Brasão das Armas Nacionais da República
						Federativa do Brasil

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA-GERAL DO EXÉRCITO

Brasão das Armas Nacionais da República
						Federativa do Brasil
(Revogado pela PORTARIA – DEC/C Ex Nº 071, DE 14 DE AGOSTO DE 2023(*)Republicação)

PORTARIA Nº 084 - DEC, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2018.

O CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, no uso das atribuições constantes do inciso VI e VII, do art. 3º do Regulamento do Departamento de Engenharia e Construção (R-155), aprovado pela Portaria nº 891, do Comandante do Exército, de 28 de novembro de 2006 e em conformidade com o parágrafo único do art. 5º, o inciso II do art. 11 e o caput do art. 44, das Instruções Gerais para as Publicações Padronizadas do Exército (EB 10-IG-01.002), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 770, de 7 de dezembro de 2011, resolve:

Art. 1º Aprovar o Boletim Técnico DME nº 24 - Material de Engenharia – Notícias e Normatização – Edição 2018.

Art. 2º Determinar que esta portaria entre em vigor na data de sua publicação.




ÍNDICE DE ASSUNTOS

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO .......................... 1-1
CAPÍTULO II – GENERALIDADES .......................... 2-1
2.1 RELAÇÃO DE MATÉRIAS PUBLICADAS NOS BOLETINS TÉCNICOS Nº 1 a 23. .......................... 2-1
2.2 RELAÇÃO DOS MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DA CLASSE VI .......................... 2-10
2.3 FORMAS DE CONTATO COM A DME .......................... 2-16
CAPÍTULO III- GRUPOS GERADORES DE ENERGIA
3.1 CLASSIFICAÇÃO .......................... 3-2
3.2 ESQUEMA BÁSICO DE FUNCIONAMENTO .......................... 3-3
3.3 LEVANTAMENTO DE CARGA .......................... 3-4
3.4 CONSIDERAÇÕES NO DIMENSIONAMENTO .......................... 3-5
3.5 DIMENSIONAMENTO .......................... 3-9
3.6 Erro! Argumento de opção desconhecido. .......................... 3-17
3.7 SUPRIMENTO .......................... 3-18
3.8 OPERAÇÃO .......................... 12
3.9 MANUTENÇÃO .......................... 3-25
CAPÍTULO IV - EMBARCAÇÃO GUARDIAN
4.1 EMPREGO .......................... 4-1
4.2 OPERAÇÃO .......................... 4-1
4.3 MANUTENÇÃO .......................... 4-2
4.4 DOCUMENTAÇÃO .......................... 4-3
CAPÍTULO V - PADRONIZAÇÃO DE MATERIAL
5.1 EMBARCAÇÃO TÁTICA .......................... 5-1
5.2 MOTORES DE POPA .......................... 5-1
5.3 EMBARCAÇÕES PNEUMÁTICAS .......................... 5-1
5.4 SUPORTES FLUTUANTES PNEUMÁTICOS .......................... 5-1
CAPÍTULO VI - A CATALOGAÇÃO
6.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................... 6-1
6.2 A ESTRUTURA DOS SISTEMAS DE CATALOGAÇÃO .......................... 6-1
6.3 A OBTENÇÃO DE DADOS PARA CATALOGAÇÃO .......................... 6-3
6.4 RESUMO DO PROCESSO PARA CATALOGAR MEM DA CLASSE VI .......................... 6-3
6.5 A GESTÃO A PARTIR DO NSN .......................... 6-4
CAPÍTULO VII - FLUXO DE SUPRIMENTO POR DESCENTRALIZAÇÃO DE RECURSOS
7.1 SISTEMA DE GESTÃO DO MATERIAL CLASSE VI (SGM Cl VI) .......................... 7-1
7.2 FLUXO DE SUPRIMENTO PELO SGM Cl VI .......................... 7-1
7.3 FLUXO DE SUPRIMENTO A PEDIDO .......................... 7-2
ANEXO
TABELA DE LEVANTAMENTO DE CARGAS .......................... A-1
GLOSSÁRIO
PARTE I – ABREVIATURAS E SIGLAS .......................... B-1
PARTE II – TERMOS E DEFINIÇÕES .......................... B-4
REFERÊNCIAS .......................... C-1

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

1.PALAVRAS DO DIRETOR DE MATERIAL DE ENGENHARIA

"A operacionalidade de uma tropa está intimamente ligada à disponibilidade do seu material". Com as mesmas palavras que fecharam o Boletim Técnico nº 23, em 2000, quando da extinção da Diretoria de Material de Engenharia (DME), a história é retomada neste Boletim Técnico nº 24, em uma nova fase de sua existência, mantendo os mesmos ideais e valores, em busca da disponibilização dos meios adequados para contribuir com o aprestamento e a prontidão da Força Terrestre. Os boletins técnicos da Diretoria de Material de Engenharia são publicações destinadas a prestar informações, normatizar e padronizar procedimentos relativos ao material de engenharia, especialmente os materiais de emprego militar da classe VI (MEM Cl VI). A entrega de novas capacidades, ou a renovação das capacidades atuais, com o emprego de meios modernos, com novas tecnologias que agregam valor ao desempenho, a partir dos conceitos doutrinários estabelecidos e bem compreendidos, constitui o negócio da DME. A partir desta premissa, inicia-se esta nova fase.

O Decreto nº 9.317, de 20 de março de 2018, oficializou a criação da Diretoria de Material de Engenharia (DME). A mesma DME havia sido criada em 1915 e extinta em 2000, enquanto era integrante do Departamento de Material Bélico, no contexto de transformação e modernização da estrutura organizacional do sistema logístico por que passou o Exército Brasileiro. Após longo período sem a existência da DME, com uma natural e progressiva degradação do conhecimento e da cultura institucional na gestão dos MEM Cl VI, destacou-se a necessidade de retomada da capacidade de gestão destes meios. Parte importante do trabalho foi realizada, inicialmente, na Assessoria 3 do próprio DEC. A recriação da DME foi, então, decidida e o Núcleo da DME foi ativado com a Portaria nº 1251 do Comandante do Exército, de 9 de setembro de 2015. Nesta nova fase de sua existência, a DME é subordinada, como Órgão de Apoio Setorial, ao Departamento de Engenharia e Construção. A Diretoria é, atualmente, o órgão técnico-normativo encarregado da logística de todo MEM Cl VI do Exército Brasileiro. Todo este esforço decorre de estudos conduzidos no âmbito do, então, Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE), hoje denominado Programa Estratégico do Exército Sistema de Engenharia, mantendo a sigla PENSE.

A retomada da cultura institucional da manutenção dos MEM Cl VI é um dos desafios que a DME se propõe a conquistar. Os meios existentes estão distribuídos em todas as OM do Exército, de Engenharia ou não, em maior ou menor quantidade. Cabe lembrar que, desde a bússola existente em cada reserva de material, passando por artigos como grupos geradores de campanha, embarcações táticas e motores de popa, até os grandes equipamentos de engenharia e os meios de pontes, de maior porte, há uma enorme variedade de MEM Cl VI, com 216 itens distribuídos em 14 famílias. A atenção da DME está orientada ao estudo e aquisição de meios modernos e à manutenção dos meios existentes, de forma a contribuir com a operacionalidade da Força. Tal esforço, já iniciado, terá valor se os Comandantes e Estados-Maiores das OM compreenderem o objetivo a ser alcançado e contribuírem no planejamento e na execução da manutenção, na disponibilização do máximo de MEM Cl VI que os recursos permitirem, no adestramento de seus operadores e na elevação e manutenção da operacionalidade de suas OM.

Para um melhor entendimento da história da Diretoria de Material de Engenharia e dos meios que gerencia, recomenda-se, fortemente, a leitura das "Palavras do Diretor de Material de Engenharia", inseridas na abertura do Boletim Técnico (Bol Tec) nº 23, de 2000, matéria enriquecedora e muito elucidativa sobre o tema. Ressalta-se que as vias eletrônicas de todos os Boletins Técnicos já elaborados foram inseridas na nova página eletrônica da DME, http://intranet.dme.eb.mil.br/ (Acesso via EbCorp), e disponibilizadas ao público, seja como resgate histórico, seja porque a maior parte de seus artigos técnicos continua válida. Os Bol Tec podem e devem ser livremente consultados.

Ao longo da existência da DME, a edição dos Bol Tec tem sido um canal de comunicação do órgão técnico normativo com as OM detentoras e usuárias dos MEM Cl VI. Esta forma de difusão de informações técnicas julgadas úteis e relevantes, seja para a manutenção de meios, seja para a gestão de sua disponibilidade, seja para a administração de recursos, continua aberta e ativa. A Diretoria, da mesma forma, continua à disposição dos usuários para, pelos canais normais de comunicação, receber críticas, sugestões e informações que agreguem valor ao Sistema de Engenharia do Exército, particularmente à gestão do material de engenharia. A intenção é que o boletim técnico não seja, apenas, uma revista colocada à disposição da leitura de visitantes e leitores eventuais interessados. Deseja-se que os boletins técnicos, a cada edição, transformem-se em livros de cabeceira dos que lidam com MEM Cl VI e que sejam utilizados como fonte de consulta técnica, administrativa, logística e de gestores.

Nesta edição, que marca a retomada desta tradicional e importante fonte de consulta e de comunicação, foram selecionados como assuntos mais relevantes, por serem a preocupação atual de muitas OM e da própria DME, como órgão gestor dos MEM Cl VI, os Grupos Geradores; a Embarcação Guardian; a Padronização de Material; a Cadeia de Descentralização de Recursos pela DME; e a Catalogação de Material de Engenharia. Boa leitura.

CAPÍTULO II

2.GENERALIDADES

2.1 RELAÇÃO DE MATÉRIAS PUBLICADAS NOS BOLETINS TÉCNICOS Nº 1 a 23

2.2 RELAÇÃO DOS MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DA CLASSE VI

O Estado-Maior do Exército (EME) é o responsável por relacionar, mediante portaria, todos os materiais de emprego militar (MEM) passíveis de constarem em Quadros de Dotação de Material (QDM) e em Quadros de Dotação de Material Previsto (QDMP). A portaria vigente no ano de 2018 é a de nº 007-EME, de 16 de fevereiro de 2016, que estabeleceu os seguintes itens da Classe VI – Engenharia e Cartografia:

2.3 FORMAS DE CONTATO COM A DME

a) Endereço: Quartel-General do Exército, Bloco B, 2º Andar, Setor Militar Urbano, Brasília - DF CEP: 70630-901

b) Telefones:

Subdiretor: (61) 3415-6039, RITEx: 860-6039;

Seção Técnica: (61)3415-5077, RITEx: 860-5077;

Suprimento, Operação e Manutenção:(61)3415-6637, RITEx: 860-6637;

Controle de Material:(61)3415-6132, RITEx: 860-6132;

Desfazimento:(61)3415-4500, RITEx: 860-4500;

Catalogação:(61) 3415-6132, RITEx: 860-6132.

c)E-mail: dme@dec.eb.mil.br

d)Intranet: intranet.dme.eb.mil.br(acesso via EbCorp)

e)Web: www.dme.eb.mil.br

CAPITULO III

GRUPOS GERADORES DE ENERGIA

3.GRUPOS GERADORES DE ENERGIA

Os grupos geradoressão equipamentos que fornecem energia elétrica a determinada demanda. Com ampla aplicação nas áreas administrativas e operacionais, atendem a uma grande diversidade de instalações militarese atividades de campanha.

A Figura 1 mostra uma unidade de geração (motor de arranque, gerador elétrico, quadro de comando, escapamento dos gases de exaustão, ventilador, tanque de óleo bateria e base), normalmente denominada grupo gerador,delarga utilização em atividades militares.

Cada uma das aplicações dos geradores requer uma análise das cargas a serem atendidas, das características do ambiente, da frequência de utilização, da capacidade de operação e manutenção para melhor dimensionamento do equipamento.Devido a diferenças significativas, no que tange à diversidade de demanda, deve ser considerada a demanda média e máxima da instalação, a corrente máximana partida de equipamentos, o tempo de transição entre a fonte principal e a secundária, o tempo de aplicação e sua confiabilidade, o que gera vasta gama de modelos e potências disponíveis no mercado.

A potência nominal requerida do grupo gerador resulta do somatório das cargas da instalação. Todavia, fatores de ajuste podem ser considerados para evitar o superdimensionamento, como fator de demanda, fator de simultaneidade, fator de utilização, além de considerar a corrente de partida de motores e o possível aumento de carga futuro. Esta ação de análise da demanda caracteriza o correto dimensionamento do grupo gerador.

Para a seleção adequada do equipamento, além da potência, alguns pontos devem ser levantados. A criticidade da carga, se o grupo gerador será instalado ao ar livre ou em ambiente fechado, o espaço útil para alocação, a necessidade de movimentação do equipamento, se existe disponibilidade de combustível e água de refrigeração, o nível de ruído admissível e a temperatura ambiente.Além disso,a escolha do equipamento adequado deve ser feita não apenas com base em requisitos técnicos, mas também com base em considerações econômicas, levando em consideração o tempo de uso esperado devido a períodos de inatividade dos grupos geradores. Segurança, prevenção, continuidade de fornecimento e requisitos legais são elementos que também devem ser considerados para justificar economicamente a instalação de um grupo gerador.

A principal finalidade deste capítulo é normatizar os procedimentos a serem tomados por todas as OM do Exército para realizarem a solicitação de fornecimento de geradores de energia.

O Boletim Técnico nº 22 da DME, de 1999, apresenta informações técnicas gerais sobre geradores de energia, constituindo fonte de consulta complementar ao presente Boletim.

3.1 CLASSIFICAÇÃO

Os grupos geradores, em aplicações militares, são classificados da seguinte forma:

f) Quanto ao emprego:

1) Geradores fixos:São assim denominados devido à imobilidade da instalação que atende, como hospital militar. Podem atender vários tipos de carga, como iluminação de emergência, energia de backup, sistemas de incêndio, etc; e

2) Geradores de campanha:São caracterizados pela mobilidade. Atendem demandas militares de atividade específicas, geralmente em áreas remotas, isoladas da rede pública de fornecimento de eletricidade.Utilizados para abastecer tropa desdobrada (incluindo a Expedicionária ou em Missão de Paz), instalação temporária, equipamentos de comunicações e hospital de campanha.

g) Quanto ao porte:

3.2 ESQUEMA BÁSICO DE FUNCIONAMENTO

O grupo gerador consiste em um motor (máquina primária) e um gerador elétrico. No entanto, é conveniente considerar o motor e o gerador como sistemas separados. Individualmente, cada um possui características únicas, mas, como um sistema, essas qualidades têm um impacto significativo no desempenho e no dimensionamento do sistema de grupos geradores.

Existem diferentes tipos de máquinas primárias utilizadas na geração de energia elétrica. O motor a diesel é bastante utilizado por ter grande disponibilidade no mercado. Basicamente é um motor a combustão interna que utiliza elevadas taxas de compressão para assegurar a queima do combustível introduzido após a compressão do ar.O funcionamento dos motores a óleo diesel é explicado através da análise do denominado ciclo diesel. Nesse caso, o ar é comprimido a uma pressão e temperatura até atingir a condição de inflamar o combustível que é injetado na câmara ao final do tempo de compressão.

Uma vez que o motor é acoplado mecanicamente ao gerador elétrico, este é acionado e fornece potência elétrica em seus terminais de saída. A potência elétrica fornecida pelo gerador elétrico é diretamente proporcional à potência do motor.

Os grupos geradores têm o motor primário e o gerador elétrico acoplados ao mesmo eixo e contam com equipamentos auxiliares.Dependendo do tipo de grupo gerador, podem ser painéis de controle, tanques, radiadores, circuitos de lubrificação, de combustível e de água, equipamentos de controle de tensão e frequência, sistema de transferência e proteções contra sobrecarga e curtos-circuitos. A Figura 2 mostra o esquema simplificado de um grupo gerador que a entrada é combustível no motor e a saída é potência elétrica em kVA fornecida geralmente em tensão de 127/220 V.

3.3 LEVANTAMENTO DE CARGA

O primeiro passo para a seleção deum grupo gerador é efetuar levantamentoda carga instalada na unidade militar.Somam-se as potências em Watts (W) de todos os equipamentos que se deseja alimentar como lâmpadas, eletrodomésticos, equipamentos profissionais, aparelhos de aquecimento e ar condicionado, motores e demais cargas a serem atendidas. Este levantamento objetiva fazer um estudo com precisão sobre qual grupo gerador é adequado para atender a demanda. Por isso, faz-se necessário que o profissional responsável pelo levantamento da cargada organização militar seja qualificado. Este contará com o auxílio da tabela de levantamento de cargas do Anexo A que discrimina as cargas, suas potências e características, além de perguntas sobre a instalação a ser atendida.

Primeiramente, o profissional deverá responder, na Tabela do Anexo A, uma série de perguntas que são relevantes para a identificação das características do modelo adequado à demanda local, que são:

- Localização;

- Emprego do grupo gerador;

- Finalidade da instalação a ser atendida;

- Tipo de carga;

- Ambiente do serviço;

- Regime de operação pretendido;

- Riscos envolvidos no caso de uma interrupção do fornecimento de energia por defeito no equipamento;

- O grupo gerador é a única fonte de energia elétrica;

- Existe fornecimento contínuo de energia da concessionária de energia elétrica;

- Existe fornecimento com interrupções frequentes. Qual a frequência de interrupção. Qual período médio que a instalação fica sem fornecimento;

- O ambiente de instalação requer limitação de emissão de ruído;

- Existe disponibilidade contínua de combustível para aquisição no local de aplicação;

- Existe previsão para aumento da carga já existente;e

- Observações relevantes.

O segundo passo é identificar e listar as cargas a serem atendidas pelo grupo gerador com suas respectivas potências .

O levantamento deverá ser feito em duas partes:

a) Cargas convencionais: As cargas da instalação que não demandam elevada corrente de partidaem relação à corrente nominal, como pontos de iluminação, pontos de tomada, aquecedores de água, equipamentos de ar-condicionado de uso individual, etc;e

b) Cargas especiais: As cargas da instalação que demandam elevada corrente de partida, em relação à nominal, como motores, bombas d’água, equipamentos de ar-condicionado centrais e outros equipamentos que demandarão uma análise mais detalhada em relação ao comportamento de demanda ao longo do tempo, comoequipamentos de solda, aparelhos de raio X,nobreaks, inversores de frequência, etc.

Três aspectos relevantes devem ser considerados no levantamento:

1) Os aparelhos com previsão de serem adquiridos e instalados futuramente devem também entrar no cálculo;

2) Não devem ser incluídos no cálculo aparelhos reserva;e

3) Quando o militar dispuser de dados de placa dos equipamentos, devem ser desconsiderados valores tabelados.

Essas perguntas, juntamente com o levantamento das cargas, auxiliam a unidade requisitantena especificação técnica. Além disso, irá auxiliar a identificar a real potência para atender a demanda. Isso evitará que o grupo gerador seja superestimado e trabalhe com demanda aquém da capacidade nominal prevista.

3.4 CONSIDERAÇÕES NO DIMENSIONAMENTO

Uma vez levantadasas características da instalação e a potência instalada, o responsável pela aquisição irá avaliar tecnicamente o grupo gerador adequado à demanda.

Sabe-se que o grupo geradordeve atender a potência máxima aparente medida em kVA. No entanto, o dimensionamento de um grupo gerador não se resume somente em somar todas as cargas e chegar a uma potência instalada. É necessário entender como é a utilização dessas cargas ao longo do dia, pois não necessariamente todas as cargas serão acionadas ao mesmo tempo, além disso, é necessário entender o pico de corrente elétrica na partida de alguns equipamentos como motores elétricos. Para isso, serão apresentados alguns fatores que podem ser considerados no dimensionamento.

Esses fatores normalmente são apresentados pela concessionaria de energia elétrica que varia em cada região. Os valores encontrados como resultado do cálculo de demandasão um guia inicial, pois cada caso deve ser analisado individualmente e sempre deve ser tomado o cuidado para não subdimensionar o grupo gerador.

a) Fator de Demanda

Seria fácil para a organização militar determinar a potência máxima nas instalações se assumisse que todos os equipamentos fossem ligados simultaneamente. Porém apenas uma fração desses equipamentos é ligada ao mesmo tempo. O Fator de Demanda fornece uma indicação da porcentagem da carga total de um consumidor que está conectado no instante em que ocorre a demanda máxima. Em resumo, é a relação entre sua demanda máxima, no intervalo de tempo considerado, e a carga instalada total do elemento considerado. A Tabela 2fornece os fatores de demanda para cada grupamento de motores e operação independente. E a Tabela 3 fornece os fatores de demanda para iluminação e tomadas

b) Fator de Simultaneidade

Este fator também evita que o grupo gerador seja superdimensionado, pois considera que um grupo semelhante de equipamentos não necessariamente vai funcionar todos ao mesmo tempo. É a relação entre a demanda máxima do grupo de aparelhos pela soma das demandas individuais dos aparelhos do mesmo grupo. Sendo assim, a carga instalada desse grupo de equipamentos semelhantes será multiplicada por um fator de simultaneidade.

A Tabela 4 fornece os fatores de simultaneidade para diferentes potências de motores em agrupamentos e outros aparelhos.

c) Fator de Utilização

É o fator pelo qual deve ser multiplicada a potência nominal do aparelho para se obter a potência média absorvida pelo mesmo, nas condições de utilização.O fator de utilização de um sistema, num determinado período de tempo, é a relação entre demanda máxima do sistema e sua capacidade.

A Tabela 5 fornece os fatores de utilização dos principais equipamentos utilizados nas instalações elétricas industriais. Na falta de dados mais precisos pode ser adotado um fator de utilização igual a 0,75 para motores, enquanto para aparelhos de iluminação, ar condicionado e aquecimento o fator de utilização deve ser unitário.

d) Corrente de Partida

Os motores elétricos, na partida, solicitam da rede de alimentação correntesmaiores do que em regime permanente de funcionamento, podendo atingir de 6 a 10 vezes a sua corrente nominal. Isso se deve ao torque inicial demandado até atingir a velocidade nominal. A consequência é que o sistema demanda uma alta potência na partida e todo sistema de alimentação é dimensionado para suprir essa demanda, que pode durar alguns segundos. Sendo assim, ao dimensionar um grupo gerador para um motor elétrico, o cálculo da potência demandada deverá considerar essa corrente de partida.

Em motores elétricos, a relação entre corrente de partida (I_P) e corrente nominal (I_N) pode ser encontrada na plaqueta de identificação com seguinte relação:

Caso não seja possível identificara relação lp/ln, os motores elétricos têm tabelas do fabricante que apresentam valores para cada potência dos motores, como exemplo tem-se as Tabela 9 e Tabela 10.Vale ressaltar que estes são valores médios e podem variar, em faixas estreitas, para cada fabricante,dependendo de sua tecnologia e projeto construtivo.

3.5 DIMENSIONAMENTO

Para dimensionar um grupo gerador para atender cargas variáveis,de tipo e potência, devem-se observar as seguintes instruções:

- Somar todas as cargas convencionais, dadas em kW;

- Somar todas as cargas especiais, lembrando-se de considerar o fator de potência, caso necessário; e

- Determinar a corrente de partida do maior motor da instalação.

É aconselhável que o gerador seja dimensionado para uma potêncianominal de 10% acima dos valores da soma das cargas convencionais e cargas especiais (para valores, de cargas especiais, inferiores a 20% da carga total).

A partida do maior motor não deve provocar no gerador uma queda detensão superior a 20%.

O cálculo da demanda provável da unidade militar, necessário para o dimensionamento do grupo gerador, deve ser analisado caso a caso, devido ao comportamento particular de cada grupo de cargas.Contudo, é conveniente sugerir o cálculo para grupos geradores fixos e grupos geradores de campanha:

a) Dimensionamento de grupos geradores para alimentar instalações (fixas ou temporárias)

Tendo em vista que instalações fixas tendem a ter um comportamento regular no consumo de energia elétrica ao longo do dia, onde a demanda máxima é sempre menor que a potência instalada, é pertinente o uso dos fatores de demanda, fator de simultaneidade e fator de utilização. O cálculo pode ser dado pelo somatório:

Onde:

a= demanda, em kVA, das potências para iluminação e tomadas, ajustada conforme Tabela 3;

b = demanda, em kVA, de todos os aparelhos de aquecimento e condicionamento de ar (chuveiros, aquecedores, fornos, fogões, aparelhos individuais de ar condicionado etc.), calculada conforme Tabela 6 e Tabela 7;

c = demanda, em kVA, dos motores, calculadas de acordo com Tabela 9 e Tabela 10, ajustadas de acordo com Tabela 4 e Tabela 5, caso necessário;

d = demanda, em kVA, das máquinas de solda a transformador e aparelhos de Raios X, conforme indicados a seguir:

- 100% da potência, em kVA, da maior máquina de solda somada a 100% do maior aparelho de Raios X;

- mais 70% da potência, em kVA, da segunda maior máquina de solda somada a 70% do segundo maior aparelho de Raios X;

- mais 50% da potência, em kVA, da terceira maior máquina de solda somada a 50% do terceiro maior aparelho de Raios X;

- mais 30% da potência, em kVA, das demais máquinas de solda e aparelhos de Raios X.

A seguir, um exemplo de dimensionamento de uma instalação que possui os diversos tipos de cargas:

b) Dimensionamento de grupos geradores de campanha

A instalação de campanha tende a demandar a totalidade da carga instalada, visto que as demandas militares em operação não seguem um padrão de consumo. Assim, não é prudente a utilização dos fatores, sob risco do grupo gerador ficar subdimensionado para atender a demanda. Sendo assim, faz-se necessário dimensionar o grupo gerador de acordo com a carga total instalada.

3.6 SELEÇÃO DE PESSOAL PARA SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

As intervenções em equipamentos (o que inclui os grupos geradores) e instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua somente podem ser realizadas por profissionais qualificados ou capacitados, com a supervisão de profissional legalmente habilitado e autorizado.

É considerado profissional qualificado aquele que possuir qualificação militar compatível com os trabalhos elétricos a serem realizados, ou comprove a conclusão de curso específico na área elétrica, reconhecido por sistema oficial de ensino militar ou civil.

É considerado profissional legalmente habilitado aquele previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.

É considerado profissional capacitado aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente: receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado a instruí-lo; e trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

São considerados autorizados os profissionais qualificados ou capacitados e os profissionais habilitados, com anuência formal do Exército Brasileiro.

A Tabela 11 resume os requisitos de qualificação necessários para trabalhos com geradores e instalações elétricas:

Os estágios de operação e/oumanutenção de geradores devem ser ministrados por pessoal qualificado e autorizado, sob a orientação de um profissional habilitado (Engenheiro Eletricista ou Eletrotécnico) pertencente à Instituição.

As equipes de instalação de geradores deverão ser integradas ou supervisionadas por pessoal qualificado e/ou capacitado, devendo estar sob a orientação e responsabilidade de um profissional habilitado (Engenheiro Eletricista ou Eletrotécnico) pertencente à Instituição.

As equipes de operação e manutenção deverão ser compostas por pessoal qualificado.

O dimensionamento de grupos geradores de médio e grande porte, segundo classificação da Tabela 1, deverá ser feito por profissional habilitado, uma vez que estes estão associados a um alto custo de aquisição e deverão ser adquiridos após um estudo detalhado da demanda.

Os operadores de geradores deverão ser,pelo menos, qualificadospara a respectiva atividade.

3.7 SUPRIMENTO

Os grupos geradores são alcançados pelos processos de suprimento estabelecidos nas Normas Administrativas Relativas ao Material de Engenharia (NARMENG). A DME é responsável pelo suprimento, para todo o Exército, dos Geradores de Campanha.

Os Geradores Fixos são de gestão da Diretoria de Obras Militares (DOM). Na medida em que esses equipamentos necessitam de projeto para instalação, toda solicitação deverá ser direcionada para aquela diretoria.

A obtenção e suprimento de geradores de campanha ocorrem das seguintes formas:

- Aquisição pelaDME/DEC e distribuição por meio da Cadeia de Suprimento (OM logísticas);

- Aquisição direta pela OM interessada, com recursos orçamentários descentralizados pela DME/DEC;

- Aquisição e distribuição por OM da Cadeia de Logística;ou

- Fabricação pelos Arsenais de Guerra e distribuição por meio da Cadeia de Suprimento.

A OM interessada em receber um ou mais geradores de campanha, deverá realizar os seguintes procedimentos:

- Levantaras cargas, caso possua pessoal qualificado; ou solicitar apoio técnico, por meio do Comando de Grupamento de Engenharia ou Comando de Região Militar (nos C Mil A onde não há Cmdo Gpt E) para realizar esse procedimento;

- Preencher a tabela do Anexo A, com a identificação e assinatura do responsável;

- Dimensionar a potência do grupo gerador, conforme orientado nas seções 3.4 e 3.5;

- Encaminhar a solicitação do grupo gerador com as tabelas de levantamento de carga preenchidas e assinadas, ao Cmdo Gpt E ou Cmdo RM (caso não haja Cmdo Gpt E no C Mil A), conforme prescrito nas NARMENG.

O Cmdo Gpt E ou Cmdo RM encaminhará os pedidos de grupos geradores, de forma centralizada, à DME, para consolidação e processamento do suprimento.

3.8 OPERAÇÃO

a) PREPARAÇÃO (OU PRÉ-OPERAÇÃO)

1) Segurança

O grupo gerador é um equipamento seguro desde que utilizado de maneira correta. A responsabilidade pela segurança está nas mãos das pessoas que instalam, operam e dão manutenção. Se as devidas precauções forem observadas, a possibilidade de acidente será reduzida. Antes de efetuar qualquer manobra no grupo gerador, o operador deverá observar as normas de segurança:

- Antes de iniciar a operação, ler e interpretar todas as precauções e advertências de segurança indicadas no manual do equipamento;

- Não operar o equipamento caso identifique alguma situação de risco;

- Se o equipamento estiver sem segurança de operação, sinalize o equipamento e bloqueie os mecanismos de ignição até que providências de solução sejam tomadas.

2) Instalação, utilização e reboque

Algumas precauções de segurança devem ser observadas ao instalar, mover ou elevar o grupo gerador:

- Faça as conexões elétricas de acordo com as especificações, padrões ou outros requisitos elétricos. Isso inclui o aterramento;

- Os gases do escapamento do motor representam um risco para o pessoal. Grupos geradores instalados em ambientes internos devemter seu escape de gases conduzidos ao ar livre por meio de um tubo à prova de vazamentos que atenda às especificações, padrões ou outros requisitos correspondentes;

- Certifique-se de que todos os tubos, silenciadores de escape quentes estejam limpos de qualquer material ou produto combustível e estejam equipados com dispositivos de segurança para o pessoal, de acordo com os regulamentos de segurança. Certifique-se de que a saída dos gases de escape não represente perigo;

- Nunca eleve o grupo gerador por meio dos olhais de elevação localizados no motor ou no gerador. Use os olhais próprios para elevação do conjunto;

- Assegure-se de que o equipamento de elevação e a estrutura de suporte estão em boas condições e tem a capacidade adequada para suportar o peso;

- Quando o grupo gerador estiver suspenso no ar, mantenha o pessoal não envolvido na atividade afastado da zona controlada;

- Ao rebocar um grupo gerador móvel, observe todas as especificações, padrões ou outras leis ou regulamentos de trânsito;

- Certifique-se de que os freios da viatura e a sinalização do reboque estão em boas condições;

- Não permita que ninguém esteja dentro ou acima do grupo gerador móvel ao ser transportado;

- Não permita que ninguém fique em pé ou esteja acima da barra de reboque ou entre o grupo gerador e o veículo de reboque;

- Não instale ou use o grupo gerador em qualquer ambiente ou local classificado como perigoso, a menos que tenha sido expressamente designado para este ambiente.

3) Incêndio e explosão

Os combustíveis e insumos dos grupos geradores podem ser inflamáveis e potencialmente explosivos. O manuseio adequado desses produtos reduz drasticamente o risco de incêndio ou explosão. Extintores de incêndio, totalmente carregados, devem ser mantidos próximos ao grupo gerador. A equipe deve estar apta para operá-los. Outras instruções devem ser seguidas:

- Verifique se a ventilação no local onde o grupo gerador está instalado é adequada;

- Mantenha boa limpeza da sala e do próprio grupo gerador;

- Limpe imediatamente qualquer vazamento de combustível, óleo, eletrólito líquido ou líquido de arrefecimento;

- Nunca armazene líquidos inflamáveis perto do motor;

- Não fume ou gere faíscas, chamas ou outras fontes de ignição perto de combustíveis ou baterias. Os vapores produzidos são explosivos;

- Evite abastecer o tanque de combustível enquanto o motor estiver em funcionamento;

- Não opere o grupo gerador sabendo que este possui vazamento no sistema de combustíveis;e

- Mantenha objetos condutivos, como ferramentas, longe das partes elétricas expostas, como terminais, a fim de evitar arco elétrico.

4) Partes mecânicas

Embora o grupo gerador possua proteções embutidas para evitar contato com partes móveis, cuidados adicionais devem ser tomados para proteção da equipe de outros riscos mecânicos ao trabalhar perto do grupo gerador:

- Nunca opere o grupo gerador sem os EPI adequados;

- Use roupas de proteção, incluindo luvas, óculos e capacete, ao trabalhar ao redor do grupo gerador;

- Quando o grupo gerador estiver em operação, não tente exceder os limites das proteções para trabalhos de manutenção ou por qualquer outro motivo;

- Mantenha mãos, braços, pêlos longos, roupas soltas e itens pessoais longe de polias, correias e outras partes móveis. Atente para o fato que algumas partes móveis não podem ser vistas claramente quando o grupo gerador está operando;

- Mantenha as portas das cabines fechadas, abra somente quando necessário;

- Não remova a tampa do radiador até que o líquido refrigerante tenha esfriado. Em seguida, afrouxe lentamente a tampa para que o possível excesso de pressão escape e, em seguida, remova completamente a tampa.

5) Ruído

Os grupos geradores que não possuem cabines à prova de som integradas, podem produzir níveis de ruído acima de 105 dB. A exposição prolongada em níveis acima de 85 dB é perigosa para os ouvidos. Portanto, o protetor auricular deve ser usado ao trabalhar perto de um grupo gerador em funcionamento.

6) Parte elétrica

Somente se pode alcançar uma operação segura e eficaz de um equipamento elétrico se este for instalado, operado e manutenido corretamente, conforme o seguinte:

- O grupo gerador deve ser conectado à carga somente por eletricistas qualificados e autorizados para este trabalho e de acordo com as especificações e padrões elétricos ou outros padrões relevantes;

- Assegure-se que o grupo gerador, fixo ou móvel, tenha uma conexão à terra efetiva de acordo com os padrões relevantes antes de dar partida;

- Antes de conectar ou desconectar as conexões de carga, pare o grupogerador edesconecte o terminal negativo da bateria;

- Não toque nas partes eletricamente ativas do grupo gerador ou nos cabos ou condutores de interconexão com qualquer parte do corpo ou qualquer objeto eletricamente condutor que não esteja devidamente isolado;

- Reconecte a tampa da caixa de terminais elétricos do grupo gerador (caso exista)quando a conexão ou desconexão for concluída. Não opere o grupo gerador sem a tampa firmemente colocada na caixa;

- Conecte o grupo gerador somente a cargas ou sistemas elétricos compatíveis com suas características elétricas e dentro de sua capacidade nominal.

b) PREPARAÇÃO PARA OPERAÇÃO DE GERADORES

Os geradores são equipamentos que demandam preparação antes de serem ligados, e procedimentos adequados à sua boa operação e manutenção são necessários. A negligência desses procedimentos poderá causar danos irreversíveis aos materiais elétricos ligados à rede alimentada, bem como encurtar a vida útil do gerador.

Com a intenção de evitar esses problemas, foram relacionadas boas práticas baseadas nos manuais dos fabricantes, que deverão ser seguidas antes, durante e depois do funcionamento das máquinas geradoras de energia:

1) A instalação do grupo gerador deve ser realizada em local plano, isento de umidade e protegido de grandes variações de temperatura. Para cumprir esses requisitos é interessante que o local escolhido seja preparado com piso de concreto e cobertura contra chuva, no caso de geradores de grande potência ou para aqueles que permanecerão por muito tempo em uma posição;

2) Antes de ligá-lo, deve ser verificada a existência de sujeira nas partes móveis, tensão da correia e possíveis vazamentos, além de trincas nas estruturas;

3) Devem ser verificados os níveis de combustível através da inspeção do reservatório, e para aqueles que possuírem painel eletrônico, deve ser verificado neste instrumento.

4) O óleo lubrificante do motor deve ser vistoriado retirando a vareta de óleo que chega até o cárter (reservatório de óleo do motor);

5) O líquido de arrefecimento deve ser checado no orifício do radiador que está posicionado, na maioria das vezes, na parte superior da colmeia;

6) As mudanças nas condições de temperatura e pressão ambiente durante o dia provocam a separação da água que está presente no combustível. Por isso, é necessário que sempre antes de ligá-lo, o operador libere a água depositada na parte inferior do filtro sedimentador;

7) O indicador de restrição do filtro de ar fica localizado na saída do filtro de ar e tem seu funcionamento a vácuo. Caso o filtro de ar esteja obstruído, não chegará ar suficiente para inflar o seu fole que, por sua vez, ficará fechado indicando a marcação vermelha;e

8) Inspecionar as condições do compartimento da bateria, polos e terminais, vistoriar se os bornes estão limpos e os fios bem presos.

C) OPERAÇÃO DE GERADORES DE MÉDIO E GRANDE PORTE

A seguir, estão listados procedimentos a serem adotados na operação dos grupos geradores de grande porte:

1) Ligar a chave geral e de ignição em primeiro estágio para verificação da luz da bateria, e óleo para que seja possível a leitura da central ou instrumentos;

2) Inicialmente, após a partida, deixar o motor funcionando durante 10 minutos em baixa rotação com a finalidade do pré-aquecimento.Após este procedimento, deixar o motor funcionar por 3 minutos em alta rotação, para lubrificar os pistões e as camisas. Depois, deixe-o trabalhar em rotação média.Quando o motor, bem como a água refrigerante, alcançarem a temperatura de trabalho (71°C a 85°C) aumente a carga sucessivamente;

3) Verificar a frequência e a tensão fornecida no painel eletrônico do gerador, se for o caso.A frequência deve estar de acordo com o que prescreve o manual do fabricante;

4) Liberar a tensão aos consumidores agindo na chave de carga do painel;e

5) Realizar inspeções periodicamente no gerador durante seu funcionamento.

A Figura 3 resume os procedimentos de preparação e operação de geradores de médio grande porte. A mesma deverá ser afixada em parte visível do grupo gerador.

d) OPERAÇÃO DE GERADORES DE PEQUENO PORTE

Os geradores de pequeno porte têm seus procedimentos bem semelhantes às máquinas de grande porte.Contudo, existem algumas diferenças que merecem destaque e atenção especial do operador.São elas:

1) A maioria dos geradores de pequeno porte não possui baterias nem motor de partida, sendo sua inércia vencida pelo sistema manual de partida ligado ao volante do motor. Por issoé necessárioa verificaçãodesse sistema composto, basicamente, por uma corda e um punho;

2) Outro ponto importante é que alguns motores ciclo OTTO apresentam uma tecla para afogar o carburador, que deve ser acionada antes da partida caso o motor esteja frio;

3) Alguns motores ciclo OTTO, bem como a maioria dos motores ciclo Diesel, possuem uma válvula de descompressão que deve ser acionada para facilitar a partida manual;e

4) Como última atividade na iminência da partida, deve se retirar a folga do sistema de partida, tracionando a corda até que ofereça resistência.

A Figura 4 resume os procedimentos de preparação e operação de geradores de pequeno porte . A mesma deverá ser afixada em parte visível do grupo gerador.

Cabe ressaltar, que os procedimentos já mencionados não visam à eliminação da leitura dos respectivos manuais de operação de cada grupo gerador.

e) EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A atividadeque ofereça qualquer tipo de risco ao operador deve ser executada com a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

Dito isso, não é difícil observar os diversos riscos associados à operação e manutenção de geradores que podem ser mitigados ou até mesmo anulados com o emprego do EPI adequado e em bom estado de conservação.

Dentre esses equipamentos podemos citar os óculos, os protetores auriculares, as luvas, capacetese outros itens.

Os óculos são EPIfeitos a partir de materiais mais resistentes a impactos e maiores que os óculos convencionais, eles servem para prevenir e proteger os olhos do operador de possíveis acidentes e lesões.

O protetor auricular é umequipamentofundamental para proteger o sistema auditivo do operador que atua em áreas com níveis elevados de ruídos.

Luva de proteção é um equipamento de proteção individual destinado a proteger as mãos e punhos contra as lesões de acidentes a que os operadores se expõem.

Para manutenção e operação de geradores, além das luvas tradicionais, há também a necessidade de utilização dasluvas isolantes de borracha.

Luvas isolantessão destinadas à proteção dooperadorcontrachoques elétricos provenientes do contato com condutores ou equipamentos elétricos energizados.

Capacete de segurança é um dispositivo rígido composto por copa, aba frontal, suspensão e jugular. É usado para dar proteção à cabeça ou a partes dela, contra impacto, penetração, choque elétrico e respingos de produtos químicos.

Os equipamentos de proteção individual devem ser mantidos em boas condições de uso e precisam ter um Certificado de Aprovação do órgão competente. Os operadores e mecânicos devem compreender a importância do uso de equipamentos de proteção narotina.

Para manutenção e operação de geradores, além das luvas tradicionais, há também a necessidade de utilização dasluvas isolantes de borracha.

Luvas isolantessão destinadas à proteção dooperadorcontrachoques elétricos provenientes do contato com condutores ou equipamentos elétricos energizados.

Capacete de segurança é um dispositivo rígido composto por copa, aba frontal, suspensão e jugular. É usado para dar proteção à cabeça ou a partes dela, contra impacto, penetração, choque elétrico e respingos de produtos químicos.

Os equipamentos de proteção individual devem ser mantidos em boas condições de uso e precisam ter um Certificado de Aprovação do órgão competente. Os operadores e mecânicos devem compreender a importância do uso de equipamentos de proteção narotina

3.9 MANUTENÇÃO

A manutenção deve ser prática constante nas Organizações Militares, pois caso o equipamento quebre ou apresente defeitos em operação, comprometerá o sucesso da missão.

Antes da descrição dos passos necessários para uma boa execução da manutenção, é interessante definir alguns conceitos adotados pelo Exército Brasileiro.

O primeiro deles trata da divisão estruturada da manutenção no Exército em escalões de manutenção, baseados no nível de capacitação técnica do capital humano e na infraestrutura adequada para manutenção. Esse escalonamento tem por objetivos orientar e otimizar os processos de manutenção, atribuir responsabilidades de execução e permitir o emprego judicioso dos recursos disponíveis.

A manutenção de 1º escalão dos grupos geradores compreende as ações realizadas pelo usuário e/ou operador do Material de Emprego Militar (MEM) e pela OM responsável pelo material, com os meios orgânicos disponíveis, visando a manter o material em condições de apresentação e funcionamento. Engloba tarefas mais simples das atividades de manutenção preventiva e corretiva, com ênfase nas ações de conservação do MEM, podendo realizar reparações de falhas de baixa complexidade. Consiste basicamente em:

1) Desmontagem dentro dos limites do escalão;

2) Limpeza de peças e partes externas do material;

3) Lubrificação dentro dos limites do escalão ou segundo carta guia de lubrificação;

4) Ajustagem do material;

5) Preparo do material para longo período de inatividade;e

6) Aperto de parafusos e porcas que não requeiram regulagem.

Manutenção de 2º escalão engloba tarefas de manutenção preventiva e corretiva, com ênfase na reparação do MEM que apresente ou esteja por apresentar falhas de média complexidade. Consiste basicamente em:

1) Substituição e reparo de peças, subconjuntos ou conjuntos;

2) Confecção de peças simples;

3) Montagens com regulagem e verificação do funcionamento;

4) Desempenamentos, soldagens e ajustagens;

5) Pinturas;

6) Execução de Inspeções Técnicas; e

7) Realização de triagem do material (separar o material que se destina aos 3º e 4ºescalões).

Manutenção de 3º escalão compreende as ações realizadas pelos batalhões de manutenção (B Mnt) e parques regionais demanutenção (Pq R Mnt), operando em instalações fixas, próprias ou mobilizadas. Engloba algumas das tarefas da atividade demanutenção corretiva, com ênfase na reparação do MEM que apresente ou esteja por apresentar falhas de alta complexidade. Consiste basicamente em:

1) Substituição e reparo de peças, subconjuntos ou conjuntos;

2) Montagens com regulagens e verificação do funcionamento;

3) Confecção de peças (compatíveis com ferramental e equipamento que possui);

4) Soldagens, ajustagens e desempenamentos; e

5) Complementação da manutenção de 2º escalão que não foi feita por falta de recursos.

Manutenção de 4º escalão compreende as ações realizadas pelos arsenais de guerra e/ou por indústrias civis especializadas. Engloba as tarefas da atividade de manutenção modificadora, com ênfase na recuperação do MEM. Envolve projetos específicos de engenharia e aplicação de recursos financeiros. Qualquer escalão de manutenção deve ser capaz de executar as operações de manutenção atribuídas ao escalão anterior.

Outros conceitos que também merecem esclarecimentos são os de manutenção preventiva e corretiva.

Manutenção corretiva é o tipo de manutenção que é realizada após a ocorrência das falhas. Pode ser classificada como planejada e não planejada.

Já a manutenção preventiva se caracteriza pela intervenção efetuada em intervalos pré-determinados com a finalidade de substituir peças, lubrificantes, filtros e outros materiais, de maneira prévia, antes de ocorrer as falhas.

a) MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE PRIMEIRO ESCALÃO

Nos motores dos geradores, a manutenção preventiva de primeiro escalão deverá ser dividida nos períodos, semanal e a cada 250 horas. Sendo assim, podemos passar a descrevê-las.

Vale ressaltar que as boas práticas a seguir colocadas não excluem a necessidade da leitura e execução da manutenção conforme manual do fabricante. Isso poderá ocorrer com relação aos períodos de manutenção e componentes específicos de cada modelo.

Semanalmente: siga as inspeções diárias previstas na Tabela 12.Enfatizea busca por ruídos anormais, alterações no aspecto do motor,vazamentos nos sistemas de refrigeração, lubrificação e alimentação. Por fim, observe as conexões mecânicas, ventilador e correias.

A cada 250 horas: repita as verificações anteriores. Troque óleo lubrificante do motor,

abrindo o dreno e certificando que não existe a presença de contaminantes próximo ao bocal de enchimento de óleo. Substitua o filtro de óleo lubrificante do motor tendo atenção à existência de possíveis contaminantes,antes de instalar o novo filtro realizar lubrificação na borracha de vedação do filtro com óleo e realize enchimento do filtro através da bomba manual após abrir a sangria. Troque líquido de arrefecimento do radiador, filtro de água e faça a limpeza do respiro do cárter. Verifique a solução da bateria, se for o caso, inspecione o filtro de ar, e se necessário troque-o.

Já no componente gerador, a manutenção de preventiva de primeiro escalão deverá ser executada diariamente e a cada 250 horas, nos termos a seguir.

Diariamente: inspecione se não há nada que impeça ou venha a danificar a parte rotativa do componente gerador, Figura 5, verifique se o acoplamento do motor com componente gerador está em boas condições, verifique se o gerador aquece excessivamente e, ainda, evite graxa ou outros materiais corrosivos e umidade.

A cada 250 horas: Verifique o estado dos enrolamentos do estator do componente gerador e efetue uma limpeza geral e verifique as ligações por cabo.

A Tabela 12 apresenta um memento que resume os procedimentos de manutenção a serem realizados nas OM. O mesmo deverá ser afixado em parte visível do grupo gerador

b) MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE SEGUNDO E TERCEIRO ESCALÕES DE GERADORES

Nos motores dos geradores, a manutenção preventiva de segundo e terceiro escalões deverão ser divididas a cada 1.500 horas, anualmente, a cada 6.000 horas.

A cada 1.500 horas: repita as atividades anteriores, realize a regulagem das válvulas do motor (se for o caso), e limpe os bicos injetores.

Anualmente: repita as atividades anteriores, substitua as mangueiras (conforme necessário), limpe o motor com jato de vapor, aperte os parafusos de fixação, verifique a folga axial da árvore de manivela, verifique as porcas de fixação do turbo do motor e troque o filtro de ar.

A cada 6.000 horas: inspecione os conjuntos, turbo compressor, amortecedor de vibração, cubo de ventilação, polia tensora da correia, bomba de água, limpe e escove o sistema de arrefecimento, limpe e calibre os injetores e a bomba de combustível.

No componente gerador a manutenção deverá ser executada a cada 1.500 horas.

A cada 1.500 horas: verifique o estado dos enrolamentos do alternador e efetue uma limpeza geral, verifique periodicamente as ligações por cabo entre o alternador e o disjuntor e verifique o estado das escovas.

CAPÍTULO IV

EMBARCAÇÃO GUARDIAN

4. EMBARCAÇÃO GUARDIAN

A embarcação tática modelo Guardian 25, fabricada pela empresa norte-americana Brunswick, foi adquirida pelo EB, com apoio do Departamento de Engenharia e Construção, a partir do ano de 2011. Mobiliou, inicialmente, as OM dos comandos militares da Amazônia, do Oeste e do Norte. Posteriormente, unidades de outros comandos militares receberam o MEM, como é o caso do CMS e do CML.

A embarcação está classificada, segundo a lista de materiais passíveis de constarem em QDM/QDMP, como Embarcação de Assalto e Escolta. Ela é padronizada como MEM, o que facilita sua obtenção e logística.

As informações técnicas, os procedimentos de operação e manutenção da embarcação estão no Manual de Operação e Manutenção Boston Whaler® 25 Guardian® Series, emitido pela Brunswick Commercial & Government Products, a partir do ano de 2011.

Além do manual do fabricante, na Nota de Aula – Embarcação Tática Guardian 25 – do Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA) contém as informações operacionais da embarcação.

4.1 EMPREGO

A Embarcação Guardian 25 integra mobilidade tática (velocidade e manobrabilidade) com poder de fogo, sendo equipada, também com modernos sistemas eletrônicos de auxílio à navegação e comunicações. Portanto, não basta que o militar saiba pilotar a embarcação, ele precisa saber operar todos os seus sistemas, bem como conhecer as capacidades e limites dessa embarcação.

4.2 OPERAÇÃO

a) A DME estabelece as seguintes normas para para missões de rotina, instrução e adestramento:

1) A embarcação deverá ser operada na aceleração de cruzeiro, entre 4.500 e 5.500 RPM.

2) A aceleração de 5.500 RPM só pode ser ultrapassada para manobras rápidas esporádicas e até 6.000 RPM por, no máximo, 1´ (um minuto). Os motores deverão ser programados para esse limite, por meio do tacômetro digital da embarcação. Tais procedimentos visam diminuir o consumo de combustível nas condições normais de operação, bem como evitar o desgaste prematuro do material. Cabe destacar que os dados de uso do motor serão rastreados periodicamente, empregando sistema de diagnóstico computadorizado (CDS); portanto operação fora da faixa e limites estabelecidos, ou de condições normais, serão constadas pelas equipes de manutenção.

3) Deverá ser utilizada a camisa da tração substituível da hélice plástica (bucha de sacrifício), para evitar quebra de eixo prematuramente, em caso de colisão ou arrasto com material submerso. A camisa de tração metálica, que vem instalada nas embarcações, deve ser retirada e guardada para instalação em caso de necessidade.

Essas determinações não se aplicam aos casos de emergência ou de emprego em missões reais.

b) Dados médios para o planejamento operacional de consumo de combustível:

c) Normas de segurança para operação e navegação:

1) Deverão ser cumpridas as normas de segurança previstas na Port N° 008 - COTER, de 04 de dezembro de 2002 - Caderno de Instrução 32/1 - Prevenção de Acidentes de Instrução e suas atualizações.

2) Além destas normas, a DME estabelece como obrigatório o uso de óculos de proteção para o piloto das embarcações que estejam sem para-brisa no console.

A Tabela 17 - Memento de Operação da Emb Guardian 25 - resume os procedimentos necessários para que a tripulação opere a embarcação e todos os seus sistemas com segurança. A Figura 6 apresenta o posicionamento que esse memento deve ser afixado no console da Guardian 25´.

4.3 MANUTENÇÃO

a) A DME estabelece que devem ser seguidas estritamente as recomendações do manual do fabricante com relação às seguintes medidas:

1) Óleo dos motores

2) Óleo da caixa de engrenagens

3) Funcionamento periódico dos motores (giro técnico)

b) As peças, suprimentos e acessórios existentes nos “Kit de Peças Sobressalentes” que acompanham as embarcações devem ser utilizadas nas manutenções periódicas e substituição de itens desgastados. O emprego dos insumos com data de validade (como baterias, óleos, filtros etc) ou vida útil relativamente curta (como buchas de hélice plásticas, amarras, defensas etc) devem ser aplicados e consumidos, na primeira oportunidade possível, dentro do seu prazo de vencimento.

Após emprego, os itens devem ser repostos, mediante aquisição no mercado nacional, seguindo o fluxo de solicitação de recursos para manutenção de Mat Cl VI previsto pela DME.

c) Lubrificantes, filtros e peças diferentes dos listados acima e dos incialmente distruibuídos no Kit de Peças Sobressalentes poderão ser aplicados na embarcação ou adquiridos para reposição, desde que constem como equivalentes do manual dos motores ou dos sistemas da embarcação. Se forem mais atuais, deverão ser originais e genuínos do fabricante, bem como totalmente compatíveis com o modelo e ano de fabricação do componente em que será aplicado.

4.4 DOCUMENTAÇÃO

Toda embarcação Guardian 25 deve possuir a seguinte documentação:

a) Manual de Operação e Manutenção (manual do usuário Boston Whaler da Série Guardian 25´ BrunswickCommercial&GovernmentProducts, versão Português), que acompanha a embarcação na sua entrega;

b) Livro Registro, que deverá ser providenciado pela OM detentora e aberto assim que a Guardian for recebida; na abertura, deverão ser preenchidos, de forma completa, todas as informações de identificação da embarcação e de seus componentes (motores, reboque, eletrônicos etc);

Até ser expedida normatização específica para a embarcação, em contrário, poderá ser utilizado o Livro Registro padronizado do EB (utilizado de viaturas) como modelo a ser preenchido. Nele, devem ser registrados todos os dados da embarcação e componentes, dos sucessivos operadores e mecânicos, assim como, em especial, informações de utilização e de manutenção do material.

O Livro Registro deverá ser mantido permanentemente atualizado. Todas as missões e manutenções, de qualquer tipo e qualquer componente, principalmente motores, cascos e reboques, deverão ser devidamente registradas. Os Insumos e peças aplicadas na embarcação e/ou componente em cada manutenção deverão ser registrados junto às atividades e reparos realizados, anotando a especificação completa do material utilizado.

c) Tanto o Manual de Operação e Manutenção quanto o Livro Registro deverão ter cópias atualizadas nas embarcações e nas seções fluviais ou fração da OM encarregada da manutenção das Guardian. As vias originais deverão acompanhar as embarcações em eventuais transferências do material.

CÁPITULO V

PADRONIZAÇÃO DE MATERIAL

5. PADRONIZAÇÃO DE MATERIAL

O Exército Brasileiro padroniza, por meio do Estado-Maior do Exército e com o apoio técnico do DEC, materiais da Classe VI. Esse procedimento é realizado com base em pareceres da Comissão Especial para a Padronização de Materiais de Uso da Força Terrestre, criada pelo Decreto de 26 de dezembro de 1994 e nomeada periodicamente por portaria do Estado-Maior do Exército.

Dessa forma, os processos de aquisição de tais materiais deverão conter a documentação relativa à padronização, juntamente com as especificações técnicas, para que sejam adquiridos os itens de maior interesse para a Força Terrestre.

5.1 EMBARCAÇÃO TÁTICA

Por meio da Portaria 175-EME, de 2 de setembro de 2013, foi padronizada a Embarcação Tática Guardian 25'.

5.2 MOTORES DE POPA

Por meio da Portaria 257-EME, de 30 de outubro de 2014, foram padronizadas as marcas de motores de popa Evinrude, Yamaha e Mercury, em todos os modelos e potências (HP) disponíveis por cada fabricante, como padrão para uso em embarcações.

Essa medida foi tomada com base em estudo originado na 12a Região Militar, onde há um largo emprego desse Material de Engenharia.

5.3 EMBARCAÇÕES PNEUMÁTICAS

Por meio da Portaria 333-EME, de 16 de dezembro de 2015, foram padronizadas as marcas Zodiac e Zefir, para os seguintes MEM:

1) Embarcações Pneumáticas de Reconhecimento;e

2) Embarcações Pneumáticas de Assalto.

5.4 SUPORTES FLUTUANTES PNEUMÁTICOS

Por meio da Portaria 333-EME, de 16 dedezembrode 2015, foram padronizadas as marcas Zodiac e Zefir, para os materiais flutuantes infláveis, quais sejam:

1) Suporte Flutuante da Ponte M4T6 - Componente da Equipagem de Ponte FlutuanteM4T6; e

2) Rolete de Lançamento da Ponte M4T6 - Componente da Equipagem de Ponte Flutuante M4T6.

CAPITULO VI

A CATALOGAÇÃO

A CATALOGAÇÃO

6.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A catalogação é uma atividade extremamente complexa, que exige o gerenciamento de uma grande quantidade de itens de suprimento para apoiar equipamentos e pessoas.

O processo de catalogação consiste na codificação padronizada de itens de material, compreendendo um sistema com um banco de dados capaz de identificar cada item catalogado, por meio do fornecimento dos seguintes dados: código, nomenclatura, descrição, modificações, componentes intercambiáveis, fabricantes, usuários e outras informações adicionais. Essa codificação, inicialmente, foi aplicada pelos países signatários da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), sendo, posteriormente, aberto também a países não membros da OTAN.

Sobre os itens a serem catalogados, é necessário explicitar os seguintes conceitos:

1) Item de produção é uma peça ou objeto, identificado por um número de referência do fabricante, em conformidade com um projeto de engenharia, especificação ou requisito de testes de inspeção. Ou seja, são todos os itens fabricados e disponíveis no mercado; e

2) Item de suprimento é todo item de produção definido, por um serviço logístico qualificado, como necessário para atender a uma necessidade específica, ou seja, é o item que deve ser gerenciado/selecionado. O item de suprimento é fundamental, pois, para cada item de suprimento identificado e descrito, será atribuído um número de estoque específico, de tal forma que a identificação seja inequívoca.

O processo de codificação de itens empregado pelos sistemas de gerenciamento logístico apresenta os seguintes propósitos:

1) Identificar o item de produção e o item de suprimento;

2) Localizar o respectivo item; e

3) Verificar as quantidades de itens de suprimento em estoque.

6.2 A ESTRUTURA DOS SISTEMAS DE CATALOGAÇÃO

A catalogação de materiais para os sistemas logísticos utiliza uma forma específica seguindo sistemática própria e preconizada pelo sistema OTAN de catalogação (SOC), o qual o Brasil é signatário.

O SOC é um sistema comum e uniforme para a identificação, classificação e codificação de itens de suprimento. Foi constituído para possibilitar máxima eficiência no apoio logístico e para facilitar o gerenciamento de dados de materiais.

No Brasil, em relação ao SOC, são adotadas ações para catalogar itens cuja aquisição constante, estoque ou distribuição requeiram gerenciamento por um serviço logístico qualificado e que concorram para o cumprimento da missão das Forças Armadas, por intermédio do Sistema de Catalogação de Defesa (SISCADE).

O SISCADE é um sistema que foi concebido para possibilitar a máxima eficiência no apoio logístico e facilitar a gerência de dados dos materiais em uso pelas Forças Armadas.

A constituição e a estrutura do SISCADE é composta pelo Ministério da Defesa (MD); Centro de Apoio a Sistemas Logísticos de Defesa; Comissão de Coordenação do SISCADE e Centrais de Coordenação de Catalogação.

No âmbito do Exército, a Central de Coordenação de Catalogação (C3) está na estrutura organizacional do Comando Logístico (COLOG) para atuar como órgão responsável pela catalogação e ponto de contato com o SISCADE. Os órgãos de direção setorial que possuem Agência de Catalogação (Ag Ctl) na sua estruturasão encarregados por compilar os dados técnicos visando a identificar o item de suprimento e, na sequência, submeter ao COLOG, a fim de permitir a C3 avaliar os respectivos códigos atribuídos pelas Ag Ctl.

O Departamento de Engenharia e Construção (DEC), no ano de 2015, passou a contar com uma Ag Ctl, alocada à estrutura organizacional do então Núcleo da Diretoria de Material de Engenharia (Nu DME), com a responsabilidade de catalogar itens de suprimento da Classe VI (Material de Engenharia e de Cartografia), principalmente, materiais de emprego militar (MEM) classificados como produtos de defesa (PRODE) e produtos estratégicos de defesa (PED), os quais apresentam os seguintes conceitos:

1) PRODE: é todo bem, serviço, obra ou informação, inclusive armamentos, munições, meios de transporte e de comunicações, fardamentos e materiais de uso individual ou coletivo utilizados nas atividades finalística de defesa, com exceção daqueles de uso administrativo; e

2) PED: é todo PRODE que, pelo conteúdo tecnológico, pela dificuldade de obtenção ou pela imprescindibilidade, seja de interesse estratégico para a defesa nacional.

Cabe destacar os principais benefícios visualizados com a adoção do SOC/SISCADE:

1) Redução de estoques;

2) Eliminação de estoques redundantes;

3) Economia na aquisição de itens;

4) Economia durante o ciclo de vida de um equipamento;

5) Melhor rastreamento de fontes de aquisição;

6) Serviço de suprimento cruzado entre Forças;

7) Interoperabilidade entre países;

8) Redução do tempo de indisponibilidade de equipamentos;

9) Gerenciamento otimizado de estoques; e

10) Desenvolvimento da indústria nacional.

6.3 A OBTENÇÃO DE DADOS PARA CATALOGAÇÃO

A identificação de itens novos para catalogação deve ser feita com base nas informações retiradas de documentação técnica apropriada. Essa documentação técnica é o conjunto de documentos relacionados aos itens de suprimento de interesse logístico do Exército, e que possuem informações úteis à identificação do item, uma vez fornecidos pela empresa contratada, contenham as informações que possibilitem a extração de dados técnicos e gerenciais que permitam a execução da catalogação.

De maneira geral, a empresa contratada para fornecer o item de produção ou item de suprimento deve enviar à autoridade contratante:

1) A documentação elaborada por órgão técnico competente com capacidade reconhecida para especificar os atributos de determinado material;e

2) O esboço de catalogação preenchido e assinado pelo fabricante.

A obtenção dos supracitados documentos inicia com a inserção de Cláusula Contratual de Catalogação (CCC), atualmente regida pela Portaria Normativa nº 2037/MD, de 14 de agosto de 2014, e que foi concebida para assegurar a entrega à autoridade contratante dos dados de interesse para a identificação dos respectivos itens de suprimento de MEM.

É necessário enfatizar que a inclusão da CCC é obrigatória para a obtenção de dados técnicos do MEM da Classe VI a ser catalogado no âmbito do SOC.

6.4 RESUMO DO PROCESSO PARA CATALOGAR MEM DA CLASSE VI

A finalidade precípua da catalogação é a atribuição de um código denominado como Nato Stock Number (NSN) a um item de suprimento e o seu respectivo registro no SOC.

Esse processo ocorre em etapas no âmbito da DME ou da Organização Militar (OM) que for contemplada com recursos para a aquisição de MEM da Classe VI, observando a seguinte sequência de ações:

1) A DME ou a OM encarregada da aquisição de item de produção ou de item de suprimento:

- Elabora a lista de sobressalentes do item de produção, com base nas informações prestadas pela empresa a ser contratada;e

- Inclui a lista de sobressalentes em CCC, observando que no caso de o fabricante não possuir o NSN do item de produção e dos itens de suprimento, a Ag Ctl deverá ser acionada para relacionar os dados técnicos, gerenciais e logísticos a serem fornecidos pela empresa contratada.

2) A DME ou a OM deverá estabelecer a CCC no respectivo contrato para aquisição de MEM;

3) O representante da empresa necessita assinar o contrato com o concorde sobre os aspectos estabelecidos na CCC;

4) A OM contemplada com recursos financeiros para a aquisição do MEM deverá remeter cópia do contrato assinado; e

5) A informação dos NSN ou a entrega dos dados técnicos elaborados pela empresa deverá ser efetuada antes da entrega do item de produção e dos itens de suprimento constantes da lista de sobressalentes.

Depois de elaboradas as atividades suprarrelacionadas, a Ag Ctl desencadeará um conjunto de tarefas interdependentes, que tem como objetivo final a atribuição do NSN a cada item de suprimento.

6.5 A GESTÃO A PARTIR DO NSN

O número de estoque - NSN - representa o conceito de um item de produção que corresponde uma necessidade logística e por esse motivo é considerado item de suprimento e devidamente catalogado. Esse conceito é justamente representado pelos dados de identificação que estão associados ao NSN.

O NSN possibilita identificar claramente um conceito de item que satisfaça um requisito logístico e, a partir daí, investigar quais itens existentes no mercado correspondem a esse conceito.

A partir do momento em que um item é identificado dentro da metodologia do SOC/SISCADE, recebe um código, formado por 13 (treze) dígitos numéricos, pelo qual passa a ser internacionalmente reconhecido e que apresenta a mesma base de codificação do Número de Estoque do Exército (NEE). Esse código de 13 (treze) dígitos é composto de 3 (três) partes:

1) Os primeiros 4 (quatro) dígitos apresentam o código da classe do item;

2) Os próximos 2 (dois) dígitos indicam o índice de procedência de catalogação (IPC) do país que atribuiu o NSN; e

3) Os 7 (sete) dígitos finais de um NSN não têm significado inerente, contudo, é atribuído para um único item de suprimento dentro do país codificador.

Segue, na Tabela 18, um exemplo de NSN, com a respectiva descrição do código:

A catalogação foi reconhecida como elemento fundamental para a execução das atividades logísticas. Assim, a gestão a partir do NSN vem atuando no âmbito do DEC como ferramenta visando a otimizar a identificação precisa de MEM da Classe VI e de respectivos itens de suprimento, além de fornecer informações relevantes aos diversos escalões de emprego da Força Terrestre, para o cumprimento de missões constitucionais

CAPITULO VII

FLUXO DE SUPRIMENTO POR DESCENTRALIZAÇÃO DE RECURSOS

7. FLUXO DE SUPRIMENTO POR DESCENTRALIZAÇÃO DE RECURSOS

7.1 SISTEMA DE GESTÃO DO MATERIAL CLASSE VI (SGM Cl VI)

O Sistema de Gestão do Material da Classe VI (SGM Cl VI) é uma plataforma informatizada que permite o controle da existência dos materiais da Classe VI das Organizações Militares (OM), operacionalizando o planejamento da manutenção e daaquisição de materiais, resultando em correta e ágil descentralização dos recursos disponíveis.

No estágio atual (ano de 2018), o SGM Cl VI incorpora os processos de manutenção e aquisição,por meio dos quais as OM abrangidas pelo Sistema solicitam recursos orçamentários geridos pela DME. Excepcionalmente, no caso de não existir processo de aquisição nacional, as OM podem solicitar itens para compra no exterior.

Todas as solicitações de recursos para manutenção/aquisição são elaboradas, obrigatoriamente, no SGM Cl VI, por intermédio de um plano bimestral. Os pedidos fora do sistema serão realizados somente em caráter excepcional, considerando a urgência da necessidade.

Em fase futura, no planejamento de implantação do SGM Cl VI, a plataforma migrará para o banco de dados do Sistema Integrado de Gestão Logística (SIGELOG), obedecendo ao calendário imposto pelo Comando Logístico (COLOG).

7.2 FLUXO DE SUPRIMENTO PELO SGM Cl VI

a) Lançamento dasnecessidades de manutenção ou aquisição

Inicialmente, é feito por intermédio de um operador cadastrado na OM. Após o lançamento, o pedido segue no ambiente da plataforma para o Fiscal Administrativo e Cmt da OM, respectivamente, para aprovação e homologação. No lançamento dos dados, deverá ser indicado, obrigatoriamente, processo licitatório válido (exceção feita a material importado não licitado no Brasil). No caso de pedido de manutenção, é atribuído para cada item do patrimônio da OM, no SGM Cl VI, o valor correspondente aos insumos, serviços e outros custos conforme natureza da despesa (ND).

b) Análise e consolidação dos Gpt E ou RM

Após a etapa da OM, o pedido prossegue na plataforma do SGM Cl VI para o Gpt E, onde é analisado, priorizado e aprovado pelo E4 e Cmt (pessoalmente ou por delegação a outro gestor), respectivamente. Na fase do Gpt E, poderão ser modificadas as prioridades, como também devolvidos os pedidos para as OM, com vistas a retificar a informação lançada. As OMEng não enquadradas por Gpt E enviarão os pedidos diretamente para a DME. As OM não vinculadas tecnicamente aos Gpt E enviarão os pedidos para as RM ou Gpt Log.

c) Análise e aprovação da DME

Após aprovação do Gpt E, o pedido é enviado para a DME. Na Diretoria, é analisado pelo gestor da família de material (topografia, suprimento de água, equipamentos de construção, etc), que emite parecer sobre a liberação de recursos. Se aprovado, o pedido segue para o Diretor de Material para análise e aprovação. Após cumprimento desta última etapa, o recurso orçamentário é descentralizado para a OM para empenho.

7.3 FLUXO DE SUPRIMENTO A PEDIDO

a) Levantamento de necessidades de manutenção ou aquisição

As OM do Exército Brasileiro não incorporadas ao SGM CL VI realizarão seus pedidos em documento único, a ser consolidado pelas RM. Conforme já observado, deverá ser indicado no pedido, obrigatoriamente, processo licitatório válido (exceção feita a material importado não licitado no Brasil). No caso de pedido de manutenção, deverá ser descrito o valor correspondente aos insumos, serviços e outros custos, conforme natureza da despesa (ND), organizados dentro de uma ordem de prioridade. Deverá ser observado ainda, para atendimento do pedido de manutenção, lançamento de valores compatíveis com o ano, marca e modelo do material, com relação custo x benefício equilibrada

b) Análise e consolidação pelas RM/Gpt E/Gpt Log

Conforme diretriz no âmbito de cada RM,os pedidos poderão ser enviados para a própria RM, para o Gpt E ou Gpt Log, para análise, priorização e consolidação. A DME regulará a periodicidade do envio consolidado das necessidades. Os pedidos fora do prazo deverão ser realizados somente em caráter excepcional, considerando a urgência da necessidade.

c) Análise e aprovação da DME

Esta etapa seguirá a mesma sistemática destinada ao suprimento pelo SGM Classe VI.

GLOSSÁRIO

PARTE I – ABREVIATURAS E SIGLAS

GLOSSÁRIO

PARTE II – TERMOS E DEFINIÇÕES

Ampere (A) - Unidade de medida de corrente elétrica;

Aparelho reserva - Equipamento utilizado para substituir equipamento principal caso seja necessário. Ambos nunca funcionarão simultaneamente;

Arco elétrico - Fenômeno físico que ocorre quando há uma ruptura dielétrica na qual produz uma descarga elétrica. Este fenômeno é tão forte que consegue romper a isolação feita pelo ar, conduzindo elétrons de um eletrodo ao outro através de um fluxo de corrente;

Aterramento - Aterrar um equipamento está relacionado a interliga-lo com a terra. Quando um dispositivo está aterrado, pelo menos um de seus terminais está propositalmente ligado à terra. A finalidade é dissipar eventuais correntes elétricas indesejadas;

Carga Instalada - Soma das potências nominais em kW dos equipamentos de uma unidade de consumo, os quais depois de concluídos os trabalhos de instalação, estão em condições de entrar em funcionamento;

Concessionária - Agente titular de concessão federal para prestar o serviço público de distribuição de energia elétrica, doravante denominada “distribuidora”;

Cavalo Vapor - Unidade de medida de potência equivalente a 736 watts; Chave estrela triângulo - Equipamento utilizado na partida de motores elétricos trifásicos. Permite uma partida mais suave, com corrente de partida mais baixa;

Ciclo Diesel - Ciclo de funcionamento de motores a diesel, dois ou quatro tempos, no qual o combustível entra em ignição por compressão através do aumento de temperatura;

Ciclo Otto - Ciclo de funcionamento de motores a gasolina, dois ou quatro tempos, no qual o combustível entra em ignição através de uma faísca denominada centelha (faísca elétrica);

Corrente Alternada - É a corrente elétrica na qual a intensidade e o sentido são grandezas que variam ciclicamente no tempo;

Criticidade da carga - É estabelecido a partir de um juízo de valor atribuído à carga. Um exemplo é o prejuízo causado por interrupções. Quanto mais crítica a carga, maior o impacto negativo em alguma operação, caso ocorra alguma interrupção;

Demanda - Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado, expressa em quilowatts (kW) e quilovolt-ampere-reativo (kvar), respectivamente;

Dupla isolação invólucros - Padrão de isolação elétrica no qual o equipamento fica completamente isolado de suas partes vivas (partes energizadas). Isto se faz necessário devido à possibilidade de trabalho com estes equipamentos em locais variados não sendo interessante estarem fixos a um sistema de aterramento;

Eletrólito líquido - Líquido que ficam dentro da bateria quepermite a troca de elétrons entre as placas. A consequência é a circulação da corrente elétrica;

Fator de Demanda - Razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo especificado e a carga instalada na unidade consumidora;

Fator de Potência - Razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados da energia elétrica ativa e reativa, consumidas num mesmo período especificado;

Fator de Simultaneidade - Razão da demanda simultânea máxima de um conjunto de equipamentos ou instalações elétricas para a soma das demandas máxima individuais, ocorrida no mesmo intervalo de tempo especificado;

Fator de Utilização - Razão entre a potência efetivamente absorvida e a potência nominal;

Gerador Backup - Gerador de funcionamento descontínuo, empregado para suprir instalações ou tropas em substituição a uma fonte principal de energia;

Gerador de Campanha - Gerador móvel, utilizado para abastecer tropa desdobrada, instalação temporária, hospital de campanha e equipamento de comunicações;

Gerador Fixo - Equipamento instalado em edificação e/ou instalação permanente, em sede de aquartelamento e destacamento, em situação de fornecimento contínuo oubackup. Necessita de projeto de engenharia ou análise de engenheiro eletricista para dimensionamento de carga e/ou instalação;

Horse Power (HP) - Unidade de medida de potência equivalente a 746 watts; Inversor de Frequência - Dispositivo eletrônico capaz de variar a velocidade de giro de um motor. Utilizado na partida de motores para controlar a corrente inicial;

Levantamento da carga - Conjunto de ações que permite a inspeção do ambiente e o somatório da potência de todas as cargas a ser alimentadas pelo grupo gerador;

Líquido de arrefecimento - Líquido responsável por fazer a troca de calor do equipamento. Tem a finalidade de manter o motor funcionando na sua temperatura ideal de trabalho;

NR - Normas Regulamentadoras elaboradas pelo Ministério do Trabalho, sobre procedimentos obrigatórios relacionados à saúde e à segurança do trabalhador;

Nobreak - Combinação de conversores, chaves e armazenamento de energia por baterias, constituindo um sistema de alimentação de potência capaz de assegurar a continuidade da alimentação à carga, em caso de falha da alimentação de entrada;

Olhal - Elemento de fixação estática ou dinâmica, dotado de uma terminação na qual há um orifício para entremeio de parafuso, eixo ou haste, de modo a se vincular para compor uma estrutura. Utilizado para fazer movimentação da carga na qual está fixado;

Potência Aparente - Resultado do produto entre a tensão e a corrente. Recebe como notação a letra S e é expressa em Volt Ampere (VA);

Potência Ativa - Potência que realmente produz o trabalho na carga. Também chamada de potência real, recebe como notação a letra P e é expressa em Watts (W);

Potência Elétrica - Capacidade que um material possui de realizar um determinado trabalho em um instante de tempo, a partir da energia elétrica;

Potência Reativa - Porção da potência aparente que é fornecida ao circuito. Sua função é constituir o circuito magnético nas bobinas e um campo elétrico nos capacitores. A unidade de medida é o volt-ampere reativo (VAr);

Profissional capacitado - Considerado profissional capacitado aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente: Receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado, e trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado;

Profissional habilitado - Considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe;

Profissional qualificado - Considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na áreaelétricareconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino;

Volt - Unidade de tensão elétrica;

Volt Ampere (VA) - Unidade de potência aparente;

Volt Ampere Reativo (VAr) - Unidade de potência reativa;

Watt (W) - Unidade de potência elétrica;

Zona Controlada - Entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados;

Zona de Risco - Entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados de trabalho.

REFERÊNCIAS