EB20-RO-04.026

Brasão das Armas Nacionais da República
 Federativa do Brasil

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA-GERAL DO EXÉRCITO

Brasão das Armas Nacionais da República
 Federativa do Brasil

Portaria nº 263-EME, de 13 de outubro de 2018.

O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso das atribuições que lhe confere o inciso XI, do art. 4º, do Regulamento do Estado-Maior do Exército (EB10-R-01.007), aprovado pela Portaria do Comandante do Exército nº 1.053, de 11 de julho de 2018, e em conformidade com o §2º do art. 7º, combinado com o Bloco nº 3, do Anexo B das Instruções Gerais para a Gestão do Ciclo de Vida dos Sistemas e Materiais de Emprego Militar (EB10-IG-01.018), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 233, de 15 de março de 2016, resolve:

Art. 1º Ficam aprovados os Requisitos Operacionais do Radar Contramorteiro do Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.026), 1º Edição, 2018, que com esta baixa.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.


ÍNDICE DE ASSUNTOS

1. TÍTULO

2. REFERÊNCIAS

3. ESCRIÇÃO DOS REQUISITOS OPERACIONAIS

3.1. REQUISITOS OPERACIONAIS ABSOLUTOS (ROA)

3.2 REQUISITOS OPERACIONAIS DESEJÁVEIS (ROD)

GLOSSÁRIO - PARTEI - ABREVIATURAS E SIGLAS

GLOSSÁRIO - PARTE II - TERMOS E DEFINIÇÕES

1. TÍTULO

Requisitos Operacionais do Radar Contramorteiro do Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.026), 1º Edição, 2018.

2. REFERENCIAS

a) Diretrizes para a Elaboração dos Requisitos Operacionais Básicos - ROB, aprovadas pela Portaria nº 052 - 3º SCh/EME, de 17 OUT 1986.

b) Instruções Gerais para a Gestão do Ciclo de Vida dos Sistemas e Materiais de Emprego Militar (EB10-IG-01.018), aprovadas pela Portaria Ministerial nº 233, de 15 de março de 2016.

c) Condicionantes Doutrinárias e Operacionais (CONDOP) nº 004/2017, Subsistema Busca de Alvos do Sistema de Artilharia de Campanha (SAC), aprovadas pela Portaria nº 03 5-COTER, de 13 JUL 17.

3. DESCRIÇÃO DOS REQUISITOS OPERACIONAIS

3.1 REQUISITOS OPERACIONAIS ABSOLUTOS (ROA)

ROA 1 - Ser capaz de, no Estado de Operação, detectar automaticamente, granadas de morteiros de calibres a partir de 60 mm (sessenta milímetros). (Peso dez)

ROA 2 - Possuir, no Estado de Operação, alcance instrumental em distância de, no mínimo, 10 km (dez quilômetros). (Peso dez)

ROA 3 - Ser capaz de, no Estado de Operação, detectar granadas de morteiro a partir de 120 mm (cento e vinte milímetros) a uma distância de 8 km (oito quilômetros). (Peso dez)

ROA 4 - Ser capaz de, no Estado de Operação, detectar 5 (cinco) alvos simultaneamente. (Peso dez)

ROA 5 - Ser capaz de, no Estado de Operação, detectar alvos em um setor de, no mínimo, 80° (oitenta graus) em azimute. (Peso dez)

ROA 7 - Ser capaz de, no Estado de Operação, exibir ao operador, em tempo real, as coordenadas absolutas da posição estimada do ponto de impacto dos alvos detectados com precisão compatível com a Artilharia de Campanha. (Peso dez)

ROA 8 - Possuir Estação de Trabalho capaz de exibir as informações do radar ao operador e que permita ao operador inserir informações no radar e obter informações do radar. (Peso dez)

RCA 9 - Possuir mecanismos de controle de acesso de usuários. (Peso dez)

ROA 1O - Ser capaz de, no Estado de Operação, exibir ao operador carta digital georreferenciada.(Peso dez)

ROA 11 - Permitir, no Estado de Espera, ao operador inserir, excluir e atualizar carta digital georreferenciada. (Peso dez)

ROA 12 - Ser capaz de, no Estado de Operação, exibir ao operador os alvos detectados e as posições de lançamento e impacto estimadas sobre a carta digital georreferenciada. (Peso dez)

ROA 13 - Exibir, nos Estados de Espera e de Operação, as seguintes informações sobre o sistema devalimentação: (Peso nove)

a. percentual de carga remanescente da bateria;

b. tempo estimado de autonomia da bateria, quando o radar estiver sendo alimentado por bateria;

c. operação por bateria ou fonte de tensão alternada; e

d. indicação de ligado/desligado.

ROA 14 - Ser capaz de, no Estado de Operação ou no Estado de Espera, determinar sua localização, automaticamente, por meio de sistema de localização por satélite. (Peso dez)

ROA 15 - Permitir, no Estado de Espera, ao operador inserir manualmente as coordenadas absolutas do radar. (Peso dez)

ROA 16 - Gravar, nos Estados de Espera e de Operação, em memória interna, registro de data e hora (log) das seguintes informações: (Peso nove)

a. alvos detectados,

b. ações do operador; e

c. falhas do sistema.

ROA 17 - Permitir, nos Estados de Espera e de Operação, ao operador extrair os registros de data e hora gravados na memória interna do radar. (Peso nove)

ROA 18 - Ser capaz de, no Estado de Operação, detectar e exibir a direção de origem de sinais externos que possam interferir no funcionamento do radar (ataque eletrônico). (Peso dez)

ROA 19 - Possuir, no Estado de Operação, Medidas de Proteção Eletrônica (MPE) que dificultem as atividades de Guerra Eletrônica do inimigo. (Peso dez)

ROA 20 - Possuir bateria ou banco de baterias. (Peso dez)

ROA 21 - Possuir carregador de bateria. (Peso dez)

ROA 22 - Possuir gerador próprio de energia eletrica. (Peso dez)

ROA 23 - Ser capaz de, nos Estados de Espera e de Operação, funcionar por 48 h (quarenta e oito horas) ininterruptas, alimentado por gerador próprio de energia eletrica. (Peso dez)

ROA 24 - Utilizar combustível da cadeia logística da Força Terrestre. (Peso dez)

ROA 25 - Ser alimentado, nos Estados de Espera e de Operação, pelas seguintes fontes de alimentação (Peso dez):

a. bateria própria;

b. rede elétrica comercial 127 V AC (cento e vinte e sete volts de corrente alternada) ou 220 V AC (duzentos e vinte e sete voltas de corrente alternada) em 60 Hz (sessenta hertz); e

c. gerador próprio.

ROA 26 - Permitir ao operador, no Estado Inativo, realizar a troca de bateria sem a necessidade de utilização de ferramentas e em tempo inferior a 5 min (cinco minutos). (Peso dez)

ROA 27 - Ser capaz, nos Estados de Espera e de Operação, de se manter em funcionamento durante 15 min (quinze minutos) quando houver queda no fornecimento de energia elétrica por fonte de tensão alternada. (Peso nove)

ROA 28 - Ser capaz, nos Estados de Espera e de Operação, quando alimentado por fonte de tensão alternada, de se manter em funcionamento estável após a ocorrência de variações abruptas de tensão.(Peso dez)

ROA 29 - Ser transportável a mão, no Estado de Transporte Tático, por uma distância de 500 m (quinhentos metros) por, no máximo, 3 (três) pessoas em tempo inferior a 30 min (trinta minutos) em terreno plano e sem obstáculos. (Peso dez)

ROA 30 - Ser transportável, no Estado de Armazenamento, incluindo seus acessórios, nas aeronaves de transporte de carga da Força Aérea Brasileira. (Peso dez)

ROA 31 - Ser transportável, nos Estados de Armazenamento e Transporte Tático, por helicópteros de manobra (HM-2, HM-3 ou HM-4), orgânicos da Aviação do Exercito (AvEx) ou similares, da FAB e da NB. (Peso dez)

ROA 32 - Possuir os acessórios que permitam seu transporte suspenso por helicóptero. (Peso nove)

ROA 33 - Ser transportável, nos Estados de Armazenamento e de Transporte Tático, em embarcação do tipo Lancha-Patrulha de Rios LPR-40. (Peso nove)

ROA 34 - Ser transportável, no Estado de Transporte Tático, no interior de uma VTNE 3/4 ton (Viatura de Transporte Não Especializado de três quartos de tonelada). (Peso dez)

ROA 35 - Ser capaz de conservar as características de desempenho, sendo operado sob quaisquer condições climáticas do Território Nacional, de dia e de noite. (Peso dez)

ROA 36 - Ser resistente a choques e vibrações, em conformidade com os padrões adotados pelo EB.(Peso dez)

ROA 37 - Ser resistente a poeira, chuva, alta umidade, baixa umidade, salinidade, radiação solar e baixa pressão. (Peso dez)

ROA 38 - Apresentar, nos Estados de Operação e de Espera, nível de interferência eletromagnética que permita ao radar não afetar nem ser afetado pelo funcionamento de outros dispositivos e equipamentos eletrônicos utilizados pelo combatente. (Peso nove)

ROA 39 - Possuir Guia Rápido de Referência, Manuais Técnicos, Manuais de Operação e Manuais de Manutenção de 1º (primeiro), 2º (segundo), 3º (terceiro) e 4º (quarto) escalões nos formatos digital e impresso, em língua portuguesa. (Peso dez)

ROA 40 - Possuir conjunto de ferramentas e suprimentos de operação e manutenção de 10 (primeiro) escalão. (Peso dez)

ROA 41 - Possuir conjunto de ferramentas e suprimentos de manutenção de 20 (segundo) escalão.(Peso dez)

ROA 42 - Possuir os seguintes requisitos de manutenibilidade: (Peso dez)

a. possuir constituição modular;

b. ter módulos intercambiáveis; e

c. possibilitar manutenção de 29 (segundo) escalão em tempo não superior a 1 h (uma hora).

ROA 43 - Possuir todos os acessórios necessários a sua montagem, operação, transporte e armazenamento. (Peso dez)

ROA 44 - Realizar autoteste de todos os módulos e subsistemas, nos Estados de Espera e de Operação, reportando os problemas encontrados de forma visual, na Estação de Trabalho, até que sejam corrigidos. Os resultados do autoteste devem indicar para o operador as causas possíveis dos problemas. (Peso dez)

ROA 45 - Ser capaz de transitar do Estado de Transporte Tático para o Estado Inativo em tempo inferior a 20 min (vinte minutos), utilizando até 3 (três) pessoas. (Peso dez)

ROA 46 - Ser capaz de transitar do Estado Inativo para o Estado de Espera em tempo inferior a 5 min (cinco minutos), utilizando até 3 (três) pessoas. (Peso dez)

ROA 47 - Ser capaz de transitar do Estado de Espera para o Estado de Operação em tempo inferior a 10 s (dez segundos), utilizando 1 (um) operador. (Peso dez)

ROA 48 - Ser capaz de transitar do Estado de Operação para o Estado de Espera em tempo inferior a 10 s (dez segundos), utilizando 1 (um) operador. (Peso dez)

ROA 49 - Ser capaz de transitar do Estado de Espera para o Estado Inativo em tempo inferior a 5 min (cinco minutos), utilizando até 3 (três) pessoas. (Peso dez)

ROA 50 - Ser capaz de transitar do Estado Inativo para o Estado de Transporte Tático em tempo inferior a 20 min (vinte minutos), utilizando até 3 (três) pessoas. (Peso dez)

ROA 51 - Ser capaz de transitar do Estado de Operação para o Estado Inativo em tempo inferior a 10 s (dez segundos), quando o operador comandar desligamento de emergência. (Peso oito)

ROA 52 - Ser pintado nas cores e padrões estabelecidos pelo Exército Brasileiro. (Peso dez)

ROA 53 - Utilizar protocolos compatíveis com o Sistema Digitalizado de Artilharia de Campanha (SISDAC), no Estado de Operação. (Peso dez)

3.2 REQUISITOS OPERACIONAIS DESEJÁVEIS (ROD)

ROD 1 - Ser capaz de, no Estado de Operação, detectar automaticamente, no mínimo, os seguintes tipos de alvos: (Peso seis)

a. morteiro;

b. obuses; e

c. foguetes.

ROD 2 - Ser capaz de, no Estado de Operação, classificar os alvos detectados entre, pelo menos, as seguintes classes: (Peso seis)

a. morteiro; e

b. artilharia (obuseiro ou foguete).

ROD 3 - Ser preparado e operado por pessoal habilitado, com treinamento completo possível de ser realizado em até 180 h (cento e oitenta horas). (Peso seis)

ROD 4 - Ser capaz de, no Estado de Operação, realizar a cobertura de 360° (trezentos e sessenta graus) em azimute. (Peso seis)

ROD 5 - Ser capaz de executar alerta sonoro nos seguintes casos: (Peso seis)

a) detecção de alvo após longo período sem exibição de alvos na tela (tempo de inatividade),

b) detecção de ataque eletrônico; e

c) ponto de impacto previsto próximo ao radar.

ROD 6 - Permitir que o tempo de inatividade para a execução do alerta sonoro seja configurado pelo operador. (Peso cinco)

ROD 7 - Possuir fone de ouvido. (Peso cinco)

ROD 8 - Ser de fácil obtenção no mercado nacional, no que concerne aos suprimentos que integram os conjuntos de ferramentas e suprimentos de operação e manutenções de 1º (primeiro) e 2º (segundo) escalões. (Peso seis)

ROD 9 - Ser lançado de paraquedas, no Estado de Armazenamento, mantendo intactas sua integridade fisica e sua operacionalidade. (Peso seis)

ROD 10 - Possuir meios para o descarte apropriado de reSíduos e materiais inservíveis e poluentes (Peso seis)


GLOSSÁRIO

PARTE I - ABREVIATURAS E SIGLAS


GLOSSÁRIO

PARTE II — TERMOS E DEFINIÇÕES

COMPREENSÃO DAS OPERACÕES - Documento que traduz uma ou mais Capacidades Operativas em informações necessárias para orientar a concepção integrada de sistemas e materiais de emprego militar, tais como: a missão, o ambiente operacional, os tipos de operações, as funcionalidades a serem executadas e as intenções (desempenho esperado). Considera, ainda, a transição de determinada capacidade ao longo do tempo (curto, médio e longo prazo), passando de uma etapa de lacuna de capacidade para uma etapa de manutenção da capacidade existente, chegando até a etapa de transformar, degradar ou extinguir uma capacidade excedente.

CONDICIONANTES DOUTRINÁRIAS E OPERACIONAIS - Documento que contém os parâmetros que definem o emprego e o desempenho esperado de determinado SMEM, considerada a Doutrina Militar Terrestre.

ESTADO DE ARMAZENAMENTO - Condição em que o material se encontra preparado para ficar armazenado quando não há previsão de uso próximo, ou para ser transportado em compartimento de cargas em transporte aéreo ou marítimo, conforme previsto em seus manuais. Normalmente nesse estado, o equipamento se encontra com seus módulos desmontados ou desconectados, acondicionado em estojos e/ou protegidos com capas de forma que se garanta a maior proteção e longevidade do material.

ESTADO DE TRANSPORTE TÁTICO - Condição em que o material se encontra com todos os seus módulos travados e acondicionados de forma que garantam segurança da tropa e do material durante deslocamento. Dependendo do equipamento, pode ser idêntico ao estado de armazenamento.

ESTADO INATIVO - Condição em que o material se encontra desenergizado e montado, com seus módulos posicionados para operação, no que puder ser montado e posicionado sem energização.

ESTADO DE ESPERA - Condição em que o material se encontra pronto para operar. Normalmente neste estado, o equipamento está energizado, com seus módulos posicionados para operação e com a interface de operação (interface homem-máquina) ativa. Para transitar do estado de transporte tático ou do estado inativo para o estado de espera, o equipamento deve passar por testes iniciais de funcionamento de seus módulos e de segurança de uso do equipamento, alem de calibrações, se necessárias, testes de comunicações com elementos externos e autenticação de usuários.

ESTADO OPERACIONAL - Condição em que o material se encontra em operação. Nesse estado, o equipamento deve estar totalmente montado, estabilizado, calibrado e orientado. O operador já está autenticado e todos os meios de comunicação necessários já disponíveis para envio e recebimento de dados. Neste estado todas as funcionalidades inerentes a detecção de alvos devem estar disponíveis para o operador do sistema.

REQUISITOS ABSOLUTOS - São aqueles indispensáveis e obrigatórios que, se não forem alcançados, tornarão o sistema ou material não conforme com as especificações do Exército Brasileiro.

REQUISITOS DESEJÁVEIS - São requisitos importantes, porem não obrigatórios, que indicam o desejo de evoluções futuras com vistas a atingir um melhor desempenho do sistema ou material. O não atendimento desses requisitos não tornará o sistema ou material não conforme para o Exército Brasileiro.

REQUISITOS OPERACIONAIS - Documento que se segue as condicionantes doutrinárias e operacionais no processo de obtenção de um SMEM, que lhe consubstancia as características restritas aos aspectos operacionais.

SISTEMAS E/OU MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR - Armamento, munição, equipamentos militares e outros materiais, sistemas ou meios navais, aéreos, terrestres e anfíbios de uso privativo ou característicos das Forças Armadas e seus sobressalentes e acessórios.