EB20-RO-04.014

Brasão das Armas Nacionais da República
 Federativa do Brasil

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA-GERAL DO EXÉRCITO

Brasão das Armas Nacionais da República
 Federativa do Brasil
(Revogado pela PORTARIA - COTER/C Ex Nº 393, DE DE FEVEREIRO DE 2024)

Portaria nº 227-EME, de 16 de outubro de 2018

O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso das atribuições que lhe confere o inciso XI, do art. 4º, do Regulamento do Estado-Maior do Exército (EB10-R-01.007), aprovado pela Portaria do Comandante do Exército nº 1.053, de 11 de julho de 2018, e em conformidade com o § 2º do art. 7º, combinado com o Bloco nº 3, do Anexo B das Instruções Gerais para a Gestão do Ciclo de Vida dos Sistemas e Materiais de Emprego Militar (EB10-IG-01.018), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 233, de 15 de março de 2016, resolve:

Art. 1º Ficam aprovados os Requisitos Operacionais do Obuseiro 105 mm Autorrebocado do Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.014), 1ª Edição, 2018, que com esta baixa.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

1. TÍTULO

Requisitos Operacionais do Obuseiro 105 mm Autorrebocado do Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.014), 1ª Edição, 2018.

2. REFERÊNCIAS

a. Portaria nº 467-EME, de 3 NOV 16, que aprova a Diretriz de Criação da Compreensão das Operações (COMOP) nº 07/2016, O Sistema de Artilharia de Campanha.

b. Condicionantes Doutrinárias e Operacionais nº 001/2017 (CONDOP nº 001/2017) - Sistema de Artilharia de Campanha (SAC).

c. CONDOP nº 002/2017 - Subsistema Linha de Fogo do Sistema de Artilharia de Campanha (SAC).

d. Normas para Classificação, Registro e Identificação dos Veículos Oficiais do Ministério do Exército (NORCRIVE), aprovada pela Portaria nº 023-DMB, de 20 NOV 1998.

e. Manual de Campanha C 6 - 82, Serviço da Peça do Obuseiro L 118, 2º Edição, 2000.

f. Manual de Campanha C 6 - 75, Serviço da Peça do Obus 105 M101 AR e M101A1 AR, 2º Edição, 1980.

3. DESCRIÇÃO DOS REQUISITOS OPERACIONAIS

3.1 REQUISITOS OPERACIONAIS ABSOLUTOS (ROA)

ROA 1 - Possuir como armamento principal obuseiro com tubo de alma raiada e calibre 105 mm (cento e cinco milímetros). (Peso dez)

ROA 2 - Possuir tubo de comprimento igual ou superior a 30 (trinta) vezes a medida do calibre. (Peso dez)

ROA 3 - Possuir o armamento a capacidade de atingir com precisão de área (Circular Error Probable CEP) menor que 50 m (cinquenta metros), alvos no alcance igual ou superior a 12 km (doze quilômetros), utilizando munição convencional. (Peso dez)

ROA 4 - Possuir o armamento a capacidade de atingir com CEP menor que 50 m (cinquenta metros), alvos no alcance igual ou superior a 20 km (vinte quilômetros), utilizando munição assistida. (Peso dez)

ROA 5 - Operar e ser manutenido na Área Operacional do Continente (AOC), de dia e de noite. (Peso nove)

ROA 6 - Possuir campos de tiro com, no mínimo, as seguintes amplitudes: (Peso nove)

a) Horizontal: 45° (quarenta e cinco graus), sem conteiramento; e

b) Vertical: -3° a 65° (menos três graus a sessenta e cinco graus).

ROA 7 - Possuir mecanismo de acionamento em direção e elevação que possibilitem a movimentação rápida, contínua e sem solavancos do tubo. (Peso dez)

ROA 8 - Ter condições de receber radar de medição instantânea da velocidade inicial. (Peso nove)

ROA 9 - Possuir sistema de pontaria manual em direção e alcance, com as seguintes possibilidades:

a) de ser utilizado tanto para o tiro direto quanto para o tiro indireto; e (Peso nove)

b) de realizar tiros diretos à noite. (Peso oito)

ROA 10 - Possuir capacidade de utilizar munição no padrão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Padrão OTAN), que proporcionem maior alcance. (Peso nove)

ROA 11 - Possuir peso e dimensões que possibilitem ser tracionado em qualquer terreno por viatura operacional dos grupos 2 (dois) ou 3 (três). (Peso dez)

ROA 12 - Ser transportado por meios rodoferroviários na AOC. (Peso nove)

ROA 13 - Ter condições de ser embarcado em navios orgânicos da Marinha do Brasil (MB). (Peso nove)

ROA 14 - Ter condições de ser embarcado em balsas chatas orgânicas do Exército Brasileiro (EB) e da MB. (Peso dez)

ROA 15 - Ter condições de ser embarcado em aeronaves do tipo C-130 ou KC-390. (Peso dez)

ROA 16 - Ter capacidade de ser transportado por helicópteros de manobra (HM-2, HM-3 ou HM-4), orgânicos da Aviação do Exército (Av Ex) ou similares da MB e da Força Aérea Brasileira (FAB). (Peso dez)

ROA 17 - Quando empregado por tropa paraquedista, ter condições de ser adaptado para o lançamento de paraquedas sem que ocorram danos que impeçam o correto funcionamento após o término do lançamento. (Peso dez)

ROA 18 - Possuir réguas de tiro e de sítio, bem como a Tabela Numérica de Tiro. (Peso dez)

ROA 19 - Ter capacidade de entrar em posição e realizar o disparo em menos de 5 (cinco) minutos. (Peso oito)

ROA 20 - Ter capacidade de sair de posição após o disparo, em menos de 3 (três) minutos. (Peso oito)

ROA 21 - Ser operado por guarnição de, no máximo, 8 (oito) militares: o Chefe da Peça (CP), o motorista e os serventes. (Peso oito)

ROA 22 - Possuir, em valores mínimos, cadência de tiro normal de 3 (três) Tiros por Minuto (TPM) e cadência de tiro máxima de 6 (seis) TPM. (Peso dez)

ROA 23 - Ter condições de executar diversos tipos de tiros e métodos de tiros, com diferentes tipos de granadas e espoletas, conforme previsto no Manual C 6-40 - Técnica de Tiro de Artilharia de Campanha, Volumes I e II (EME, 5ª Edição, 2001). (Peso oito)

ROA 24 - Permitir o carregamento da peça em qualquer elevação admitida para o tubo, sem variação na cadência de tiro do material. (Peso nove)

ROA 25 - Em caso de falha do sistema automático, ter condições de realizar pontaria das peças e pontaria recíproca de forma manual, com uso de lunetas. (Peso dez)

ROA 26 - Possuir mecanismo de bloqueio das engrenagens de direção e elevação que impeçam a transmissão de forças oriundas do disparo aos volantes de pontaria. (Peso oito)

ROA 27 - Ser dotado de sistema de apoio que proporcione estabilidade ao material durante o tiro, em qualquer posição admitida pelo tubo. (Peso oito)

ROA 28 - Possuir dispositivo para a realização de tiros com segurança. (Peso dez)

ROA 29 - Ser pintado nas cores e padrões adotados pelo Exército Brasileiro. (Peso dez)

ROA 30 - Ser dotado de um sistema de freios acionável da cabine da viatura tratora e possuir freios mecânicos de estacionamento de ação independente em cada roda. (Peso oito)

ROA 31 - Ter mobilidade tática (deslocamento através de campo) e em terrenos levemente acidentados. (Peso oito)

ROA 32 - Poder ser rebocado a uma velocidade de, pelo menos, 60 km/h (sessenta quilômetros por hora), em estrada pavimentada. (Peso nove

ROA 33 - Ser capaz, quando autorrebocado, de atravessar cursos d’água com profundidade de pelo menos 0,50 m (zero vírgula cinquenta metro). (Peso oito)

ROA 34 - Ter condições de receber um sistema de navegação inercial. (Peso nove)

ROA 35 - Possuir vida útil do tubo de, no mínimo, 2.000 (dois mil) tiros em carga máxima. (Peso nove)

ROA 36 - Possuir documentação em língua portuguesa (manuais técnico e operacional e catálogo de peças), ferramental, acessórios e equipamentos especiais para manutenção em todos os escalões previstos. O ferramental deve ser acondicionado em bolsa própria, guardado no interior da obuseiro reboque. (Peso oito)

3.2 REQUISITOS OPERACIONAIS DESEJÁVEIS (ROD)

ROD 1 - Sua peça poder ser acionada e estar em condições de disparo em menos de 3 (três) minutos. (Peso seis)

ROD 2 - Movimentar-se (sair de posição), após o disparo, em menos de 2 (dois) minutos. (Peso seis)

ROD 3 - Possuir, em valores mínimos, cadência de tiro normal de 4 (quatro) TPM e cadência de tiro máxima de 10 (dez) TPM. (Peso quatro)

ROD 4 - Ter condições de receber mecanismo que automatize o sistema de carregamento. (Peso cinco)

ROD 5 - Possuir capacidade de executar o tiro direto a uma distância de até 1.000 m. (Peso seis)

ROD 6 - Possuir, como acessório, material que possibilite a camuflagem da peça. (Peso seis)

ROD 7 - Ter condições de receber o equipamento que permita efetuar a medição automática de distâncias para o tiro direto. (Peso quatro)

ROD 8 - Possuir Sistema de Navegação Inercial. (Peso seis)

ROD 9 - Possuir dispositivo de pontaria automática e independente, dotado de busca de Norte Verdadeiro, e de um meio alternativo de inserção manual de dados que possibilitem orientar a peça. (Peso cinco)

ROD 10 - Possuir um sistema de colimação que permita a retificação do aparelho de pontaria pela guarnição da peça, mesmo em campanha. (Peso seis)

ROD 11 - Possibilitar o disparo sem conteiramento, em 360° (trezentos e sessenta graus). (Peso seis)

ROD 12 - Ter condições de entrar e sair de posição em terrenos com inclinações de até 15° (quinze graus) nos sentidos longitudinal e transversal, simultaneamente ou não, mesmo em condições climáticas desfavoráveis. (Peso seis)

ROD 13 - Possuir radar de medição instantânea da velocidade inicial. (Peso seis)

ROD 14 - Possuir réguas de tiro e de sítio, bem como a Tabela Numérica de Tiro (padrão STANAG 4119), em língua portuguesa. (Peso seis)


GLOSSÁRIO

ABREVIATURAS E SIGLAS