DIRETRIZ PARA PRESERVAÇÃO E DIFUSÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO IMATERIAL DO EXÉRCITO BRASILEIRO

1. FINALIDADE

Orientar as atividades de preservação e difusão do patrimônio histórico imaterial do Exército Brasileiro no culto de seus valores, crenças, memória e tradições.

2. REFERÊNCIAS

- Diretriz do Comandante do Exército, de 2007.

- Normas para Preservação das Tradições das Organizações Militares do Exército Brasileiro ( Port Min nº 264, de 13 de maio de 1999).

3. OBJETIVOS

a. Fortalecer o espírito militar, as crenças, as tradições, a memória e os valores morais, culturais e históricos do Exército Brasileiro, preservando e divulgando seu patrimônio material e imaterial.

b. Preservar e divulgar, no âmbito do público interno das organizações militares que se encontram em sítios históricos, a importância daquele local para a sociedade brasileira.

c. Incentivar o estudo e a pesquisa da História Militar Brasileira.

4. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

a. A História do Exército confunde-se com a História do Brasil. Desde o limiar de nossa expansão além Tordesillhas, da expulsão de estrangeiros de nossa Terra, da pacificação do Império até sua consolidação nas lutas platinas e do advento da República, a figura do Soldado foi elemento determinante nos rumos que a Nação trilhou. Nessa relação simbiótica nasceu a tradição militar brasileira.

b. A tradição castrense advém da transmissão oral de narrativas, de valores espirituais de geração em geração e da crença na Instituição Militar. Uma recordação, memória ou costume que permanece, caracteriza e determina um grupo por intermédio do seu patrimônio imaterial. Ao reverenciar seus heróis, seus símbolos, suas tradições, o Exército Brasileiro se solidifica e se perpetua no imaginário coletivo.

c. O conhecimento dos valores, crenças, memória e tradições do Exército Brasileiro é de suma importância para os integrantes da Força, a fim de fortalecer a Cultura Militar, particularmente nos quadros, pois, ao travar contato com os principais eventos históricos, esses integrantes serão vetores de preservação da memória da Instituição. Deve-se ressaltar que muitas organizações militares estão localizadas em importantes sítios históricos.

d. O estudo da História Militar contribui para o fortalecimento da coesão do Exército como instituição. O militar, conhecedor do passado da Instituição a que serve, será um profissional mais qualificado e preparado para conviver num mundo onde as informações e a cultura geram poder.

5. AÇÕES A REALIZAR NOS Cmdo Mil A, G Cmdo, Cmdo Gu E OM ISOLADA

a. Planejar e executar o Estágio Raízes, Valores e Tradições, com os militares recém-chegados às OM, abordando, dentre outros os seguintes assuntos: histórico da OM; presença do Exército na região e visitas a sítios históricos. Este estágio teve origem no CMO e tem apresentado excelentes resultados nesse Cmdo Mil A e no CMS.

b. Apresentar uma síntese do histórico da OM nas formaturas mais solenes, como visitas de autoridades e cerimônias com participação de convidados civis. O histórico poderá ser declamado, por exemplo, por um oficial subalterno.

c. Incrementar o estudo e a pesquisa de História Militar:

- realizar programa de leitura, no mínimo, para oficiais, ST e Sgt;

- organizar ciclo de palestras;

- incentivar os quadros a realizarem o curso de História Militar à distância; e

- pesquisar sobre a participação da OM em eventos históricos.

d. A critério dos comandantes de OM, outras atividades e eventos deverão ser executados com vistas à preservação dos valores, crenças, memória e tradições do Exército.

6. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. Os responsáveis pela programação de atividades e eventos (simpósios, seminários, ciclos de palestra e outros) poderão solicitar auxílio técnico da Diretoria de Assuntos Culturais (DAC), do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) a da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHMTB), a fim de dirimir quaisquer dúvidas a respeito da História do Exército Brasileiro, seus valores, crenças e tradições, bem como, da preservação e da divulgação do seu patrimônio material e imaterial.

b. As atividades realizadas deverão ser informadas à Diretoria de Assuntos Culturais, para fins de registro.