxima da tropa apoiada. Em consequência, o deslocamento, a localização e o desdobramento da BLB devem levar em consideração o seguinte:

1) dispositivo cerrado à frente, evitando grandes deslocamentos;

2) desdobramento dos meios eixados no ataque principal;

3) conservação dos elementos sobre rodas nas situações mais dinâmicas do ataque; e 4) necessidade de desdobramento de Destacamento Logístico (Dst Log).

O desdobramento dos elementos de apoio logístico deve procurar o flanco menos exposto na zona de ação da GU e a proximidade de elementos de combate e de outras tropas amigas.

Para o desdobramento da BLB no Ataque Coordenado, deve-se verificar se, após a conquista do(s) objetivo(s), o apoio será cerrado para a manutenção dele(s).

Partindo da posição final de marcha para o combate, a BLB estará desdobrada na zona de ação da brigada que a enquadra. Observa-se o posicionamento das Linhas de Partida e Linha de Contato. Caso ambas estejam em regiões distintas, considera-se, como pior hipótese, a Linha de Partida como possível posição inimiga. Desta linha, mede-se a distância de segurança com base na artilharia inimiga, encontrando-se uma área propícia para o desdobramento da BLB para apoiar o Ataque.

Caso a LP e a LC sejam coincidentes deve-se considerar a LP/LC como possível posição inimiga. Assim, desta linha, mede-se a distância de segurança, tomando como base o tipo de munição das peças de Artilharia inimiga.

Figura 5-2 O desdobramento do B Log durante o ataque com LP/LC coincidentes

Quando a BLB deve cerrar o apoio para a manutenção dos objetivos do ataque, mede-se a distância de segurança do limite anterior dos objetivos e marca-se o novo local para desdobramento da BLB. Essa mudança de BLB deve ser realizada somente se for estritamente necessário. Assim, o comandante poderá utilizar o Destacamento Logístico para cerrar esse apoio sem, contudo, deslocar sua BLB.

Figura 5.3 O desdobramento do B Log para manutenção dos objetivos do ataque

5.1.4 APROVEITAMENTO DO ÊXITO E PERSEGUIÇÃO

Nesse tipo de operação, há um aumento considerável na velocidade de progressão, trazendo reflexos para os elementos de apoio que realizam um maior esforço para manter o fluxo de suprimento e salvamento de material.

a. O Planejamento e a Organização do B Log para o Apoio ao Aproveitamento do Êxito e Perseguição

Os planos de apoio devem ser flexíveis e as atividades logísticas são conduzidas, normalmente, de modo descentralizado.

Elementos do B Log, particularmente, de manutenção e suprimento podem acompanhar as peças de manobra valor unidade.

O consumo de itens de reposição de material bélico é elevado, exigindo um planejamento cuidadoso e uma previsão precisa. A segurança do pessoal de suprimento e de salvamento cresce de importância, uma vez que elementos avançados podem estar operando atrás de forças inimigas ultrapassadas.

Na perseguição, as forças de pressão direta e de cerco recebem o apoio de uma maneira descentralizada, de modo a permitir uma completa mobilidade.

A situação de comando reforço ou integração, normalmente, é adotada para os elementos destacados.

Para agilizar o suprimento Cl III, o B Log poderá cerrar o apoio e desdobrar um P Distr Avç ou um Destacamento Logístico.

b. Reflexos para as Funções Logísticas

O consumo de suprimento Cl III é alto e, em consequência, a previsão para o suprimento é fundamental. O transporte de suprimento Cl III e V (M), particularmente, pode ser o fator limitativo na determinação da distância até onde a Grande Unidade (GU) pode executar o aproveitamento do êxito.

Durante o aproveitamento do êxito e perseguição, os trabalhos de manutenção são realizados nos postos de manutenção de emergência estabelecidos nos itinerários.

c. O Desdobramento e Segurança

O desdobramento será parcial, para atender à alta mobilidade.

A presença do inimigo nas proximidades dificulta ou impede o apoio logístico. Uma vez procedida a limpeza do terreno pela força de acompanhamento e apoio, o B Log passa a ter condições de segurança para cerrar a BLB.

No aproveitamento do êxito e perseguição, deve-se evitar desdobramentos e deslocamentos desnecessários da BLB, devendo-se realizar o apoio com o mínimo de mudanças.

Inicialmente, a BLB se desdobrará na Z Reu e, dessa região, prestará o apoio logístico. A partir daí, serão verificadas quantas linhas de controle a BLB conseguirá apoiar até atingir a sua Distância Máxima de Apoio.

Quando os elementos de 1º Esc atingirem a última linha de controle antes do limite da DMA, a BLB inicia o deslocamento para sua próxima posição, para que não haja descontinuidade do apoio logístico.

A figura a seguir demonstra uma situação em que o B Log conseguiria apoiar até determinada L Ct. Assim, a partir dessa Linha de Controle, traça-se a Distância de Segurança e verifica-se a posição futura para desdobramento da BLB.

Figura 5.4 Posição futura do B Log após atingir a DMA

No caso de necessidade de cerrar o apoio, poderá, ainda, ser lançado o Destacamento Logístico com os elementos necessários.

5.2 O APOIO DO BATALHÃO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES DEFENSIVAS

As operações defensivas se apoiam sobre os seguintes fundamentos: apropriada utilização do terreno; segurança; apoio mútuo; defesa em todas as direções; defesa em profundidade; flexibilidade; máximo emprego de ações ofensivas; dispersão; utilização do tempo disponível; e integração e coordenação das medidas de defesa.

Há dois tipos de operações: defesa em posição e movimento retrógrado.

5.2.1 DEFESA EM POSIÇÃO

O tipo de operação defensiva (defesa em posição e movimento retrógrado) adotado e a capacidade ofensiva do inimigo influirão no desdobramento e na execução do apoio logístico prestado pelo B Log.

Considerando que a iniciativa é do inimigo, será difícil prever a(s) área(s) de maior densidade de problemas logísticos. A probabilidade de penetração inimiga na área de defesa requer uma organização e localização dos meios de modo a não interferir com a manobra tática. Isso é mais verdadeiro quando se leva em conta, ainda, a importância da missão atribuída à reserva.

As necessidades de segurança e continuidade do apoio apresentam grande importância nessa operação, e condicionam a localização dos órgãos de apoio logístico o mais afastado possível do limite anterior da área de defesa avançada (LAADA).

As operações defensivas apresentam as seguintes características táticas, particularmente importantes para o apoio logístico:

a) manobra definida em linhas gerais;

b) dispositivo em largas frentes;

c) situação de relativa estabilidade;

d) aspectos dinâmicos nas ações de defesa; e

e) possibilidades de passar à ofensiva.

Essas características táticas da defesa determinam os seguintes reflexos para o batalhão:

a) máxima centralização do apoio, devido aos problemas de segurança e para facilitar as ações dinâmicas da defesa ;

b) amplo desdobramento dos meios em largura e em profundidade, possível pela estabilidade das operações e pelos amplos espaços em largura e profundidade;

c) maior necessidade de segurança contra a artilharia, força aérea e elementos inimigos infiltrados;

d) flexibilidade que permita atender às mudanças de atitude e às flutuações do combate;

e) maior rendimento dos meios, em função da estabilidade da situação; e

f) necessidade de apoiar os elementos à frente do LAADA (força de segurança)

a. Planejamento do emprego do B Log na defesa em Posição

O comandante prepara prescrições específicas para o apoio logístico e estabelece prioridades para a prestação do apoio às forças de segurança, às forças da área de defesa avançada e à reserva, na execução de contra-ataques.

Normalmente, o batalhão desdobra-se no interior da posição defensiva de modo a apoiar, de uma única posição, toda a manobra da GU, de forma centralizada.

Quando do apoio aos elementos de segurança, tais como os PAG e PAC, o batalhão destaca elementos em apoio direto às unidades.

Na conduta do combate, o batalhão mantém os seus meios centralizados podendo, no entanto, ter elementos em apoio direto às forças de primeiro escalão. Mas, de qualquer modo, deve ficar em condições de apoiar os contra-ataques.

b. Reflexos para as Funções Logísticas

Em relação à Função Logística Suprimento: há um menor consumo de classe III; grande consumo de material Cl IV, necessário à organização da posição defensiva; consumo de Sup Cl V bastante elevado, exigindo a estocagem de grandes quantidades para atender aos elementos de segurança à frente da posição, aos elementos dispostos na ADA e ao apoio às ações dinâmicas da defesa; menor consumo de Sup Cl VIII. No caso da Defesa Móvel, pode haver um consumo maior de Cl III e Pç e Cj Rep.

A grande demanda de materiais de construção (Sup Cl IV) para organização do terreno exige maior controle do movimento nas EPS e disponibilização de meios de transporte.

Módulos de Saúde podem ser desdobrados em áreas mais avançadas a fim de ganhar eficiência nas atividades de triagem, tratamento e evacuação.

Na Defesa em posição, ocorre grande demanda de materiais de construção, estreita coordenação da atividade de distribuição de Classe IV e aumento das necessidades de transporte. Normalmente, em virtude da grande quantidade, os materiais deverão ser distribuídos às posições mais avançadas para sua preparação.

Há um aumento nas necessidades de transporte, sobretudo para o atendimento das demandas de suprimento classe V(M) de grosso calibre e classe IV, o que exige maior controle do movimento nas EPS e de meios para movimentação de carga, inclusive nas posições mais avançadas.

A percentagem de perdas é menor, mas o recolhimento e a evacuação das baixas nas áreas avançadas são dificultados em consequência dos movimentos para a retaguarda (flutuação do combate).

c. Desdobramento e Segurança

Para o desdobramento da BLB, deve-se considerar o seguinte:

1) as necessidades de segurança e continuidade do apoio têm particular influência na localização da área da BLB;

2) o desdobramento e a instalação dos órgãos de apoio são feitos ao longo das vias de transporte, desde que satisfeitas as imposições de segurança, sigilo e disfarce. Assim, o batalhão deve desdobrar-se afastado do LAADA a fim de diminuir a concentração de meios nas áreas avançadas da posição e de evitar mudanças para a retaguarda durante a conduta da defesa;

3) o desdobramento deve permitir o funcionamento centralizado dos meios de apoio logístico, mantendo-se a flexibilidade indispensável aos contra-ataques ou a passagem à ofensiva;

4) a localização da BLB leva em conta as seguintes considerações: localização mais à retaguarda do que na ofensiva e em relação aos núcleos de aprofundamento; não interferir nos movimentos da reserva; fora do alcance da artilharia do inimigo; e a salvo das flutuações do combate;

5) na organização da defesa das instalações contra o inimigo terrestre infiltrado (blindados, guerrilheiros ou forças especiais), devem ser exploradas, ao máximo, as características do terreno (cobertas e abrigos, observação, campos de tiro e transitabilidade), a fim de colocar o inimigo em situação desvantajosa. As vias de acesso favoráveis ao inimigo devem ser constantemente vigiadas por patrulhas ou postos de guardas; e

6) os planos de defesa da BLB devem prever a defesa em todas as direções, o apoio mútuo entre as instalações e a existência de uma força de reação, para ações ofensivas. A organização da defesa deve sofrer um aperfeiçoamento progressivo e continuado, e estar bem coordenada e integrada ao plano de defesa da GU.

d. Peculiaridade do Apoio

1) Apoio às forças de segurança

O desdobramento e a localização dos elementos em apoio logístico às forças de segurança são função dos seguintes fatores: valor da tropa a apoiar; profundidade da área de segurança; duração da missão; e terreno.

O apoio logístico aos PAG e PAC deve ser prestado, tanto quanto possível, de modo centralizado.

Se necessário, podem ser desdobrados à frente elementos de saúde, manutenção e salvamento. O apoio de manutenção e salvamento de material é feito por meio de reforço (ou apoio direto) de seções leves de manutenção.

Caso necessário, o batalhão pode ocupar uma área no interior da área de segurança (entre os PAG e o LAADA). Entretanto, quando isso ocorrer, a área ocupada não deve interferir nos preparativos e na manobra dos elementos em primeiro escalão na ADA. Quando no interior da ADA, a BLB pode cerrar à frente até à altura das reservas das Bda em primeiro escalão. 2) Apoio à área de defesa avançada

Deve ser centralizado numa única BLB, observando-se, ainda, a flexibilidade de apoiar as ações dinâmicas da defesa. Para isso, a BLB deve localizar-se à retaguarda, guardando a distância de segurança a partir dos últimos núcleos de aprofundamento e evitando mudanças decorrentes das condutas da defesa.

3) Apoio na defesa móvel

A brigada coloca parte dos seus elementos realizando o bloqueio e a canalização do inimigo e parte como força de choque. O apoio logístico deve ser organizado dando prioridade de apoio aos elementos móveis e aos apoios de fogo. Para isso, devem ser mantidos elementos de apoio logístico disponíveis, capazes de apoiar a reserva, quando empregada, em função de seu efetivo e de sua mobilidade. A localização da BLB deve apoiar tanto a(s) força(s) de fixação como a(s) de choque, mantendo uma distância de segurança, contada a partir da penetração máxima admitida.

A(s) brigada(s) reserva(s) devem localizar as suas BLB à retaguarda dos últimos núcleos de aprofundamento divisionários, mantendo a distância de segurança mínima, contada da orla anterior dos referidos núcleos.

5.2.2 MOVIMENTO RETRÓGRADO

a. Planejamento e Organização do B Log para o Movimento Retrógrado

O movimento retrógrado apresenta características táticas que afetam o planejamento logístico:

1) frentes e profundidades, normalmente amplas;

2) natureza dispersa das ações;

3) movimento sob condições de reduzida visibilidade;

4) formação linear;

5) rápidas mudanças de situação; e

6) possibilidade de interdição das vias de retraimento por parte do inimigo.

Nos movimentos retrógrados, os fatores tempo e espaço assumem características preponderantes.

O sigilo é uma das imposições da operação. Os deslocamentos das instalações logísticas para a retaguarda devem ser realizados sem que o inimigo os perceba.

A execução de um movimento retrógrado, embora precedido de um planejamento cuidadoso, pode apresentar sérios problemas devido à intervenção do inimigo que mantém a iniciativa.

As características táticas dos movimentos retrógrados trazem as seguintes consequências para o batalhão:

1) deve-se planejar um dispositivo que assegure o apoio eficiente às tropas, durante o movimento e nas novas posições, e aos elementos destacados em missão de segurança;

2) retraimento de instalações e meios de apoio logístico desdobrados parcialmente;

3) planejamento flexível, com o desdobramento mínimo de meios e permitindo a mudança rápida de instalações; e

4) alongamento inicial das distâncias de apoio, descentralização inicial dos meios, tendendo para uma centralização progressiva.

O planejamento deve levar em consideração o seguinte:

1) evacuação rápida e progressiva da maior parte das instalações de modo a não interferir com os movimentos das tropas;

2) previsão e planejamento do retraimento para a nova BLB;

3) redução dos movimentos de suprimento para a frente;

4) entrega de suprimento em quantidades mínimas;

5) previsão de processos especiais de suprimento, como pequenos depósitos ao longo dos itinerários de retraimento ou de retirada, utilizando-se das localizações das

ATE futuras dos elementos de manobra;

6) redução da quantidade de instalações, permanecendo na posição que será abandonada apenas os elementos que possam ser rapidamente deslocados por estradas; e

7) destruição dos suprimentos e de equipamentos que tiverem que ser abandonados (exceto Classe VIII saúde).

O batalhão deve manter a continuidade do apoio antes, durante e após o retraimento, com base num planejamento cuidadoso e execução coordenada, evitando ocasionar atraso ou descontrole.

Devido às largas frentes nas quais, normalmente, são realizados os movimentos retrógrados, as comunicações e o controle podem ter sua eficiência reduzida.

Apesar de o planejamento ser pormenorizado e centralizado, a execução é bastante descentralizada.

O comandante de cada fração é o responsável pela execução do plano de destruição de instalações, naquilo que lhe couber, inclusive da destruição do equipamento orgânico, quando for necessário.

Nos movimentos retrógrados, a organização do B Log para o apoio ao combate depende do grau de centralização dos meios previsto para a manobra concebida pelo comandante da GU. Poderão ser utilizados Destacamentos Logísticos para cerrar o apoio.

As unidades da GU são preparadas para o pronto retraimento e o movimento é feito com as unidades transportando suprimentos suficientes para atingir as posições preparadas mais à retaguarda.

Antes do início do retraimento, os suprimentos devem ser recompletados e a manutenção dos equipamentos realizada.

b. Reflexos para as funções logísticas 1) Suprimento

As necessidades nos movimentos retrógrados restringem-se às quantidades de suprimento a serem mantidas nas áreas avançadas. Pode ser conveniente a estocagem de pequenas quantidades de suprimento ao longo dos itinerários de retraimento ou retirada.

É normal a estocagem prévia de suprimentos nas posições de retardamento, de acordo com as necessidades exigidas. O planejamento cuidadoso evita o transporte desnecessário, a destruição e a perda de suprimento.

A evacuação de suprimento é difícil, em face da rapidez das ações. Assim, na perspectiva de um movimento retrógrado, os elementos de primeiro escalão, ao retraírem, podem transferir suprimentos para os destacamentos de contato de outras Brigadas ou para a força de segurança ao serem acolhidos por esta. Os suprimentos que não possam ser evacuados devem ser destruídos (exceto classe VIII).

a) Sup Cl I: deve ser consumida a ração normal de campanha, pelo menos em uma das refeições. Nas fases mais dinâmicas das operações, há preponderância do consumo da ração operacional de combate. A fim de aliviar os transportes, o Sup Cl I para consumo imediato pode ser estocado ao longo dos itinerários.

b) Sup Cl III: é previsto um alto consumo desse suprimento. A reserva orgânica deve estar completa antes do início do retraimento. O reabastecimento das viaturas é realizado antes do início do movimento, nos altos e em final de jornada ou nas novas posições.

c) Sup Cl IV: há necessidade de regular a quantidade, particularmente, de material destinado à construção de obstáculos.

d) Sup Cl V (M): estima-se um alto consumo desse suprimento, tendo em vista que o fogo é preponderante nas ações retrógradas, por se constituir no meio mais eficaz de atuar à distância contra o inimigo durante toda a operação. É normal o consumo progressivo da DO, só havendo o recompletamento nas novas posições.

e) Sup Cl II, V(A), VI, VII, IX e X (produtos acabados): o consumo dessas classes é maior antes da realização da operação. Em final de missão, as necessidades de reposição são maiores do que nas outras operações, devido à destruição pelo inimigo ou pela tropa, para evitar a sua captura.

f) Sup Cl VIII: normalmente, não é estimado um de elevado número de baixas e o consumo do suprimento de saúde tende a ser baixo.

2) Manutenção e salvamento

A manutenção deve ser intensificada antes da execução de um movimento retrógrado. Nessa fase, deve ser centralizada, a fim de aumentar o rendimento dos meios e facilitar o controle das frações da Cia Log Mnt , com vistas ao retraimento das mesmas.

Durante o movimento, os trabalhos, normalmente, restringem-se aos serviços de manutenção de emergência que visam complementar a manutenção executada pelas próprias unidades, evitando qualquer embaraço no fluxo do trânsito de viaturas nas estradas que conduzem à retaguarda. Esse serviço atende não somente às viaturas e material orgânicos da GU, mas também a todas as viaturas que passam pelos postos de manutenção estabelecidos pela Cia Log Mnt.

Os postos de manutenção estabelecidos ao longo dos eixos, normalmente, operados por elementos do Pel L Mnt, são reforçados por equipes de salvamento (remoção, reboque e resgate) e situam-se nas imediações dos postos de controle de trânsito. Constituem-se de elementos de manutenção móveis, realizando a manutenção de viaturas e armamento onde for necessário.

O restante da Cia Log Mnt, desdobrada com a maioria de meios sobre rodas na BLB, realiza o apoio sob a forma de apoio ao conjunto.

A atividade de remoção, reboque e resgate do material pode ser dificultada pela maior rapidez dos deslocamentos, largura das zonas de ação e interferência do inimigo. O tempo disponível para a manutenção é um fator altamente limitante, exigindo expressiva quantidade de meios de salvamento. Elementos do Pel Ap devem trabalhar em íntima ligação com as equipes e seções de manutenção nos Postos de Manutenção ao longo dos itinerários de retraimento ou retirada e das Seções Leves de Manutenção destacadas juntos aos elementos de 1° escalão.

3) Transporte

Os problemas relativos ao transporte nos movimentos retrógrados têm maior destaque devido ao acréscimo das necessidades e a maior influência das ações do inimigo na operação.

4) Saúde

As instalações de saúde, em princípio, desdobram-se em locais sucessivos, da frente para a retaguarda, a fim de manter a continuidade do apoio. O desdobramento inicial deve processar-se mais à retaguarda que em outros tipos de operações. Elementos de saúde podem reforçar os elementos em primeiro escalão.

Quanto à triagem, devem ser tomados cuidados especiais para que não haja retenção de baixas.

c. Desdobramento e segurança

O planejamento é feito com vistas a atender ao conjunto de toda a operação. Sob este aspecto, tem acentuada influência o prazo a ganhar em cada posição de retardamento.

É conveniente que a localização da BLB permita, se possível, o apoio a pelo menos duas posições de retardamento sucessivas a partir da Posição Inicial de Retardamento (PIR).

Por essa razão, é comum o seu desdobramento em locais que facilitem os deslocamentos para a retaguarda.

A maioria dos meios deve ser desdobrada sobre rodas (desdobramento parcial), com a finalidade de se obter maior mobilidade.

A maior parte das instalações e frações do batalhão se desloca para a retaguarda antes dos elementos das unidades de combate, para evitar o congestionamento do trânsito nas estradas. Para isso, tanto quanto permita a situação, o comandante deve centralizar o apoio prestado pelas suas subunidades, a fim de facilitar o retraimento, o controle e a segurança das mesmas.

O controle do movimento para a retaguarda é mantido pela designação do ponto inicial (PI), do ponto de liberação (P Lib), de locais a ocupar na nova posição, hora de início, sequência para cada elemento, itinerários de retirada ou retraimento, linhas ou pontos de controle.

Mediante a execução do planejamento previsto em um quadro de movimento, as companhias e o comando do batalhão retraem para as posições já escolhidas e reconhecidas previamente, liberando, nos locais previstos ao longo dos itinerários, os elementos destinados ao apoio do movimento da GU.

Na escolha da região para o desdobramento, deve ser considerada a necessidade de apoio em todos os eixos de retraimento ou retirada. O controle completo dos itinerários é essencial para a eficiência dos movimentos retrógrados. Deste modo, as prioridades, horários e condições de utilização das estradas devem ser planejados, a fim de assegurar um deslocamento ordenado, levando-se em consideração as missões e as possibilidades das subunidades.

As probabilidades de interdição das estradas por ação do inimigo, por modificação das condições meteorológicas ou por congestionamento dos itinerários, exigem a previsão de itinerários alternativos.

Uma vez que uma operação retrógrada pode ser realizada com a população civil, o controle e a evacuação de civis devem ser considerados, a fim de se evitar a desordem e o congestionamento do trânsito.

Especial atenção deve ser dada à segurança da área de retaguarda, uma vez que o inimigo pode tentar superar os obstáculos e as forças de segurança.

Figura 5-5 Desdobramento do B Log para o Movimento Retrógrado

5.3 O APOIO DO BATALHÃO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES DE COOPERAÇÃO E COORDENAÇÃO COM AGÊNCIAS

5.3.1 GARANTIA DOS PODERES CONSTITUCIONAIS

A condução das operações de apoio logístico neste tipo de operação sofre os seguintes reflexos: flexibilidade na adoção de processos e métodos de apoio não convencionais, podendo utilizar organismos civis locais e mão de obra disponível para diversos trabalhos; planejamento, execução e controle centralizados; utilização centralizada dos meios, visando aumentar o rendimento; ampla utilização de recursos locais; complementação do apoio por outras forças locais e por elementos civis; maior permanência da instalação logística em um mesmo local; apoio cerrado; ampla utilização de módulos logísticos (Logística na Medida Certa); e necessidade de concentração de tropa em áreas públicas ou propriedades civis desativadas.

5.3.2 GARANTIA DA LEI E DA ORDEM

As operações realizadas no contexto das Operações de Garantia da Lei e da Ordem apresentam, como principais demandas logísticas, dentre outras, as seguintes: aumento da demanda de material Cl II (equipamentos para controle de distúrbios), IV e V (Mun menos letal); reduzido consumo de munição de artilharia; e necessidade de acurada estimativa logística, face à diversidade de missões que podem ser atribuídas ao Exército.

5.3.3 PREVENÇÃO E COMBATE AO TERRORISMO

As operações realizadas nesse contexto apresentam, como principais demandas logísticas, dentre outras, as abaixo relacionadas:

a) aumento da demanda de material Cl II, VII e X;

b) a Cia Log Sau (B Log Pqdt e Amv) deve estar ECD realizar o atendimento à

população em caso de ataque terrorista;

c) redução da demanda de Sup Cl V; e

d) necessidade de acurada análise logística, diante da diversidade de missões que podem ser atribuídas ao Exército no contexto desse tipo de Operação.

5.3.4 AÇÕES SOB A ÉGIDE DE ORGANISMOS INTERNACIONAIS

Nesse tipo de operação, a segurança das instalações e de comboios contra ações terroristas devem receber especial atenção. Todos os integrantes do B log devem estar aptos a identificar ameaças terroristas e realizar a autodefesa da BLB, além de estar adestrados para ações de contraemboscada.

O apoio logístico às operações realizadas nesse contexto deve priorizar a utilização de recursos existentes na A Op, desde que não impactem substancialmente a economia local.

A análise logística é de extrema importância, devido à diversidade de missões atribuídas à Força Terrestre, que podem abranger: arranjos internacionais de defesa coletiva; operações de paz; ações de caráter humanitário; e estabilização.

5.3.5 EMPREGO EM APOIO À POLÍTICA EXTERNA EM TEMPO DE PAZ OU CRISE

O emprego em apoio à política externa constitui o uso controlado do poder militar, restrito ao nível aquém da violência, em reforço às ações de caráter político, diplomático, econômico e psicossocial, como: concentração de forças terrestres nas fronteiras com países vizinhos; realização de exercícios de adestramento; movimento de forças militares; e mobilização de meios de combate.

A análise de logística cresce de importância diante das peculiaridades de missões que podem ser atribuídas ao Componente Terrestre no contexto dessas operações.

5.3.6 OUTRAS AÇÕES DE COOPERAÇÃO E COORDENAÇÃO COM AGÊNCIAS

O Exército, também, poderá cooperar com outras atividades, como: segurança de grandes eventos e de chefes de Estado; garantia da votação e apuração; apoio relativo a acordos sobre controle de armas e produtos controlados; salvaguarda de pessoas, dos bens, dos recursos brasileiros ou sob a jurisdição brasileira, fora do território nacional; e patrulha fluvial.

Pela diversidade das missões, uma análise logística específica e detalhada para cada uma delas permitirá atingir o estado final desejado sem carência ou desperdício de meios e recursos.

5.4 O APOIO DO BATALHÃO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES COMPLEMENTARES

5.4.1 OPERAÇÕES AEROMÓVEIS

A Operação Aeromóvel é caracterizada por um aumento das necessidades de manutenção e evacuação de material salvado e capturado, grande número de baixas e acentuado aumento nas necessidades de transporte de feridos.

A natureza dispersa das operações em sua fase inicial, a dificuldade de definição do inimigo e a atuação em terreno desconhecido, longe da base de partida, refletem-se no apoio do B Log, trazendo os seguintes reflexos: necessidade de apoiar todos os grupamentos de forças; descentralização inicial do apoio logístico; necessidade de conservar meios disponíveis para o apoio em todas as fases da operação; dificuldade de determinação exata dos meios necessários, implicando em equacionar o apoio logístico com base em estimativas.

A quantidade e o tipo dos suprimentos e equipamentos transportados pelas forças aeromóveis de assalto são indicados pelas necessidades iniciais de combate. São influenciados pelas possibilidades de manuseio da unidade aeromóvel, pela disponibilidade e capacidade de carga das aeronaves, pela data prevista para a junção ou o retraimento, pelas condições meteorológicas previstas e pelas possibilidades do inimigo.

As fases de suprimento empregadas nas operações são:

a) suprimentos de assalto: são aqueles introduzidos na cabeça de ponte aérea pelas unidades no momento de sua chegada. São distribuídos às unidades antes do aprestamento, a fim de permitir a preparação para o movimento aéreo e o desembarque;

b) suprimentos de acompanhamento: são os enviados após o desembarque do assalto inicial, a fim de suprir as unidades até que os procedimentos normais de suprimento possam ser estabelecidos. A remessa é feita pela aterragem de aeronaves, por meio de lançamento por paraquedas ou pelo lançamento em queda livre; e

c) suprimentos normais: são aqueles realizados após a junção ou retraimento.

A atividade de suprimento é caracterizada por: as rações de combate são normalmente empregadas para o suprimento do escalão de acompanhamento das forças; inicialmente, o suprimento Cl III é enviado em pequenos recipientes; o Sup Cl V de acompanhamento inclui os tipos de munição necessária e permitem a continuidade das operações de combate.

Nas operações de duração limitada, os elementos de saúde em apoio devem estar preparados para reter os pacientes até 48 horas, se a evacuação da cabeça de ponte aeromóvel se tornar retardada.

Os meios de transporte na cabeça de ponte aeromóvel são limitados. Por conseguinte, é maior a dependência dos meios da aviação do exército para a entrega dos suprimentos diretamente aos usuários. Deve ser feita a máxima utilização dos veículos inimigos capturados, a fim de complementar os limitados recursos de transporte.

O problema da manutenção é ampliado pelo limitado número de tropas de material bélico na área do objetivo. A fim de reduzir ao mínimo as necessidades, deve ser realizada antes da partida uma manutenção intensiva para assegurar o mais elevado grau de prontidão operacional de todo o equipamento que deve ser encaminhado à área do objetivo. A manutenção durante o assalto inicial é normalmente executada pelo pessoal de material bélico orgânico das unidades apoiadas, complementada por elementos do Pel L Mnt.

O apoio logístico nas operações aeromóveis é detalhado no Manual de Campanha EB70-MC-10.218 – Operações Aeromóveis.

5.4.2 OPERAÇÕES AEROTERRESTRES

O planejamento logístico do Componente Terrestre (Cte Ter) deve atender a todas as funções logísticas: transporte, suprimento, manutenção, recursos humanos, saúde, engenharia e salvamento em todas as fases da operação, desde a concentração e aprestamento até as ações táticas subsequentes.

O Componente Aéreo (Cte Ae) da Força Aeroterrestre terá seu apoio logístico prestado pela Força Aérea Componente (FAC).

Uma operação aeroterrestre, em termos gerais de demandas logísticas, é caracterizada por: grande necessidade de manutenção e de evacuação de material salvado e/ ou capturado; e elevado número de baixas e grandes necessidades de evacuação de feridos.

O apoio a este tipo de operação possui as seguintes peculiaridades logísticas: apoio logístico descentralizado; elevado número de baixas; elevada necessidade de evacuação aeromédica; dificuldade de realizar evacuações terrestres antes da junção; alta dependência da força aérea para execução do apoio logístico; e grande consumo de material Cl VIII.

Os detalhamentos sobre o apoio logístico a essas operações encontram-se no manual de campanha EB70-MC-10.217, Operações Aeroterrestres.

5.4.3 OPERAÇÕES DE SEGURANÇA

Nesses tipos de operação, pode-se privilegiar o apoio cerrado ou a continuidade do apoio, dependendo da situação.

Não é rara a abertura de um Destacamento Logístico (Dst Log) para apoio à defesa das posições de bloqueio.

Devido à grande possibilidade de serem necessárias mudanças de locais da BLB em curto espaço de tempo, o desdobramento parcial das instalações sobre rodas é recomendado, o que permitirá a celeridade na mudança de localização das bases.

Uma manutenção preventiva criteriosa deve ser realizada antes da operação, visando reduzir a demanda por serviços de manutenção de viatura durante o movimento.

Devido à previsão de elevado consumo de Cl III, as viaturas deverão iniciar a operação com os tanques plenos, reduzindo a necessidade de reabastecimentos durante a operação.

5.4.4 OPERAÇÕES CONTRA FORÇAS IRREGULARES

A segurança no fluxo de suprimentos e das instalações logísticas recebe uma especial importância neste tipo de operação.

Um comboio de suprimento não pode ser encarado como um movimento administrativo. Os procedimentos de todos os integrantes do comboio são similares aos de uma patrulha motorizada, previstos no manual C 21-75, Patrulhas, 1ª Edição, 1986.

5.4.5 OPERAÇÕES DE DISSIMULAÇÃO

Diversas ações podem ser planejadas para iludir o inimigo, e suprimentos de todas ordens podem ser empregados neste tipo de operação. Assim, a análise logística deve ser levada a efeito e o Esc Sp deve ser informado sobre os reflexos para o apoio logístico à brigada, visando não comprometer operações futuras.

5.4.6 OPERAÇÕES DE INFORMAÇÃO

Além do apoio logístico normal à brigada, o Batalhão Logístico pode contribuir com as capacidades relacionadas à informação (CRI), conforme determinação ou necessidade do seu escalão enquadrante. Como exemplo, pode-se contribuir com a inteligência no repasse de dados relativos ao material capturado do inimigo, que dá entrada no P Col Slv.

5.4.7 OPERAÇÕES ESPECIAIS

O Batalhão Logístico, normalmente, não apoia as operações especiais, que já possuem sua própria estrutura de apoio logístico. Entretanto, pode receber algum encargo específico de apoio à Base de Operações Especiais que não esteja em ambiente hostil, negado ou politicamente sensível.

5.4.8 OPERAÇÕES DE BUSCA, COMBATE E SALVAMENTO

Essas operações podem trazer os seguintes reflexos para o Batalhão Logístico:

a) equipes de saúde poderão ser destacadas junto aos elementos que realizam as buscas;

b) a evacuação de feridos ganha importância neste tipo de operação, devido à possibilidade de grande número de baixas nos acidentes aéreos, principalmente;

c) a Cia Log Mnt poderá destacar elementos para apoiar no salvamento (remoção, reboque ou resgate) de material;

d) o B Log poderá receber reforço de elementos de recursos humanos para as tare- fas relativas aos assuntos mortuários; e

e) é comum o aerotransporte de material e pessoal para o local da operação.

5.4.9 OPERAÇÕES DE EVACUAÇÃO DE NÃO COMBATENTES

O B Log deve ter condições de apoiar a força responsável pela Op ENC e também prover o apoio logístico aos não combatentes evacuados. Para tanto, poderá solicitar apoio ao escalão superior.

O apoio para este tipo de operação possui as seguintes peculiaridades logísticas:

a) possibilidade de utilização de um Dst Log ou processos especiais de suprimento para apoiar o Centro de Controle de Evacuados (CCE);

b) ampliação da utilização de atividades de transporte, RH e Sau;

c) maior necessidade de contratação de meios e serviços locais;

d) alto consumo de suprimento Cl I, II e VIII, devido ao apoio aos não combatentes; e

e) baixo consumo de suprimento de Cl V.

5.4.10 OPERAÇÕES DE JUNÇÃO

O Batalhão Logístico da tropa que realiza a junção poderá receber a missão de prestar o apoio logístico à força estacionária, caso o efetivo desta seja valor Unidade ou inferior. Para isso, o Batalhão Logístico da tropa que faz a junção será reforçado pelo Esc Sp naquilo que for necessário.

Uma vez retomada a ligação terrestre, o batalhão logístico restabelece a sistemática normal de apoio de suas atividades quando a força estacionária for de valor brigada ou superior.

Eventualmente, a força de junção poderá prestar apoio logístico em atividades específicas, de acordo com o planejamento elaborado para a junção.

Os manuais EB70-MC-10.218 (Op Aeromóveis) e EB70-MC-10.217 (Op Aeroterrestres) abordam mais detalhadamente a apoio logístico à força estacionária, quando esta for aeromóvel ou aeroterrestre.

5.4.11 OPERAÇÕES DE INTERDIÇÃO

É a operação executada para dificultar ou impedir que o inimigo se beneficie de determinada região, de instalações ou de materiais. As ações realizadas nessa operação abrangem, normalmente, o emprego de fogos aéreos e de artilharia, ocupação da área por forças terrestres, infiltração de tropas de operações especiais, sabotagens, barreiras e ações de guerrilha, implicando em reflexos específicos ao apoio logístico da tropa que a realiza.

As operações realizadas nesse contexto apresentam, como principais demandas logísticas, o aumento da demanda de material Cl IV, V, VI e X e reduzido consumo de Sup Cl III.

5.4.12 OPERAÇÕES DE TRANSPOSIÇÃO DE CURSO D’ÁGUA

Nas operações de transposição de curso de água, os elementos de primeiro escalão estarão separados do Batalhão Logístico pelo rio em uma fase da operação. Consequentemente, deve sempre ser buscada a continuidade do apoio logístico, atentando-se para o congestionamento da área de travessia e quantidade pontes necessárias.

Os planejamentos são feitos com antecedência e os planos devem procurar diminuir as seguintes consequências:

a) dos efeitos das perdas de suprimentos, equipamentos e pessoal;

b) do retardo na operação de portadas e na construção de pontes;

c) da interferência do inimigo nos deslocamentos nas áreas de retaguarda e de travessia; e

d) do número limitado de rodovias.

A manutenção é intensificada na preparação das transposições. Equipes de manutenção devem estar disponíveis nas áreas de travessia, a fim de realizar consertos de emergência nos equipamentos para diminuir os retardos, principalmente nos materiais de engenharia.

Existe a previsão de elevado número de baixas e aumento da necessidade de evacuação. O pessoal de saúde, orgânico das unidades que realizam a transposição, deve atravessar o curso de água com suas unidades. Elementos de saúde do Batalhão Logístico devem ser destacados próximos à era de travessia e deverão ser posicionados nas duas margens, assim que a situação permitir. O PAA, em controle operativo do B Log, também, pode ser desdobrado nas proximidades da área de travessia e ficar em condições de passar para a segunda margem, o mais cedo possível.

Elementos de salvamento do Batalhão Logístico devem ser destacados próximos à era de travessia, uma vez que é comum a necessidade de reboque de viaturas nas rampas de acesso ao rio.

Os suprimentos críticos, quando necessários aos elementos de combate, são entregues em postos avançados de distribuição.

Nos movimentos retrógrados, os suprimentos são preposicionados para apoiar as forças de retardamento.

Deve ser dada ênfase especial ao cumprimento dos planos de movimento e de controle e circulação de trânsito.

5.4.13 OPERAÇÕES ANFÍBIAS

Nas operações anfíbias, a tropa que está na cabeça de praia terá seu apoio logístico prestado por via marítima ou, caso a situação permita, por via aérea.

Caso o apoio logístico seja executado por via aérea, a logística será realizada usando os princípios das operações aeroterrestres.

Caso o apoio logístico seja prestado por via marítima, o Batalhão Logístico empregará um destacamento logístico com estrutura reduzida em uma embarcação.

Os reflexos para o Batalhão Logístico são: dificuldade de evacuação de feridos; elevada estimativa de baixas; alto consumo de Sup V(M) e V(A), VI, VII e VIII; e destacamento de elementos de saúde, manutenção de armamento e de comunicações junto aos elementos de primeiro escalão.

5.4.14 OPERAÇÕES RIBEIRINHAS

O Batalhão Logístico deve contar com alguns meios fluviais para determinadas atividades, como evacuação de feridos, desencalhe e reflutuação de embarcações.

Estima-se maior consumo de Sup Cl III, necessário para os transportes fluviais, e maior demanda por manutenção do armamento, embarcações e materiais de comunicações.

5.4.15 OPERAÇÕES CONTRA DESEMBARQUE ANFÍBIO

Estima-se elevado consumo de Sup Cl IV, Cl VIII, Cl V(M) e Cl VI, devido à preparação da P Def e consumo de munição de artilharia na operação.

Este tipo de operação pode ocorre em largas frentes, trazendo reflexos para o apoio logísticos, decorrentes dessas longas distâncias.

Deve-se priorizar a continuidade do apoio aos elementos de 1º escalão, visando não haver decréscimo das capacidades do batalhão em momentos críticos da operação, uma vez que a iniciativa e a surpresa estão com inimigo.

O apoio logístico do B Log seguirá princípios similares ao da defesa em posição.

5.4.16 OPERAÇÕES DE ABERTURA DE BRECHA

Neste tipo de operação, há elevado consumo de Sup Cl(M), destinados à artilharia, ao emprego de fumígenos e munição para as tropas de 1º escalão.

Estima-se elevado número de baixas, com reflexos para a evacuação de feridos. Assim, podem ser destacados elementos de saúde para cerrar este apoio.

A Cia Log Sup terá os encargos relativos ao suprimento de itens acabados e equipamentos especiais da Companhia de Engenharia.

5.4.17 OPERAÇÕES EM ÁREA EDIFICADA

O ambiente operacional é conhecido, as distâncias para os elementos de 1º escalão são relativamente curtas, existe a facilidade de ligação terrestre, embora sujeita a eventuais interrupções, e há maior facilidade de segurança das instalações logísticas.

Os reflexos para o apoio do Batalhão Logístico são: planejamento, execução e controle centralizados; ampla utilização de recursos locais; maior permanência das instalações nos locais de desdobramento; e ênfase na segurança das instalações e das atividades logísticas.

5.5 O APOIO DO BATALHÃO LOGÍSTICO ÀS AÇÕES COMUNS

No contexto das operações terrestres, observa-se um rol de ações comuns a todas as operações. Relacionam-se às funções de combate, atividades e tarefas a serem conduzidas pelos elementos da força terrestre; e apresentam um grau de intensidade variável, de acordo com a operação militar planejada e conduzida.

Essas ações são: ações de segurança; coordenação e controle do espaço aéreo; planejamento e coordenação do apoio de fogo; substituição de unidades de combate; cooperação civil-militar; DQBRN; guerra cibernética; operações psicológicas; guerra eletrônica; defesa antiaérea; e comunicação social.

Algumas dessas ações não apresentam reflexos diferentes do que já foi tratado nos manuais de nível superior e neste capítulo. Assim, não serão abordados os reflexos para cada ação para não serem repetidos os conceitos que já são de amplo conhecimento.

Para todas a ações comuns, a criteriosa, eficiente e eficaz análise logística irá permitir o adequado apoio prestado pelo Batalhão Logístico.

5.6 O APOIO DO BATALHÃO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES EM AMBIENTES COM CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS

Para fins de preparo e emprego da F Ter, os ambientes com características especiais estão divididos nos seguintes tipos: de selva; de pantanal; de caatinga; e de montanha.

A seguir, serão apresentadas as características dos ambientes com características especiais e as peculiaridades do apoio logístico em cada uma delas.

5.6.1 O APOIO LOGÍSTICO NO AMBIENTE OPERACIONAL DE SELVA

Fundamentalmente, as funções logísticas não sofrem alterações substanciais nos seus princípios de emprego, sofrendo adaptações para se ajustar ao meio.

O apoio logístico apresenta as seguintes condicionantes: necessidade de adoção de metodos, processos e técnicas especiais; dificuldade de manter a sistemática rotineira do fluxo logístico, resultante do isolamento das áreas de combate; inclusão das bases de combate na cadeia de apoio logístico; planejamento centralizado e execução descentralizada e flexível, decorrente da deficiência dos meios de transporte e das grandes distâncias; e utilização de diversificados eixos de transporte na mesma operação, como trilhas, estradas, vias aquáticas e campos de pouso.

Devido à carência de estradas e áreas para desdobramento da BLB, as instalações logísticas podem ser desdobradas em embarcações.

a. Reflexos para as Funções Logísticas

O Batalhão Logístico distribui o suprimento nas instalações logísticas das bases de combate de valor unidade. Excepcionalmente e caso os meios permitam, pode realizar o suprimento nas bases valor subunidade.

Reflexos para o suprimento: processos especiais para o Sup Cl I, como preposicionamento, podem ser empregados; devido ao ambiente operacional, há elevado consumo de Sup Cl II; como resultado dos grandes deslocamentos, há alto consumo de Sup Cl III, podendo ser transportados em balsas e distribuídos em reservatórios próprios para transporte de combustível em pequenas quantidades; há reduzido consumo de Sup Cl V(M); pela presença de doenças tropicais e pelas condições climáticas, estima-se elevado consumo de Sup Cl VIII, resultando num nível de estoque adequado; o consumo de Pç e Cj Rep é elevado, principalmente de material de engenharia (motor de popa e embarcações) e armamento.

Quando se aborda a função logística transporte, verifica-se que: há deficiência de vias de transporte; ampla utilização do modal aquático em todos os escalões; possibilidade, ainda que remota, do emprego de animais para a suplementação do transporte; o transporte aéreo, tanto de asa fixa, como de asa móvel, é, por vezes, necessário para complementar os demais, trazendo reflexos para a localização da BLB próximo a um aeródromo; em determinadas situações, o suprimento pode ser lançado de paraquedas ou em lançamento vertical em queda livre; aviões anfíbios podem ser empregados quando há áreas adequadas à amerissagem; e pontos de transferência de carga são frequentemente necessários e são operados por elementos do B Log.

Em relação à saúde, os reflexos são: estimativa de elevado número de baixas; dificuldade de evacuação no interior da selva; necessidade de se cerrar o apoio de saúde junto ao destacamento logístico; todos os meios de transportes devem ser empregados na evacuação; necessidade de ênfase à medicina preventiva e saneamento e higiene.

A função logística manutenção possui os seguintes reflexos: grande demanda de manutenção dos materiais de comunicações, armamento, materiais de engenharia (motores de popa e embarcações); necessidade de destacar Seç L Mnt, em reforço às unidades de primeiro escalão.

Em relação à função logística recursos humanos: deve-se atentar para a aclimatação da tropa; dificuldade de evacuação de mortos, o que pode gerar normas específicas e, dependendo da situação, pode-se valer de cemitérios provisórios em escalões mais baixos e uso dos cemitérios civis já existentes na região; e amplo emprego de mão de obra local.

b. A Organização para o apoio

Considerando as grandes frentes, a dificuldade de realização dos transportes e a influência do meio ambiente sobre eles, bem como a dissociação no emprego dos meios de combate, impõe-se, na maioria das vezes, o desdobramento do batalhão em uma BLB e Destacamentos Logísticos.

Para se beneficiar da segurança e propiciar o apoio cerrado, os Destacamentos Logísticos podem se desdobrar nas bases de combate de valor unidade. A BLB desdobra-se em local que permita atender ao esforço principal.

O desdobramento de mais de um Dst Log cria dificuldades para o comando e controle, repartição de meios e descentralização de pessoal. Entretanto, esta pode ser a única forma de cerrar o apoio aos elementos de 1º escalão.

5.6.3 O APOIO LOGÍSTICO NO AMBIENTE OPERACIONAL DE PANTANAL

O apoio logístico no pantanal sofre consequências da restrição ao movimento de tropas por meios de transporte rodoviário. Há amplo emprego de embarcações nos deslocamentos. Existe a dificuldade de manutenção do fluxo de apoio logístico, devido aos obstáculos.

Os meios aéreos são empregados para complementar a logística.

Reflexos para o suprimento: devido ao ambiente operacional, há elevado consumo de Sup Cl II; elevado consumo de Sup Cl III; há reduzido consumo de Sup Cl V(M); o consumo de Pç e Cj Rep é elevado, principalmente de material de engenharia (motor de popa e embarcações) e armamento.

5.6.4 O APOIO LOGÍSTICO NO AMBIENTE OPERACIONAL DE CAATINGA

Neste ambiente, há grande dificuldade de obtenção de recursos locais. Há um aumento da necessidade de tratamento e distribuição de água, aliado à dificuldade de pontos de captação de água para se realizar o tratamento.

A vegetação do ambiente de caatinga exige vestimenta específica, o que reflete no planejamento de Classe II.

A malha rodoviária é reduzida, necessitando de um apoio da engenharia para manutenção das vias e ampliação da sua capacidade.

5.6.5 O APOIO LOGÍSTICO NO AMBIENTE OPERACIONAL DE MONTANHA

Os reflexos para a função logística suprimento são: emprego de processos especiais de suprimento; adoção de intervalos de suprimento maiores; dificuldade de distribuição de água, fruto das necessidades estruturais das vias para os deslocamentos das cisternas de água; e aumento da demanda de material Cl II, devido aos materiais específicos de escalada.

Em relação à função logística saúde, quando a operação é executada em clima frio, estima-se um acréscimo de baixas devido à hipotermia e congelamento de partes do corpo.

Para a atividade de transporte, o ambiente operacional apresenta os seguintes reflexos: necessidade de suplementação do transporte por meio aéreo; necessidade de integrar diferentes modais de transporte.

CAPÍTULO VI
O EXAME DE SITUAÇÃO DO COMANDANTE DO BATALHÃO LOGÍSTICO

6.1 GENERALIDADES

Os princípios básicos que regulam o Exame de Situação do Comandante do Batalhão Logístico são os mesmos de qualquer outro comandante. Sua aplicação, entretanto, é afetada pelo caráter técnico e especializado da maioria das atividades logísticas e pela variedade das mesmas.

O planejamento do B Log apresenta aspectos de grande complexidade, pois, em síntese, além de equacionar o cumprimento da missão de apoio, que é de natureza técnica e específica, tem que levar em conta a manobra tática dos elementos apoiados, com suas dificuldades e as soluções possíveis.

O Anexo D a este manual apresenta um memento do Exame de Situação do Comandante Logístico, bem como, seus produtos e insumos.

6.2 SISTEMÁTICA DO EXAME DE SITUAÇÃO DO COMANDANTE LOGÍSTICO

O exame de situação é um processo lógico e continuado de raciocínio, pelo qual um comandante e seu estado-maior consideram todas as circunstâncias que possam interferir no cumprimento da missão.

A missão da GU influi sensivelmente na orientação do exame de situação do comando do batalhão, uma vez que a missão do B Log depende, essencialmente, da manobra da tropa apoiada. As linhas de ação que o batalhão venha a adotar devem estar em condições de apoiar, eficientemente, essa manobra.

O exame de situação de um comandante de B Log pode assumir aspectos diferentes, conforme a missão da GU e, particularmente, conforme a ocasião em que é feito, exigindo, por vezes, uma adaptação para atender a casos particulares.

Os prazos disponíveis e a experiência já adquirida podem permitir a realização de um exame de situação simplificado.

Tão logo o comandante do batalhão tenha ciência de uma nova situação, imediatamente inicia o exame correspondente. Se não houver conhecimento das linhas de ação da tropa apoiada, procede ao exame de fatores que independem daquelas linhas de ação, a fim de que, quando o comandante da GU expuser suas linhas de ação, tenha condições de, rapidamente, informar qual a L Aç que pode contar com melhor apoio do B Log.

O exame de situação do comandante do batalhão desenvolve-se por meio de uma reunião do estado-maior, em lugar conveniente, sob sua direção. Normalmente, participam o subcomandante, o S-1, o S-2, o S-3, o S-4, o Ch COL, o oficial de comunicações e os adjuntos do S-3 e do S-4.

Durante o exame de situação, o comandante do batalhão deve emitir ordens preparatórias (O Prep) ou ordens de alerta (O Alr), a fim de que os elementos subordinados tomem conhecimento da missão e iniciem seus preparativos para o seu cumprimento.

6.3 AS ETAPAS DO EXAME DE SITUAÇÃO DO COMANDANTE LOGÍSTICO

6.3.1 ANÁLISE DA MISSÃO E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

a. A interpretaç ao da intenc̃ ̧ ao e da missã o dos Escalões Superiores̃

Deve ser executada tanto pelo comandante, quanto pelo seu estado-maior. Deve ser feita em curto intervalo de tempo e tem a finalidade de permitir que o comandante saiba exatamente o que o batalhão vai realizar e apresentar ao seu estado-maior uma diretriz para o exame de situação.

Para a execução do exame de situação, serão consideradas a missão, a intenção do escalão superior e as limitações dos órgãos de apoio logístico do escalão superior.

Poderão ser expedidas diretrizes preliminares, permitindo que as SU iniciem ou prossigam seus trabalhos de comando, de forma simultânea e concorrente, em todos os níveis de planejamento.

O Cmt B Log toma conhecimento da missão da força apoiada pela ordem de operações da força, ordem preparatória ou ordem verbal do comandante da mesma.

b. Enunciado da missão

Pode ser enunciado de um modo genérico ou por intermédio de missão logística específica, conforme a situação em que o batalhão se encontre.

c. Ações a realizar

Durante a análise da missão, o comandante deve relacionar todas as ações que o batalhão terá que realizar para o cumprimento da missão que lhe foi imposta. Essas ações são levantadas e colocadas numa sequência, tomando-se por base, particularmente, a situação tática, as imposições do escalão superior, o prazo, o terreno e outras condicionantes da situação em curso.

Mesmo após terminada a análise da missão, isto é, durante o prosseguimento do exame de situação, podem surgir outros dados que induzam, ainda, ao levantamento de outras ações a realizar.

As ações mais comuns para o batalhão são: ultrapassar (outros elementos de apoio), apoiar as ações (especificar) da GU; deslocar e desdobrar os meios; defender as instalações; e ficar em condições de apoiar (prosseguimento ou ultrapassagem)

d. Condições de execução

A missão recebida pode vir complementada por outros encargos que o batalhão deve ficar em condições de executar. Dentre eles, destacam-se: as imposições do escalão superior; o prazo disponível para o início do cumprimento da missão; e a largura e a profundidade da zona de ação da tropa apoiada.

e. Conclusão - Novo enunciado da missão

Ao concluir a análise da missão, o comandante do batalhão está em condições de apresentar ao seu estado-maior, para o prosseguimento do exame de situação, uma diretriz, na qual constem o novo enunciado da missão e as principais ações que o batalhão tem que realizar.

Continuando o exame de situação e após o contato com o comandante da força apoiada, outros dados podem surgir que, acrescentados aos itens já levantados na análise da missão, vão construir o parágrafo segundo da ordem de operações do batalhão.

6.3.2 SITUAÇÃO E SUA COMPREENSÃO

Nesse ponto, deve-se expressar, claramente e de uma maneira lógica e ordenada, os aspectos da situação que possam afetar o apoio logístico e influenciar no estabelecimento das linhas de ação, visando ao cumprimento da missão. São eles:

a) operação a ser apoiada: nesse item, é analisada a natureza das operações a apoiar, bem como a composição, efetivos e necessidades peculiares da força apoiada, com vistas a determinar os fatores que poderão influir na finalidade e no vulto da missão de apoio. Normalmente, os seguintes dados, extraídos da diretriz ou da missão do escalão superior, são os mais comuns: dispositivo atual e futuro dos principais elementos táticos da força; dispositivo atual e futuro das instalações logísticas dos elementos apoiados; linhas de ação para o cumprimento da missão da GU; operações futuras da GU apoiada;

b) natureza das operações a apoiar: analisar a natureza das operações a apoiar, de forma a traçar o perfil do combate, que permitirá que as necessidades logísticas sejam estimadas. Este perfil do combate identificará, ao longo do tempo, as ações realizadas pelos elementos apoiados, identificando a intensidade dessas ações e considerando cada elemento apoiado isoladamente, se for possível. A partir desse perfil, será executada a estimativa logística, que prevê a demanda de apoio ao longo do tempo;

c) força apoiada: é considerado o dispositivo dos principais elementos da força apoiada. Consideram-se os dispositivos no início da operação que possam exigir reajustamento das operações logísticas. Estabelecem-se as necessidades de apoio no início da operação e em cada fase subsequente. Determinam-se as técnicas especiais de apoio ou procedimentos exigidos pela situação tática;

d) necessidades especiais: estudar os equipamentos especiais, o apoio a outras for- ças, o apoio a civis, refugiados, deslocados e evacuados, prisioneiros de guerra e outros.

a. Características da Área de Responsabilidade

O S-2 realiza e apresenta um estudo sucinto das condições meteorológicas e do terreno (situação existente) e quais os prováveis efeitos sobre as operações do batalhão. O estudo dos eixos de transporte e da rede rodoviária é de relevante importância para a manobra logística e deve presidir a análise das características da área de responsabilidade. Os aspectos a seguir são estudados:

1) características fisiográficas: no estudo do relevo, a análise da compartimentação do terreno tem em vista a determinação de prováveis regiões para a ocupação da base logística. Quanto às regiões dominantes, deve se preocupar com aquelas que possam servir para a defesa da base logística contra ataques do inimigo terrestre infiltrado;

2) aspectos psicossociais: considera-se, ainda, o grau de engajamento da população nacional no esforço de guerra e a atitude da população existente na área de responsabilidade. Deve-se levantar a existência de deslocados, refugiados e evacuados e a necessidade de apoio logístico, assim como o auxílio necessário aos demais civis na área de responsabilidade;

3) recursos locais: a existência de mão de obra especializada, construções, instalações de saúde, manutenção, transportes, recreação e outros recursos locais que possam ser aproveitados são, também, levados em conta no estudo das características da área de responsabilidade;

4) condições meteorológicas: o S-2 examina a previsão para o período correspondente às operações e suas implicações para o apoio logístico;

5) vias de transporte: devem ser levados em consideração os cursos de água, os obstáculos, as pontes e estradas, visando aos deslocamentos e à determinação da EPS. A existência ou não de vegetação influi na camuflagem. São levantadas as necessidades de reparos na infraestrutura de transporte a ser utilizada, bem como, a frequência desses reparos, de forma a permitir a coordenação com os seus órgãos gestores para a manutenção preditiva. Da mesma forma, são levantadas as vias transversais, os portos e as áreas de pouso liberadas pela ação terrestre que poderão ser usadas como alternativas e oferecerão flexibilidade ao fluxo de suprimento;

6) obstáculos e pontos críticos: são identificados os obstáculos, como rios, lagos e cadeias de montanha, e pontos críticos, como pontes, viadutos, regiões de passagem estreitas e localidades. Suas influências no apoio logístico quanto ao aspecto segurança, também, são levantadas; e

7) regiões favoráveis aos desdobramentos de instalação logística ou ao estabelecimento de bases logísticas: são identificadas, de acordo com as características anteriores e considerando-se as distâncias envolvidas e a facilidade de defesa, para posterior definição da articulação dos meios de apoio logístico.

Os aspectos acima devem ser integrados por intermédio de calcos, sistemas de informações geográficas ou outros métodos disponíveis e deve-se concluir sobre os efeitos das características da área de responsabilidade sobre o apoio logístico, levando em consideração cada uma das funções logísticas.

Deve-se concluir sobre: as regiões favoráveis para o desdobramento do batalhão; vias que podem ser usadas para os deslocamentos e para servirem como EPS; regiões favoráveis à instalação do PC; e as regiões favoráveis à instalação de postos de vigilância.

b. Meios logísticos disponíveis na área de responsabilidade

Levantam-se os meios logísticos militares e civis mobilizáveis existentes na área de responsabilidade, particularmente, as organizações militares logísticas singulares. Deve-se conhecer as áreas de desdobramento e suas condições de mobilidade. As possibilidades desses meios deverão ser examinadas em linhas gerais, ainda sem a preocupação de quantificá-las. Por último, examina-se também os meios disponíveis para a segurança da área de retaguarda da DE, quando for o caso.

c. Forças Inimigas

O estudo é realizado pelo S-2 por meio da análise de todas as informações disponíveis sobre o inimigo, omitindo apenas o que for julgado sem importância para o exame. A finalidade é a determinação das possibilidades do inimigo que representam uma ameaça ao cumprimento da missão do batalhão. O exame é concluído citando-se as peculiaridades, deficiências e possibilidades do inimigo que possam interessar diretamente ao emprego do batalhão.

Normalmente, a atuação de forças irregulares e especiais, da força aérea, de unidades de QBRN e da artilharia inimiga são as possibilidades que produzem maior efeito sobre as operações do B Log. São enumeradas, ainda, as possibilidades do inimigo levantadas pela tropa apoiada, destacando-se aquelas que poderão interferir diretamente no emprego do B Log, tais como: inimigo aéreo, infiltrações, guerrilheiros, paraquedistas e blindados.

d. Nossas Forças

O S-3 levanta a situação tática e logística das unidades da GU. O S-1 e o S-4 se atentam ao apoio logístico interno. Já o S-2 estuda os aspectos relativos à segurança da unidade. Devem ser abordados os aspectos que se seguem:

1) Situação Logística

A situação de cada atividade logística das GU e do próprio batalhão é analisada. Leva-se em conta ainda a localização das instalações logísticas do escalão superior que apoia a GU, da própria força apoiada e dos elementos ultrapassados (quando for o caso).

A finalidade é fazer o confronto entre as necessidades com as disponibilidades de apoio. Verificam-se os seguintes aspectos:

a) suprimento: situação das dotações, restrições e diretrizes impostas pelo Esc Sp e horários de abertura e fechamento das instalações;

b) transporte: disponibilidade de meios orgânicos e não orgânicos, eixos princi- pais, distâncias de apoio, velocidades e outros;

c) saúde: disponibilidade de instalações hospitalares na Z Aç da Bda, número de leitos disponíveis, meios de evacuação e outros;

d) manutenção: facilidades disponíveis e outros;

e) recursos humanos: disponibilidade de recompletamentos e meios para presta- ção de serviços, como sepultamento, serviço postal, repouso e outros;

f) engenharia: possibilidade dos meios disponíveis; e

g) salvamento: capacidade dos meios disponíveis e possibilidade de acionamento de meios do Esc Sup.

2) Situação dos Meios Logísticos

Em relação aos meios logísticos, são levados em consideração: a localização e amplitude de apoio; elementos destacados; reforços recebidos; meios retirados e outros aspectos relevantes; efetivos, moral, instrução e adestramento que poderão influir no cumprimento da missão de apoio logístico; situação das dotações; e disponibilidades do material que poderá influir no cumprimento da missão de apoio logístico.

3) Situação de Comunicação Social

Identificar os efeitos da situação de Comunicação Social que poderão influir no cumprimento da missão de apoio logístico.

4) Situação de Assuntos Civis

Identificar os efeitos da situação de Assuntos Civis que poderão influenciar no cumprimento da missão de apoio logístico.

e. Forças Amigas

Levantam-se as forças amigas não orgânicas, sob o enfoque das implicações para a logística, considerando a hipótese de apoio eventual e a possibilidade de proteção das instalações logísticas do B Log.

f. Facilidades e dificuldades

O estado-maior levanta as facilidades e as dificuldades previstas na situação existente ou projetada que possam influir no cumprimento da missão. Essas dificuldades surgem das considerações dos itens anteriores e são comparadas por ocasião da análise das linhas de ação logísticas.

Ainda, neste subitem, deverão ser relacionadas as carências logísticas visualizadas, subsidiando o planejamento das necessidades de apoio do escalão superior.

As possibilidades do inimigo, o nosso dispositivo (esquema de manobra da GU), o terreno, a situação logística existente, os prazos, as restrições e a carência de meios são as dificuldades mais comumente encontradas.

O resultado obtido representará a etapa conclusiva do item SITUAÇÃO E SUA COMPREENSÃO, particularmente no que se refere às dificuldades e será utilizado nas fases seguintes do Exame de Situação.

6.3.3 POSSIBILIDADES DO INIMIGO, LINHAS DE AÇÃO E CONFRONTO

a. Possibilidades do Inimigo

A partir da fase anterior, as possibilidades do inimigo de atuar no sistema de apoio logístico serão determinadas.

b. Linhas de Ação

Na formulação das linhas de ação, são considerados os fatores que seguem:

1) regiões para desdobramento do batalhão: a amplitude da zona de ação na LC/LP ou LAADA e a necessidade de apoiar até determinada linha do terreno são aspectos que podem levar à escolha de várias regiões para desdobramento. Essas regiões apresentam vantagens maiores em relação a um ou outro aspecto, como as possibilidades da rede de estradas, a cobertura oferecida pelo terreno, a localização do

PC e o dispositivo logístico da tropa apoiada;

2) centralização das atividades logísticas e dos meios: o batalhão busca a centralização, mas é possível que surjam linhas de ação de atuação descentralizada;

3) ocupação da base logística: quando é dada liberdade ao batalhão e quando o tempo é fator preponderante, podem ser montadas linhas de ação diferentes em torno da ocupação de mais de uma base logística e da oportunidade dos deslocamentos dos meios de uma para outra área;

4) tipo de manobra: a composição da tropa apoiada e o tipo de manobra adotado (ou ambos) podem acarretar linhas de ação diferentes quanto às atividades logísticas a cargo do batalhão.

Outros fatores podem surgir em situações especiais e devem ser examinados pelos oficiais de estado-maior, cujas funções mais de relacionem com o estudo.

De posse das linhas de ação levantadas pelo EM, haverá condições de se determinar as necessidades para cada função logística nas diversas linhas de ação e de formular soluções para o atendimento das necessidades e para o apoio ao cumprimento da missão. Após isso, verifica-se a determinação das atividades logísticas. Para isso, deve-se estudar a composição das forças, sua estrutura de comando e os seus efetivos. A seguir, determinam-se as necessidades logísticas, utilizando-se de fatores necessários para cada função logística, em cada linha de ação. Também será quantificado o impacto das necessidades especiais das forças apoiadas e outros fatores relacionados que poderão afetar a missão de apoio.

Uma solução para o cumprimento da missão deverá começar pela organização do apoio logístico e apresentar uma proposta para a delimitação da área de responsabilidade. Deve-se considerar o papel de cada elemento a apoiar. Em seguida, visualiza-se o desdobramento logístico para apoio à missão, selecionando as localidades mais apropriadas para tal; e

5) estudo das funções logísticas: detalha-se o estudo das funções logísticas, consolidando as reais necessidades de cada uma delas e as possibilidades dos meios militares existentes e daqueles civis mobilizáveis, já levantados anteriormente. Esse estudo visa a detalhar a linha de ação, checar sua viabilidade e quantificar os meios necessários, quando for o caso. Pode concluir, ainda, que a L Aç em avaliação tem condições de ser apoiada total ou parcialmente, ou mesmo não ser apoiada, devendo-se necessariamente propor modificações que viabilizarão sua execução.

Uma linha de ação finalizada deverá determinar, o mais detalhadamente possível, “O QUE”, “QUEM”, “QUANDO”, “ONDE” e “COMO”, a seguir explicado:

1) determinação do “O QUE”: indicará as ações a realizar, necessárias para apoiar certa força no cumprimento de suas missões;

2) determinação do “QUEM”: indicará, com precisão, a força a ser apoiada e o elemento responsável pelo apoio;

3) determinação do “QUANDO”: normalmente, traduzirá a oportunidade na qual o B Log deverá estar em condições de prestar o apoio, ou em condições de prestar a uma ou mais etapas específicas do apoio total. Poderá ser expresso por um grupo datahora ou a partir de um evento específico, como o atingimento de uma fase da operação;

4) determinação do “ONDE (DE ONDE, POR ONDE, PARA ONDE)”: geralmente, indicará o local do desdobramento ou estabelecimento das instalações logísticas, o destino final de determinados tipos de apoio, a designação dos eixos de transporte e outros aspectos ligados à localização geográfica do apoio; e

5) determinação do “COMO”: poderá indicar a forma de apoio, a situação de comando e outros aspectos julgados relevantes.

c. Análise das Linhas de Ação Logísticas

Para a análise das linhas de ação, devem ser listados os fatores que tenham reflexos na decisão, com a definição daqueles que são preponderantes no exame em curso. Esse procedimento tem a finalidade de verificar se as possibilidades do inimigo, selecionadas pelo S-2, quando comparadas com as linhas de ação da tropa apoiada, podem trazer alguma implicação para o emprego do batalhão. Caso isso aconteça, devem ser levadas em consideração no momento de se comparar as nossas linhas de ação.

Cada linha de ação deve ser analisada segundo as dificuldades levantadas anteriormente (fatores preponderantes), para determinar o efeito provável de cada dificuldade, quanto ao êxito de cada linha de ação.

A análise deve ser feita para cada situação (atitude e dispositivo) da tropa apoiada e para cada atividade (logística e manobra) que deve ser desempenhada pelo B Log. Para cada mudança de atitude ou de dispositivo por parte da tropa apoiada, deve ser feita uma análise das necessidades de apoio logístico (tomada do dispositivo inicial, conquista de objetivos intermediários e finais e prosseguimento).

Cada solução logística enunciada deve ser analisada, reagindo-a com cada dificuldade relacionada no subitem anterior. Devem ser determinadas as prováveis consequências para cada linha de ação logística, incluindo aspectos críticos, locais, prazos e dificuldades. Essa análise poderá ser feita cronologicamente para todo o cumprimento da missão, por função e atividade logística ou apenas de um evento considerado crítico. A escolha do método depende do tempo disponível e da situação existente.

A solução logística deve ser aperfeiçoada, descendo-se ao nível de detalhamento compatível com a missão do B Log, buscando os seguintes aspectos: a provável consequência de cada solução logística, incluindo suas partes ou aspectos críticos, locais, prazos e dificuldades; a sincronização logística do campo de batalha; aperfeiçoamento dos itens “O QUE”, “QUANDO”, “ONDE” e “COMO”; redução do grau de risco, considerando todas as possibilidades do inimigo levantadas; e levantamento das vantagens e desvantagens.

6.3.4 COMPARAÇÃO DAS LINHAS DE AÇÃO

A comparação das soluções logísticas tem por finalidade determinar, para cada função logística, aquela que melhor assegurará o cumprimento da linha de ação correspondente. Há vários processos para se determinar a melhor L Aç. Dois deles são mais comumente usados. Um dos processos consiste em levantar, para a comparação, todas as vantagens e desvantagens de cada L Aç.

Outro processo elege certos fatores prioritários ou princípios, fazendo-os reagir com as L Aç. Os fatores de comparação, normalmente utilizados, são: manobra, terreno, segurança e situação logística.

Em relação ao fator segurança, pode-se utilizar uma matriz de risco para verificar se a L Aç é exequível.

Quanto ao nosso dispositivo, pode-se utilizar os seguintes fatores: facilidade de coordenação, de controle de comunicações e ligações; flexibilidade de apoio; maior permanência nos trabalhos; apoio cerrado; e continuidade do apoio.

Em se tratando do momento de ocupação da BLB, o fator mais comum é o sigilo dos movimentos e da operação.

Já em relação às possibilidades do inimigo, após a confirmação e considerando-se os fatores preponderantes para cada caso, o comandante pode chegar à conclusão sobre a solução mais adequada para cada problema.

Quanto às L Aç logísticas, cada linha de ação será comparada, levantando as vantagens e desvantagens da L Aç Log e indicando aquela que melhor apoia a brigada.

Em relação à L Aç da manobra da Bda, procura-se comparar, a partir do resultado da análise e da comparação das L Aç Log, indicando a manobra proposta que melhor será apoiada pela logística.

Por fim, vale destacar que não há L Aç perfeita. Haverá, normalmente, algum fator sobre o qual a L Aç apresentará uma vantagem marcante. Caberá ao comandante da brigada definir a preponderância de um ou mais fatores sobre os outros.

A matriz de apoio à decisão que se encontra no EB70-MC-10.216, “A Logística nas Operações”, 1ª Edição, 2019, auxilia na comparação de L Aç utilizando-se fatores distintos ou aqueles julgados mais importantes para a manobra logística considerada.

6.3.5 DECISÃO

Nesse ponto do exame de situação, o comandante tem condições de decidir por uma linha de ação para cada aspecto considerado. Esta decisão, no entanto, não é definitiva, pois depende, ainda, de uma confirmação que será feita por meio de reconhecimento no terreno. Por isso, a decisão que é tomada com base, apenas, no exame de situação da carta, leva o nome de decisão preliminar e estabelece uma prioridade a ser seguida durante os reconhecimentos, nos aspectos que deles dependam.

O plano de reconhecimento é elaborado tendo como origem a decisão preliminar. Somente após a exposição dos relatórios feitos ao comandante pelos executantes dos reconhecimentos é que aquele toma uma decisão definitiva sobre como o batalhão vai cumprir sua missão.

Em decorrência da decisão, os oficiais do estado-maior preparam e expedem as ordens de alerta, que são normalmente transmitidas de forma verbal aos comandos subordinados e demais oficiais executantes. Posteriormente, são confirmadas em uma ordem de operações distribuída aos elementos subordinados.

O Anexo C desse manual apresenta modelos de decisão para as operações básicas.

O Anexo E desse manual apresenta um modelo de Ordem de Operações do Batalhão Logístico.

ANEXO A MODELO DE PLANO DE RECONHECIMENTO DE BLB

(Classificação Sigilosa)
(Modifica / Não modifica ordens verbais)

EXEMPLAR Nr __ de __ cópias Unidade

Localização do PC
Data/Hora da assinatura
Indicativo de Referência

ANEXO ___ À ORDEM DE OPERAÇÕES Nr / B Log

Rfr: (carta, escala, edição, folha, etc.)

1. GENERALIDADES

a. Locais e Itinerários a serem reconhecidos

1) Locais

- Rg Faz ARAÚJO (3560), Rg Faz GUAXINIM (3862), Rg SÍTIO SANTO ANTÔNIO
(3864), conforme Calco de Propostas de Áreas e E Sup Ev (Apêndice D), nessa prioridade.

2) Itinerários

- Rv 357 (3855), Rv 423 (4070), Estrada 2, 3 e 5, conforme Calco de Propostas de Áreas e E Sup Ev (Apêndice D), nessa prioridade. b. Tempo disponível

1) Primeiro Escalão: de D-4/0600 até D-4/1600.

2) Segundo Escalão: de D-3/0600 até D-3/1600 (Obs: quando houver).

2. CONSTITUIÇÃO

a. Primeiro Escalão

- Cmt B Log, S-1, S-2, S-3 e S-4, Ch COL, Cmt SU, Of Com e Elm Eng, SFC. b. Segundo Escalão (Obs: quando houver) - S-3, Cmt SU + 1 Of Subalterno, Guias.

3. EXECUÇÃO

a. S-2 e S-3

- Reconhecer os itinerários para os E Sup Ev e E Sup Ev alternativos, particularmente a Ponte sobre o Rio JACUTINGA (4070) e o Mvt P Cot 550, 601 e 497 (4453).

- Reconhecer as áreas propostas quanto à conveniência e à segurança, sobretudo visando à utilização de instalações civis.

b. Ch COAL, Cmt Cia Log Sup, Cmt Cia Log RH, Cmt Cia Log Mnt

- Reconhecer o local e propor áreas de desdobramento de suas respectivas SU em ordem de prioridade, levantando condições favoráveis e desfavoráveis. c. Cmt Cia Log Trnp

- Reconhecer o local e propor áreas de desdobramento da SU em ordem de prioridade, levantando condições favoráveis e desfavoráveis.

- Reconhecer itinerário quanto à capacidade de transporte das Vtr (condições do terreno, classes de pontes, túneis, etc).

d. Cmt Cia C Ap

- Reconhecer locais vulneráveis a ataques e emboscadas do Inimigo nas áreas e itinerários, particularmente ao longo da Rv 357, no trecho que liga a Loc SAMPAIO (3855) à Loc CACHOEIRA (4255), e pontos de comandamento ao redor da Rg Faz ARAÚJO (3560). e. Oficial de Comunicações

- Reconhecer as áreas e itinerários quanto à eficácia das Comunicações.

- Reconhecer local da Instalação do PC do B Log. f. Oficial Médico

- Reconhecer existência de vetores transmissores de doenças que possam comprometer a saúde dos militares.

- Reconhecer localização de instalações de higiene e saúde.

3. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. Entrega dos Relatório do Rec 1o Esc: até D-2/1600

b. Atentar para a comparação da carta com o terreno, com a finalidade de atualização.

____________________

Cmt B Log

Confere:_______________

S-2/ B Log

ANEXO B MODELO DE PLANO DE MOVIMENTO

(Classificação Sigilosa)

(Modifica / Não modifica ordens verbais)

EXEMPLAR Nr __ de __ cópias
Unidade
Localização do PC
Data/Hora da assinatura
Indicativo de Referência

ANEXO ___ (PLANO DE MOVIMENTO) À ORDEM DE OPERAÇÕES Nr/ B Log

Rfr: (carta, escala, edição, folha, etc.)

1. SITUAÇÃO

a. Forças Inimigas

1) Composição

2) Localização

3) Atividades mais recentes

4) Movimentos

5) Identificação

6) Possibilidades que possam influir na missão de Ap Log à Op

b. Forças Amigas

1) Intenção do Cmt do Esc imediatamente superior

2) Escalão Superior e sua missão

3) Unidades vizinhas e interpostas

4) Elementos de segurança

5) Elementos em apoio

c. Meios recebidos e retirados

1) Recebidos …………...., em (Ref, Ct Op) a partir de ......... até ..............

2) Retirados ..............................., em .............a partir de ......... até ..............

2. MISSÃO

a. Enunciado da missão

b. Intenção do Cmt

3. EXECUÇÃO

No primeiro subparágrafo, dar o conceito da operação. Nos subparágrafos seguintes, dar a tarefa específica de cada elemento subordinado, incluindo sua organização e meios recebidos.

____________________

(Classificação Sigilosa)

(Modifica / Não modifica ordens verbais) Continuação do Plano de Movimento XXo B Log Fl __ / __

No caso de movimentos preparatórios ou marchas administrativas, os primeiros subparágrafos farão apenas referência aos anexos, QUADRO DE MOVIMENTO E QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE VIATURAS (ESTE ÚLTIMO QUANDO FOR O CASO) e QUADRO DE EMBARQUE (Ver Manual C25-10 – Transportes Motorizados). Isto é feito porque estes documentos condensam todas as medidas e ordens particulares referentes aos elementos subordinados e que, normalmente, constariam dos diversos subparágrafos do parágrafo 3. No último subparágrafo intitulado “PRESCRIÇÕES DIVERSAS”, detalhar as medidas de coordenação e controle aplicáveis às unidades como um todo, bem como as instruções específicas dos elementos, cuja repetição em todos os subparágrafos sobrecarregaria por demasiado a Ordem de Movimento.

4. LOGÍSTICA

Instruções relativas à logística, inclusive prescrições logísticas aplicáveis à operação, tais como suprimentos, disponibilidade em serviços, evacuação e pormenores sobre trânsito e alimentação da tropa.

As instruções logísticas são, frequentemente, incluídas em um anexo à O Mvt denominado PLANO LOGÍSTICO, ao qual se deve fazer referência.

5. COMUNICAÇÕES E ELETRÔNICA

Incluir instruções relativas ao emprego das comunicações e eletrônica, bem como os locais do PC durante e após o movimento.

Acuse estar ciente

a)________________________

Cmt XXo B Log

Anexos:

Distribuição:

Confere:

________________________

S-3/XXo B Log

____________________

(Classificação Sigilosa)

ANEXO C MODELOS DE DECISÃO

1. DECISÃO PARA A OPERAÇÃO DE MARCHA PARA O COMBATE

a. A fim de permitir o cumprimento da missão da 23ª Bda C Mec, na M Cmb Coberta, a partir de D/0700, na Direção Geral SOLEDADE (328542) – CRUZ ALTA (220648), pelo E Prog AZUL E VERDE, para a Conq da Rg de MARSELHESA (324970) (O1), o 23º B Log deverá:

1) seguir à retaguarda da Coluna de Marcha pelo E Prog AZUL até os Elm 1º Esc atingirem a L Ct JIBOIA;

2) quando os Elm em 1º Esc atingirem a L Ct JIBOIA, e Mdt O, desdobrar a BLB na Rg de ENTROCAMENTO DE ESTRADAS (234954), para apoiar a 23ª Bda C Mec até a L Ct JARARACA;

3) quando os Elm 1º Esc atingirem a L Ct JARARACA, e Mdt O, realizar a mudança da BLB para a Rg Faz ESPERANÇA (264956), para apoiar a 23ª Bda C Mec até a L Ct CORAL;

4) quando os Elm em 1º Esc atingirem a L Ct CORAL, e Mdt O, realizar a mudança da BLB para a Rg de P Cot 851 (282960), para apoiar a 23ª Bda C Mec até a Conq O1;

5) após a Conq O1, e Mdt O, realizar a mudança da BLB para a Rg Faz SETE MARIAS (300956), para apoiar a 23ª Bda C Mec na Mnt Obj e desdobrar o 1º Dst Log na Rg Faz MARSELHESA (324970), para apoiar Elm na Z Aç do 231º RC Mec, na Mnt de O1; e

6) ficar ECD apoiar a ultrapassagem pela 51ª Bda Inf Mec e apoiar o prosseguimento para o Norte.

b. Empregará:

1) até a Conq de O1:

a) a Cia Log Sup, a Cia Log Trnp, a 112ª Cia Sau Avç/12º B Sau e a

112ª Cia RH Avç/12º B RH em Ap Cj; e

b) a Cia Log Mnt (-), em Ap Cj, destacando:

(1) 1ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 231º RC Mec;

(2) 2ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 232º RC Mec; e (3) 3ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 233º RCB.

2) na Mnt de O1:

a) a 112ª Cia Sau Avç/12º B Sau e a 112ª Cia RH Avç/12º B RH em Ap Cj;

b) a Cia Log Sup (-) em Ap Cj, destacando Elm necessários para desdobrar:

(1) 1 (um) P Distr Cl I Avç; e (2) 1 (um) P Distr Cl III Avç.

c) a Cia Log Trnp (-) em Ap Cj, destacando Elm necessários para

apoiar a Cia Log Sup no desdobramento de: (1) 1 (um) P Distr Cl I Avç; e (2) 1 (um) P Distr Cl III Avç.

d) a Cia Log Mnt (-), em Ap Cj, destacando:

(1) 1ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 231º RC Mec;

(2) 2ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 232º RC Mec; e

(3) 3ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 233º RC Mec.

2. DECISÃO PARA A OPERAÇÃO DE ATAQUE

a. A fim de permitir o cumprimento da missão da 24ª Bda C Bld, a partir de D+1/0200, na ultrapassagem da 21ª Bda C Mec e no ataque na Direção Geral PENEDO (888666) – VOLTA ALEGRE (999222), para a conquista e manutenção da Rg P Cot 666 (123456) (O1), Rg P Cot 777 (876876) (O2) e Rg P Cot 690 (804804) (O3), o 24º B Log deverá:

1) desdobrar a BLB na Rg Entr ESTRADAS (999888), para apoiar a 24ª Bda C Bld até a Conq Obj;

2) após a Conq Obj, e Mdt O, realizar mudança da BLB/24ª Bda C Bld, para a Rg CASARIO (123123), para apoiar a 24ª Bda C Bld na Mnt Obj; e

3) ficar ECD apoiar uma ultrapassagem e o prosseguimento para W.

b. Empregará:

1) A Cia Log Sup, a Cia Log Trnp, a 132ª Cia Log RH Avç/3º B RH e a 132ª Cia Sau Avç/3º B Sau em Ap Cj; e

2) A Cia Log Mnt (-) em Ap Cj, destacando:

a) 1ª Sec L Mnt em Ap Dto ao 241º RCC;

b) 2ª Seç L Mnt em Ap Dto à FT 242º RCC;

c) 3ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 243º BIB; e

d) 4º Seç L Mnt em Ap Dto ao 244º BIB.

3. DECISÃO PARA A OPERAÇÃO DE APROVEITAMENTO DO ÊXITO

a. A fim de permitir o cumprimento da missão da 24ª Bda C Bld, a partir de D+1/0200, no Apvt Exi, na Direção-Geral PENEDO (888666) – VOLTA ALEGRE (999222), a partir da L Ct ALFA, pelos E Prog FURACÃO E AÇO, para a Conquista e Manutenção da Rg P Cot 666 (123456) (O1), Rg P Cot 777 (876876) (O2) e Rg P Cot 690 (804804) (O3), o 24º B Log deverá:

1) manter desdobrada a BLB na Rg Entr ESTRADAS (999888), até que os Elm 1º Esc atinjam a L Ct DELTA;

2) quando Elm 1º Esc atingirem a L Ct DELTA, e Mdt O, realizar mudança da BLB para a Rg CASARIO (123123), para apoiar a 24ª Bda C Bld até a L Ct FOXTROT;

3) quando Elm 1º Esc atingirem a L Ct FOXTROT, e Mdt O, realizar mudança da BLB para a Rg ESCOLA (223223), para apoiar a 24ª Bda C Bld até a Conq Obj;

4) após a Conq Obj, e Mdt O, realizar mudança da BLB para a Rg Entr ESTRADAS (111222), para apoiar a 24ª Bda C Bld na Mnt Obj; e

5) em final de missão, ficar ECD apoiar uma ultrapassagem e o prosseguimento para W.

b. Empregará:

1) A Cia Log Sup, a Cia Log Trnp, a 132ª Cia Log RH Avç/3º B RH e a

132ª Cia Sau Avç/3º B Sau em Ap Cj; e

2) A Cia Log Mnt (-) em Ap Cj, destacando:

a) 1ª Sec L Mnt em Ap Dto ao 241º RCC;

b) 2ª Seç L Mnt em Ap Dto à FT 242º RCC;

c) 3ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 243º BIB; e

d) 4º Seç L Mnt em Ap Dto ao 244º BIB.

4. DECISÃO PARA A OPERAÇÃO DE MOVIMENTO RETRÓGRADO

a. A fim de permitir o cumprimento da missão da 21ª Bda C Mec, a partir de D-7/0600, na ação retardadora em posições sucessivas, na direção geral CHAPECÓ (123456) – CONCÓRDIA (789123), entre a PIR e o LAADA, e no Aclh na P Def da 12ª DE, o 21º B Log deverá:

1) desdobrar a BLB na Rg Faz VITÓRIA (228896), para apoiar a 21a Bda C Mec na PIR, P2 e P3. Abrir o Dst Log Nr 1 na Rg P Cot 451 (240928), para apoiar os Elm na Z Aç do 211o RC Mec na PIR, tendo como limite de emprego a P3. Abrir o Dst Log Nr 2 na Rg P Cot 465 (224930), para Ap os Elm na Z Aç do 212º RC Mec na PIR, tendo como limite de emprego a P3;

2) antes dos Elm 1oEsc iniciarem o retraimento da PIR para a P2, e Mdt O, realizar a mudança do Dst Log Nr 1 para a Rg CEMITÉRIO (246918), para apoiar os Elm na Z Aç do 211o RC Mec na P2, tendo como limite de emprego a P4, e realizar a mudança do Dst Log Nr 2 para a Rg CANAS (226916), para Ap os Elm na Z Aç do 212o RC Mec na P2, tendo como limite de emprego a P4;

3) antes de Elm 1oEsc iniciarem o retraimento da P2 para a P3, e Mdt O, fechar o Dst Log Nr 2, reunindo os meios logísticos na BLB, na Rg Faz VITÓRIA (228896), e realizar mudança do Dst Log Nr 1 para a Rg EUCALIPTAL (238904), para Ap os Elm na Z Aç do 211º RC Mec na P3, tendo como limite de emprego a P5;

4) antes de Elm 1oEsc iniciarem o retraimento da P3 para a P4, e Mdt O, fechar o Dst Log Nr 1, reunindo os meios logísticos na BLB na Rg Faz VITÓRIA

(228896) e mudar a BLB para a Rg de ENTROCAMENTO DE ESTRADAS (514872), para apoiar a 21a Bda C Mec na P4 e P5; e

5) antes de Elm 1oEsc iniciarem o retraimento da P5 para a P6, e Mdt O, realizar mudança da BLB para a Rg P Cot 497 (252822), para apoiar a 21a Bda C Mec na P6, no Aclh na P Def da 13a e 14a DE e como reserva da FTC CAVEIRA.

b. Empregará:

1) para apoiar a PIR e P2:

a) a Cia Log Sup (-) em Ap Cj, destacando Elm Nec para constituir:

(1) 2 (dois) P Distr Cl I Avç;

(2) 2 (dois) P Distr Cl III Avç; e

(3) 2 (dois) P Distr Cl V(M) Avç.

b) a Cia Log Mnt (-) em Ap Cj, destacando:

(1) 1ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 211º R C Mec; (2) 2ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 212º R C Mec; e (3) 3ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 213º RCB.

c) a 113a Cia Sau Avç(-)/3o B Sau em Ap Cj, destacando Elm Nec para reforçar:

(1) 1 (um) PS em apoio ao Dst Log Nr 1; e (2) 1 (um) PS em apoio ao Dst Log Nr 2.

d) a Cia Log Trnp (-) em Ap Cj, destacando Elm Nec para apoiar a Cia Log Sup no desdobramento de:

(1) 2 (dois) P Distr Cl I Avç;

(2) 2 (dois) P Distr Cl III Avç; e

(3) 2 (dois) P Distr Cl V(M) Avç;

e) a 132ª Cia Log RH Avç/3º B RH em Ap Cj.

2) Para apoiar a P3:

a) a Cia Log Sup (-) em Ap Cj, destacando Elm Nec para constituir:

(1) 1 (um) P Distr Cl I Avç;

(2) 1 (um) P Distr Cl III Avç; e

(3) 1 (um) P Distr Cl V(M) Avç.

b) a Cia Log Mnt (-) em Ap Cj, destacando:

(1) 1ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 211º R C Mec; (2) 2ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 212º R C Mec; e (3) 3ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 213º RCB.

c) a 113a Cia Sau Avç(-)/3o B Sau em Ap Cj, destacando Elm Nec para

reforçar 1 (um) PS em apoio ao Dst Log Nr 1;

d) a Cia Log Trnp (-) em Ap Cj, destacando Elm Nec para apoiar a Cia Log Sup no desdobramento de:

(1) 1 (um) P Distr Cl I Avç;

(2) 1 (um) P Distr Cl III Avç; e

(3) 1 (um) P Distr Cl V(M) Avç.

e) a 132ª Cia Log RH Avç/3º B RH em Ap Cj.

3) para apoiar a P4 e a P5:

a) a Cia Log Sup, a Cia Log Trnp, a 132ª Cia Log RH Avç/3º B RH e a

113ª Cia Sau Avç/3o B Sau em Ap Cj; e

b) a Cia Log Mnt (-) em Ap Cj, destacando:

(1) 1ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 211º R C Mec; (2) 2ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 212º R C Mec; e

(3) 3ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 213º RCB.

4) Para apoiar a P6, Aclh e como reserva da FTC:

- o 21o B Log em Ap Cj.

5. DECISÃO PARA A OPERAÇÃO DE DEFESA EM POSIÇÃO

a. A fim de permitir o cumprimento da missão da 51ª Bda Inf Mec, apoiar, a partir de D/0200, o acolhimento da 21ª Bda C Mec, e a defesa no corte do RIBEIRÃO DO ROQUE (256558), na zona de ação compreendida entre o Rio DAS PEDRAS (442564) a W e Barragem VELHA (483592) a E , desdobrando a BLB na Rg Entr ESTRADAS (999888).

b. Empregará:

1) a Cia Log Sup, a Cia Log Trnp, a 132ª Cia Log RH Avç/3º B RH e a 132ª Cia Sau Avç/3º B Sau em Ap Cj;

2) a Cia Log Mnt (-) em Ap Cj, destacando:

a) 1ª Sec L Mnt em Ap Dto ao 511º BIMec;

b) 2ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 512º BI Mec; e

c) 3ª Seç L Mnt em Ap Dto ao 513º BI Mec.

ANEXO D

MEMENTO DO EXAME DE SITUAÇÃO DO COMANDANTE LOGÍSTICO

Resumo do Exame de Situação do Comandante Logístico

ANEXO E
MODELO DE ORDEM DE OPERAÇÕES

(Classificação Sigilosa)

(Não modifica ordens verbais)

EXEMPLAR Nr 01 DE 17 CÓPIAS

51º B Log
Rg CRICIUMAL (fora da carta)
261700 JUL A
YW - 21

ORDEM DE OPERAÇÕES Nr 001

Rfr: Crt RS, Esc 1:100.000, Fl TRÊS PASSOS - CAMPO NOVO – F. WESTPHALEN -
PALMEIRA DAS MISSÕES – CHAPECÓ – SARANDI.

1. SITUAÇÃO

a. Forças Inimigas

1) Composição: o Ini pode atuar na DTA balizada pela Rdv 01 com 1 (uma) Bda C Bld, incidindo na Z Aç da 51ª Bda C Mec.

2) Localização: a partir da L Ct BANGU, é provável o encontro com o inimigo (LPE).

3) Atv mais recentes: em 230800 JUL A, a inteligência azul identificou a concentração de um RI Mec e El CC Vm próximos à Rg de fronteira.

4) Movimentos: não há informações.

5) Identificação: não há informações.

6) Possibilidades que possam influir na missão de Ap Log à Op:

a) o Ini pode atuar com artilharia, empregando Lç Fgt 127 AP, com emprego de Mun especial, prioritariamente sobre instalações logísticas;

b) executar atividades de MAGE e MAE;

c) atuar com elementos do 1º/3ª/3º Batalhão de Comandos, particularmente, na ZAç, em instalações Log e nos comboios de Sup; e

d) a FAe inimiga tem meios de obter superioridade aérea na Rg Op por curtos espaços de tempo.

b. Forças Amigas

1) Intenção do Cmt da 51ª Bda Inf Mec: não há.

2) Escalão Superior e sua missão: a 51ª Bda Inf Mec deverá realizar M Cmb Coberta, a partir de D/0700, pela DTA CRICIUMAL (fora da carta) – ERECHIM (fora da carta), pelo E Prog ANIL, para Conq Rg ENTRONCAMENTO DE ESTRADAS (316978), O1, Rg que por OESTE domina o corte do Rio PASSO FUNDO (322956). Após a Conq dessa região, ficar ECD prosseguir para LESTE, manter o Obj e apoiar a Ultr da 21ª Bda C Mec.

3) Unidades vizinhas e interpostas: a 52ª Bda Inf Mec encontra-se à S da nossa Z Aç e a12ª DE encontra-se à S da Z Aç da 11ª DE.

4) Elementos de segurança: 51º Pel PE.

5) Elementos em apoio: 51º GAC 155 AP; 51ª Bia AAAe Mec; 51ª BE Cmb Mec e 51ª Cia Com Mec.

c. Meios Recebidos e Retirados

1) Recebidos:

- Cia Sau Avç/1º B Sau e Cia RH Avç/1º B RH, a partir de 252300 JUL A, até o fim da missão.

2) Retirados: nenhum.

2. MISSÃO

a. A fim de permitir o cumprimento da missão da 51ª Bda Inf Mec, apoiar uma M Cmb Coberta, a partir de D/0700, na DTA CRICIUMAL (fora da carta) – ERECHIM (fora da carta), pelo E Prog ANIL, apoiar a Ultr da 21ª Bda C Mec, apoiar Conq Rg ENTRONCAMENTO DE ESTRADAS (316978), O1, Rg que por OESTE domina o corte do Rio PASSO FUNDO (322956). Após a Conq dessa região, ficará ECD apoiar o prosseguimento para LESTE, a manutenção do Obj e apoiar uma nova ultrapassagem.

b. Minha intenção é apoiar a missão da Bda, assegurando flexibilidade e rapidez na execução das tarefas logísticas. Deverá ser priorizada a continuidade do apoio e a centralização dos meios logísticos, exceto na função logística manutenção. A utilização de destacamento logístico avançado (DLA) está autorizada, mediante coordenação com os Elm apoiados.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação

1) Manobra

a) O 51º B Log, para apoiar a 51ª Bda Inf Mec deverá:

(1) a partir de D/0700, seguir à esteira da Coluna de Marcha pelo E Prog ANIL;

(2) quando os Elm em 1º Esc atingirem a L Ct BANGU (LPE), desdobrar a BLB/51ª Bda Inf Mec na Rg CEMITÉRIO (234980), para apoiar a 51ª Bda Inf Mec na M

Cmb até que Elm 1º Esc atinjam a L Ct REALENGO;

(3) quando os Elm em 1º Esc atingirem a L Ct REALENGO, e Mdt O, realizar a mudança da BLB/51ª Bda Inf Mec para a Rg CASARIO (282988), para apoiar a 51ª Bda nf Mec até a conquista de O1;

(4) após a Conq de O1, e Mdt O, realizar a mudança da BLB para a Rg ENTRONCAMENTO DE ESTRADAS (296986), para apoiar a 51ª Bda Inf Mec na Mnt do Obj. Abrir o Dst Log Nr 1 na Rg de ENTRONCAMENTO DE ESTRADAS (316978), para apoiar Elm 1º Esc na Mnt O1; e

(5) Ficar ECD apoiar a ultrapassagem da 21ª C Mec e o prosseguimento para LESTE.

b) Empregará

(1) Até a conquista de O1:

(a) a Cia Log Sup, a Cia RH Avç/1º B RH, a Cia Log Trnp, e a Cia Sau Avç/1º B Sau em Ap Cj; e

(b) a Cia Log Mnt (-), em Ap Cj, destacando:

- 1(uma) Seç L Mnt Ap Dto ao 511º BI Mec;

- 1(uma) Seç L Mnt Ap Dto ao 512º BI Mec;

- 1(uma) Seç L Mnt Ap Dto ao 513º BI Mec; e

- 1(uma) Seç L Mnt Ap Dto ao 514º RCC; (2) Para a manutenção de O1:

(a) a Cia Log Sup (-) em Ap Cj, destacando:

- Elm Nec para constituir 1 (um) P Distr Cl I Avç; e

- Elm Nec para constituir 1 (um) P Distr Cl III Avç;

(b) a Cia Log Mnt (-), em Ap Cj, destacando:

- 1(uma) Seç L Mnt Ap Dto ao 511º BI Mec;

- 1(uma) Seç L Mnt Ap Dto ao 512º BI Mec;

- 1(uma) Seç L Mnt Ap Dto ao 513º BI Mec;

- 1(uma) Seç L Mnt Ap Dto ao 514º RCC; e - Elm Nec para constituir 1 (um) P Col Slv Avç; (c) a Cia RH Avç/1º B RH (-) em Ap Cj, destacando: - Elm Nec para constituir 2 (dois) P Ban Avç; e

- Elm Nec para constituir 1 (um) P Col Mor Avç; (d) a Cia Sau Avç/1º B Sau em Ap Cj; (e) a Cia Log Trnp (-) em Ap Cj, destacando:

- Elm Nec para apoiar o Dst Log Nr 1.

2) Desdobramento Logístico

- Apêndice I ao Anexo A: Calco de desdobramento.

3) Guerra Eletrônica

………………………

b. Cia C Ap

1) Desdobramento: Anexo “A”.

2) Prover a segurança da BLB.

3) Anexo “C”- Plano de DEFAR.

4) Anexo “D”- Plano de CD.

c. Cia Log Sup

1) Suprimento

a) Classe I

(1) P Sup: na Rg CRICIUMAL (FORA DA CARTA).

(2) P Distr Cl I: na BLB/51ª Bda Inf Mec, e no Dst Log Nr 1, para a manutenção de O1.

(3) Horário de distribuição: às 1500h do dia anterior ao consumo.

(4) Reajustamento de rações: a cada 4 dias, tendo sido o último realizado em D.

(5) Mudanças de intervalo: Intervalo de Rç passará de 4 para 5 em D-3.

(6) Tipos de Rç:

(1) R2 de D até consolidação de O1; e

(2) Ração quente durante a manutenção do objetivo e após ultrapassagem

pela 21ª Bda C Mec;

b) Classe III

(1) P Sup: Módulo de Suprimento do 11º B Sup, na BLT desdobrado na localidade de CRICIUMAL (FORA DA CARTA).

(2) P Distr Cl III: na BLB/51ª Bda Inf Mec, e no Dst Log Nr 1, para a manutenção de O1.

(3) UC da Bda: 44.900 L OD.

(4) Créditos diários para a Bda: conforme estimativa realizada pela GU.

(5) Relatório Diário de Situação: remeter ao E-4/51ª Bda Inf Mec até às 1800h.

(6) Processo de Distr: na unidade, por meio de troca de Vtr e/ou camburões. c) Classe IV

- Será fornecido pela BLT, desdobrada na localidade de CRICIUMAL (FORA DA CARTA), desde já, diretamente nas AT/ATE das unidades.

d) Classe V (M)

(1) P Sup: Módulo de Suprimento do 11º B Sup desdobrado na localidade de CRICIUMAL (FORA DA CARTA).

(2) PCM: no P Distr Cl V (M) na BLB/51ª Bda Inf Mec.

(3) Processo de Distr: na unidade.

(4) Munição diária Dspn para os dias sucessivos:

- Obus 155 AP: 70 tiros por arma (TPA) até a L Ct BANGU e 110 TPA para o

restante da operação; e

- Mrt 81 mm: 20 TPA até a L Ct BANGU e 35 TPA para o restante da operação.

(5) Demais: a necessária, conforme cálculos de estimativa logística.

(6) Está autorizado o consumo de até 50% da DO.

(7) Mun para consumo imediato: deverá ser solicitada com antecedência mínima de 24 horas.

(8) Composição da DO:

- Obus 155 AR: 100 TPA. - Mrt 81 mm: 220 TPA.

e) Classe X

(1) Cartas topográficas disponíveis para distribuição, Mdt solicitação ao E-2/51ª Bda Inf Mec, até D-2.

(2) Água

- Autorizado somente o consumo de água tratada na BLB.

(3) Artigos controlados

- Vtr de todos os tipos.

d. Cia Log Mnt

1) Organização para o apoio:

- 1(uma) Seç L Mnt Ap Dto ao 511º BI Mec;

- 1(uma) Seç L Mnt Ap Dto ao 512º BI Mec;

- 1(uma) Seç L Mnt Ap Dto ao 513º BI Mec; - 1(uma) Seç L Mnt Ap Dto ao 514º RCC; e - Cia Log Mnt (-) em apoio ao conjunto à Bda.

2) Instalações do Esc Sp: a 112ª Cia L Mnt, desdobrada na região de CRICIUMAL (FORA DA CARTA) desde já, poderá prestar Ap Dto ao 51º B Log, Mdt solicitação. 3) P Tec MB, P Distr MB, P Col Slv: conforme Anexo A .

4) Manutenção:

a) módulo de Manutenção do 11º B Mnt desdobrado na localidade de CRICIUMAL (FORA DA CARTA);

b) o apoio em manutenção aos Elm Man valor unidade deverá ser o mais cerrado possível;

c) prioridades: Vtr Mec, Vtr Bld, Armt P, Armt L, IODCT e Com Elt;

d) prioridade de complementação de Ev pela 112ª Cia L Mnt: material que necessite Mnt 3º Esc. A 11ª Cia L Mnt informa que tem dificuldades para a complementação da Ev de Eqp P da 51ª Bda Inf Mec;

e) o CLFTC autorizou o Cmt 51º B Log a alterar os níveis de Mnt previstos na

NGA, mediante coordenação;

f) material salvado e capturado - P Col Slv na BLB/51ª Bda Inf Mec.

- Informar ao 51º B Log, diariamente, até 1900h, sobre o material que tenha excedido às possibilidades de Ev das unidades.

g) a 112ª Cia L Mnt poderá prestar Ap Dto ao 51º B Log, Mdt solicitação; e (h) níveis de Mnt

- Na OM: até 6 horas; - No B Log: até 24 horas; - Nos B Mnt: até 72 horas.

e. Cia Sau Avç/1º B Sau

1) Instalações do Esc Sp: 11º H Cmp: desdobrado na BLT na localidade de CRICIUMAL (FORA DA CARTA), desde já.

2) P Trg, P Distr Cl VIII: Anexo A.

3) Evacuação:

a) Cia Sau Avç/1º B Sau desdobrada no PAA da BLB/51ª Bda Inf Mec, aberto desde já; e

b) Prioridade para a Ev Aem:

- 511º BI Mec, 514ºRCC, 512º BI Mec, 513º RCC e 51º Esqd C Mec, nesta ordem; e

- feridos graves, caso necessário, podem ser evacuados por Ev Aem diretamente para o 3º Esc.

4) Manutenção: (prioridades)

………………………

5) Suprimento

………………………

f. Cia RH Avç/1º B RH

1) Desdobramento: Anexo A.

2) P Col Mor, P Lav, Agência Postal: Anexo A.

3) Prisioneiros de guerra e civis internados: P Col PG na BLB da Bda.

4) Civis internados e refugiados: ficar ECD prestar apoio humanitário em caráter emergencial até a chegada de organismos internacionais.

5) Recompletamento

- Quadro de Necessidades de Recompletamento: quando houver necessidade, anexo ao Relatório de Perdas.

- Pel Rcomp: na BLB/51ª Bda Inf Mec.

- Distr dos Rcomp para as unidades: D+1/1800, na BLB/51ª Bda Inf Mec.

6) Repouso, recreação e recuperação: Mdt O, após substituição. 7) Sepultamento: P Col Mor na BLB/51ª Bda Inf Mec.

g. Cia Log Trnp

1) Transporte:

a) EPS: Principal para a 51ª Bda Inf Mec: Rdv 01;

b) PBCE: a regular;

c) restrições:

- LEP: até L Ct BUTIÁ; e

- LET: após L Ct BUTIÁ;

d) prioridades para Trnp: tropa, Sup e Ev, nesta ordem;

e) as LEP/LET não têm implicado em redução de velocidade para Ev; e

f) velocidade máxima: 20 km/h durante toda operação.

h. Outros elementos recebidos

Não há.

i. Prescrições Diversas

1) Limites: entre o Rio URUGUAI a N e a linha que une o P Cot 630 (302972) ao P Cot 622 (320972) a S.

2) Dispositivo pronto: dispositivo pronto com início do deslocamento em 270700 JUL A.

3) Distância de segurança: 21 km da L Ct REALENGO.

4) Distância máxima de apoio: 60 km.

5) LEP: até L Ct BUTIÁ.

6) LET: após L Ct BUTIÁ.

7) Plano de deslocamento da BLB/51ª Inf Mec: Anexo E e Apêndices.

8) EEI: condições e capacidades da EPS no trecho entre a L Ct BUTIÁ e O1.

9) Prioridade de apoio para: 511º BI Mec, 514º RCC, 512º BI Mec e 513º BI Mec .

10) Relatórios especiais: não há.

11) Outras informações de apoio logístico:

- estradas de terra natural não podem ser utilizadas para o transporte logístico; e

- em tempo seco, o solo é firme mas não permite o movimento de viaturas de apoio logístico através campo.

4. LOGÍSTICA

a. Generalidades

As Cia do B Log e os Elm recebidos em reforço serão apoiados na AT. As Seç L Mnt receberão apoio nas ATE dos Elm apoiados.

b. Suprimento

1) Classe I

a) P Distr Cl I/Btl: na BLB/51ª Inf Mec.

b) Cozinhas: na área da Cia C Ap.

c) Horário de distribuição das refeições:

- café da manhã: de 0530 até 0730h;

- almoço: de 1100h até 1230h; - jantar: de 1730 até 1900h; e - ceia: de 2030 até 2200h.

d) Água: somente está autorizado o consumo de água tratada pela BLB.

2) Classe II

- O fardamento será fornecido por ocasião do banho, quando for o caso.

- Demais materiais devem ser solicitados via Enc Mat/U.

3) Classe III

- P Distr Cl III/Btl: na BLB/51ª Bda Inf Mec.

- Créditos diários: conforme estimativa realizada pelas U.

4) Classe V(M)

a) P Distr Cl V (M) na BLB/51ª Bda Inf Mec.

b) Munição disponível: a necessária.

c) Créditos: conforme estimativa realizada pelas U.

d) Está autorizado o consumo de até 50% da DO.

e) Mun para o consumo imediato: deverá ser solicitada com antecedência mínima de 24 horas.

f) Processo de Distr: na Unidade. 5) Classe X

.........................................

c. Transporte

1) Circulação e controle de trânsito

a) Restrições

(1) LEP: até L Ct BUTIÁ

(2) LET: após L Ct BUTIÁ

(3) Prioridades de Trnp: tropa, Sup e Ev, nesta ordem.

2) EPS: Rdv 01.

3) DMA: 60 km.

4) Velocidade das Vtr Sup: 20 km/h.

d. Saúde

1) PS: na área da Cia C Ap.

2) Evacuação

a) Cia Sau Avç/1º B Sau desdobrada na BLB/51ª Bda Inf Mec.

b) Prioridade para Ev Aem: 511º BI Mec, 514º RCC, 512º BI Mec, 513º 512º BI Mec e 53º Esqd C Mec, nesta ordem.

c) Capacidade do PAA: 40 leitos.

d) Velocidade média das Vtr Amb: 60 km/h.

e) Média de capacidade de transporte de feridos por Vtr Amb: 4 homens.

f) Tempo médio de trabalho das Vtr Amb: 6 h/dia (já descartados os tempos de embarque e desembarque).

g) Distancia média do percurso de evacuaçâo: 45 km.

h) Feridos graves, caso necessário, podem ser evacuados por Ev Aem diretamente

para o 3º Esc.

e. Manutenção

1) O apoio em manutenção aos Elm valor unidade deverá ser o mais cerrado possível.

2) Prioridades: Vtr Mec, Vtr Bld, Armt P, Armt L, IODCT e Com Elt.

3) Material salvado e capturado

a) P Col Slv na BLB/51ª Bda Inf Mec.

b) Será informado ao 51º B Log, diariamente, até 1900h, sobre o material que

tenha excedido as possibilidades de Ev das unidades.

4) Níveis de Mnt

a) No B Log: até 24 horas.

b) Nos B Mnt: até 72 horas.

f. Recursos Humanos

1) Controle de Efetivos

Os SUDIPE deverão dar entrada na Bda até 2000h, com término de período às 1800h.

2) Prisioneiros de guerra e civis internados: informar diariamente ao E-2/Bda até às 2000h.

3) Recompletamento

a) Pel Rcomp: na BLB/51ª Bda Inf Mec.

b) Distr dos Rcomp para as unidades: após consolidação de O1, na BLB/51ª Bda Inf Mec.

c) Processo de Rcomp que deverá ser utilizado:

(1) Sgt: igualar claros.

(2) Sd: proporcional aos claros.

4) Mão de obra

- Proibida a utilização de mão de obra civil.

5) Repouso, recreação e recuperação

- nas dependências desdobradas pela Cia RH Avç/1º B RH.

6) Suprimento reembolsável

- Cantina Mv na BLB/51ª Bda Inf Mec.

7) Serviço Postal: na BLB/51ª Bda Inf Mec.

8) Banho e Lavanderia: P Ban e lavanderia localizado na BLB/51ª Bda C Mec.

9) Sepultamento: P Col Mor na BLB/51ª Bda Inf Mec.

g. Diversos

.........................

5. COMANDO E COMUNICAÇÕES

a. Comunicações

1) Índice das IE Com Elt: 1-30.

2) Centros de comunicações: conforme anexo P à O Op 51ª Bda Inf Mec.

3) Rádio:

a) Sal K – QRR (omitido).

b) Prescrições rádio

(1) Silêncio

- Após atingir a L Ct IGUAÇU.

(2) Restrito para

(a) Ultrapassagem da F Cob.

(b) rede de alarme.

(3) Livre

- Quando for estabelecido o Ctt com o Ini.

4) Multicanal

a) Sal L – QSMC (omitido).

b) Prio para ligação MCC para os enlaces perpendiculares ao E Prog ANIL.

5) Circuitos físicos

a) Sal M – Diagrama de Circuitos (omitido).

b) As Tu Cnst devem ser Ref quando estiverem trabalhando próximas de localidades e à noite.

6) Mensageiros

a) Sal N – Carta Itn Msg Esp (omitido).

b) Os Msg deverão ser duplos, percorrer Itn diferentes e escoltados, quando próximos a localidades e à noite.

c) As Msg ultrassecretas e secretas e as volumosas que tenham precedência U e UU poderão ser conduzidas por Msg Mtz, Mdt solicitação dos Elm responsáveis.

d) Durante a preparação para o Ataque, deverão ser utilizados mensageiros especiais.

e) Após a Org da P Def, deverão ser utilizados mensageiros de escala, SFC.

7) Outros meios

a) Permitida a sinalização visual do 1º Esc para a Rtgd.

b) Proibido o uso de artifícios pirotécnicos até ser Estb o Ctt com o Ini.

c) Liberada a utilização de meios acústicos somente para alarme.

d) O emprego de meios diversos está liberado, antes de ser Estb o Ctt com o Ini, a

mais de 8 km dos Elm 1º Esc.

8) Recursos locais

Utilização de instalações civis somente com autorização da 11ª DE.

b. Postos de Comando

c. Outras Prescrições

1) Medidas de Proteção Eletrônica/Com: NGA Com Elt.

2) Proibida a escuta de estações de radiodifusão.

3) Dspo Com pronto em D-1/1600.

4) Utilização de recursos locais Mdt O.

6. RECURSOS HUMANOS E ASSUNTOS CIVIS

a) Recursos Humanos

1) Administração de Recursos Humanos

a) Controle de efetivo: SUDIPE até às 2000h, com término de período às 1800h.

b) Está autorizado o preenchimento de claros por pessoal habilitado em curso ou estágio específico, independente da QMG/QMP.

c) Movimentação: suspensas as transferências no âmbito da Bda até segunda ordem.

2) Assistência aos Recursos Humanos

a) Está sustada a concessão de licenças.

b) Assistência Religiosa: será prestada às OM Subd durante a preparação para o ataque, mediante coordenação com o SAREX/11ª DE.

3) Disciplina e justiça militar

........................................

4) Prisioneiros de guerra e civis internados

a) Campo de PG da FTC na localidade de XXXXXX (FORA DA CARTA).

b) P Col PG/51ª Bda Inf Mec: a regular.

c) Evacuação a cargo do 51º Pel PE.

b. Comunicação Social e Assuntos Civis

1) Comunicação Social

.................................

2) Assuntos Civis

a) Governo

b) Serviços públicos

c) Atividades especiais

d) Ação comunitária

Acuse estar ciente.

______________

Cmt 51º B Log

Anexos:

A – Inteligência

B – Plano de Def AR

C – Plano de C Dan

D – Plano de deslocamento da BLB

E – Logística

F – Plano de circulação e controle de trânsito

G – Plano de emprego de mão de obra civil (omitido)

Distribuição: Lista G

Confere:

________________

S-3/51º B Log

LISTA DE DISTRIBUIÇÃO

1. ÓRGÃOS INTERNOS EXEMPLARES
- Asse Dout ...................................................................................... 01
- DES Mil ...................................................................................... 01
- DET Mil ...................................................................................... 01
- ECEME ...................................................................................... 01
- EsAO ...................................................................................... 01
- AMAN ...................................................................................... 01
- EsSEx ...................................................................................... 01
- ESA ...................................................................................... 01
- EsSLog ...................................................................................... 01
2. ÓRGÃOS EXTERNOS
- C Dout Ex ...................................................................................... 01
- COLOG ...................................................................................... 01
- CMSE ...................................................................................... 01
- CMS ...................................................................................... 01
- CMO ...................................................................................... 01
- CMP ...................................................................................... 01
- CML ...................................................................................... 01
- CMNE ...................................................................................... 01
- CMN ...................................................................................... 01
- CMA ...................................................................................... 01

COMANDO DO EXÉRCITO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO EXÉRCITO

Rio de Janeiro, RJ, de janeiro de 2020.

http://www.doutrina.decex.eb.mil.br