ORDEM UNIDA O GARBO MILITAR
O comandante do Exército, em suas freqüentes visitas e inspeções às diversas guarnições, tem verificado um sensível aprimoramento do cerimonial militar, em especial a sua padronização em toda a Força.
A ordem unida vem melhorando significativamente e o atual passo ordinário tem possibilitado um desfile com movimentos mais naturais, uniformes, sincronizados e com menos erros. Recomenda, no entanto, que esse atual modo de marchar deve ser acompanhado por uma postura mais marcial e uma maior vibração, o que significa incremento no tocante ao garbo militar.
Ordem Unida - O Garbo Militar
Os movimentos de ordem unida devem procurar obter padrões coletivos de uniformidade, sincronização e garbo militar.
Para isso, os seguintes aspectos devem ser observados:
atenção na apresentação pessoal do uniforme e do armamento;
expressão de seriedade;
cabeça erguida (não olhar para baixo);
firmeza no olhar;
corpo na vertical (evitando a inclinação para a frente);
peito estufado;
barriga encolhida;
mãos espalmadas;
movimentos enérgicos; e
total imobilidade quando parado.
Fator determinante na correta execução da ordem unida é a atuação do comandante. A voz de comando deve exteriorizar vibração, ação de comando, liderança, vigor e energia.
Entrada de autoridade em recinto fechado
Quando a autoridade chegar ao local (auditório ou seção de trabalho), o mais antigo presente comanda "ATENÇÃO!"
Os militares presentes levantam-se e tomam a posição de sentido, voltando-se para a autoridade. O mais antigo anuncia: "Exmo (alterado pelo Decreto nº 9.758, de 11 de abril de 2019) Sr Gen (posto/nome) Cmt/Ch_____!" e, após autorizado, comanda "À VONTADE!".
Podem ser anunciadas outras autoridades que no momento acompanham a de maior precedência; no entanto, devem ser evitados não só o excesso de citações, mas também a repetição sistemática do termo "excelentíssimo (alterado pelo Decreto nº 9.758, de 11 de abril de 2019) senhor".
Não há o comando de "APRESENTAR-ARMA" e nem a apresentação individual do mais antigo presente.
Dobrado "O Guarani"
O dobrado "O Guarani" foi composto com inspiração na ópera de Carlos Gomes, em que o autor utilizou-se de apenas um pequeno trecho da famosa composição. Não se pode precisar quem foi esse autor, pois existem gravações que citam o maestroFrancisco Braga e outras o maestro Ed Artur.
Portanto, ao se executar o dobrado "O Guarani", deverão ser usados os seguintes termos:
A Tropa desfilará ..., ao som do dobrado O Guarani, baseado na ópera de Carlos Gomes.
Formas de tratamento das autoridades militares
Quando se refere às autoridades militares, as formas de tratamento são:
Posto | Pronome de tratamento | Vocativo | |
Oficial-general |
Vossa Excelência (alterado pelo Decreto nº 9.758, de 11 de abril de 2019) Senhor |
Senhor General (Almirante, ou Brigadeiro (e não Excelência) | |
Demais postos |
|
Senhor + posto |
Para se dirigir a um oficial-general usa-se o pronome de tratamento: Vossa Excelência (alterado pelo Decreto nº 9.758, de 11 de abril de 2019) Senhor. Ex "Vossa Excelência autoriza iniciar a solenidade"?
Para se dirigir a uma pessoa, fazendo-se referência a um oficial-general (ou maior autoridade), usa-se o tratamento na 3ª pessoa: Vossa Excelência (alterado pelo Decreto nº 9.758, de 11 de abril de 2019). Ex: “Tenente, acompanhe o general até o gabinete”.
Para se chamar um oficial-general usa-se o vocativo. Ex: "Senhor general, o comandante do Exército chegará às dez horas".
Nas relações correntes de serviço, admite-se tratar os oficiais-generais de "senhor". Ex: "A que horas o senhor pretende iniciar a reunião"?
Para se anunciar a presença de um oficial-general, usa-se o termo "Excelentíssimo Senhor (alterado pelo Decreto nº 9.758, de 11 de abril de 2019) Senhor”. Ex: “Presente na solenidade o Exmo (alterado pelo Decreto nº 9.758, de 11 de abril de 2019) Senhor…”
Continência da autoridade no olhar à direita da tropa
Por ocasião dos desfiles militares, quando uma tropa presta continência à maior autoridade do Exército executando o "olhar à direita", esta deve responder a saudação executando a continência individual, nas seguintes condições:
Momento / Fração | Executa a continência | Desfazer a continência |
Banda de música | - quando o mestre da banda olhar à direita | - ao passar a primeira fileira da banda à sua frente |
Cmt da tropa e estado-maior (EM) | - quando o Cmt da tropa olhar à direita | - ao passar a primeira fileira do EM à sua frente |
Guarda-bandeira | - quando a bandeira for desfraldada | - após a bandeira passar à sua frente |
Cmt SU/Fração | - Cmt Pel/Sec prestar continência | - ao passar a primeira fileira do Pel/Sec à sua frente |
Designação de postos e graduações do segmento feminino
Para as militares do segmento feminino, devem ser usadas as seguintes regras:
- manter a atual designação dos postos e das graduações, não variando o gênero, seja substantivo comum (capitão, major etc.) ou composto (terceiro-sargento, primeiro-sargento etc.)
- utilizar o artigo definido feminino precedendo o posto ou a graduação,
Exemplos:
- a capitão Maria
- a terceiro-sargento Ana
- a segundo-tenente Patrícia etc.
Formação da unidade para desfile a pé
Nos desfiles de unidade, deve ser observado o prescrito no Manual de Ordem-Unida (C 22-5), ou seja:
- a distância entre a banda de música, primeira fração a desfilar, e o comandante da tropa é de dez passos;
- o clarim ou corneteiro forma e desfila a um passo à retaguarda e à esquerda do comandante da unidade, militar que lhe ordena os toques;
- o porta-símbolo da unidade forma e desfila a três passos à retaguarda do respectivo comandante, cobrindo-o; após o porta-símbolo, desfila o estado-maior, mantendo uma distância de três passos entre eles; e
- na seqüência, vem a guarda-bandeira, a qual se coloca dez passos à retaguarda do estado-maior e dez passos à frente do comandante da fração que a sucede.
Canto da Canção do Exército
Ao se anunciar a Canção do Exército, o locutor, em vez de dizer: "Canto da Canção do Exército" e, em seguida, "A tropa cantará a Canção do Exército, de autoria de Alberto Augusto Martins e Teófilo de Magalhães", dirá apenas: "A tropa cantará a Canção do Exército, de autoria de Alberto Augusto Martins e Teófilo de Magalhães".
Substituição interina
Nas solenidades em que o comandante, chefe ou diretor assume o cargo interinamente, não deve ser feita a leitura de seu "curriculum vitae". Quando da passagem de comando, chefia ou direção de ocupante interino, não cabe a inauguração do retrato desse na galeria dos ex-comandantes/chefes/diretores.
Inauguração de foto na galeria de ex-comandantes
A inauguração do retrato do comandante sucedido na galeria dos ex-comandantes da organização militar é o primeiro ato conduzido pelo comandante sucessor. Este deverá pedir autorização à maior autoridade militar presente para iniciar a cerimônia e, em seguida, convidar a autoridade imediatamente superior na cadeia de comando para o descerramento da bandeira-insígnia que cobre o retrato.
Essa autoridade poderá conceder tal deferência à esposa ou a outro familiar do homenageado.
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